Não importa qual seja a época ou o
contexto social, a humanidade sempre clamou por JUSTIÇA. Há um desejo latente
na alma humana pela verdadeira justiça. Mas onde ela está? Onde ela se
manifesta? Na religião, nos protestos, na filantropia? Não, em nenhum destes,
pois cada um deles têm seu conceito próprio de “justiça”.
A JUSTIÇA perfeita existia quando a
Injustiça ainda não existia. No princípio, no Éden; lá a Justiça estava na
inculpabilidade natural do primeiro Adão, que vivia perfeita e eternamente,
desfrutando da Árvore da Vida (JESUS CRISTO), e de todo o fruto do Jardim,
exceto a Árvore do Conhecimento do Bem e do Mal (A LEI), ou seja, a árvore do
certo e errado, da luz e das trevas, a “ÁRVORE DA JUSTIÇA X INJUSTIÇA”. Aqui começou
a saga do Pecado, que tem relativizado a Verdadeira Justiça. Desde então, o
homem vem “criando justiça” ao seu bel prazer. Cada um tem a sua.
As bilheterias do cinema ficaram lotadas
na estreia do filme: BATMAN X SUPERMAN, “A Origem da Justiça”. O filme narra o
relativismo ético do jornalista Clark Kent e do playboy justiceiro
multimilionário Bruce Wane.
Enquanto Kent (o Superman) tenta
convencer a população de sua “justiça” contra o homem morcego, através da
mídia, Batman se reveste de uma couraça de kriptonita para provar sua justiça
aniquilando o homem de aço.
Perceba. Os maiores mitos heroicos da
história moderna guerreiam pela defesa de seus valores éticos e morais, cada um
ostentando uma “justiça”.
A Justiça é um conceito divino, tem sua
origem em Deus. O problema do mundo é que nosso conceito de justiça foi
construído de forma cultural, familiar e étnica, assim, nossa mente está
desqualificada para compreender a JUSTIÇA DE DEUS, a não ser que tenhamos uma
mudança sobrenatural de mente (Romanos
12:2; I Coríntios 2:16).
Aqui está a famosa mulher adúltera do
Evangelho de João (João 8:1-10). Ela
é realmente uma pecadora, ela é realmente uma imoral, e sem dúvida sua
condenação e julgamento é justo. A justiça da Lei afirma que tais mulheres
devem ser apedrejadas, e isso é justo. Mas Jesus começa restaurando seu valor
próprio...
Enquanto os religiosos e juízes a trazem
diante de Jesus para exporem sua condição moral, Jesus a chama por um termo
totalmente oposto à sua prática de vida. Veja...
“E, pondo-a no meio, disseram-lhe: Mestre, esta mulher foi apanhada, no próprio ato, adulterando.”
João 8:4
O termo mulher utilizado pelos por
aqueles homens, no original grego é guinet que se refere à “mulher de má reputação”, “impura”, “mulher pecadora” “prostituta”.
A justiça deles sentencia e rotula
aquela mulher.
Porém, já no desfecho do episódio, Jesus
redefine aquela mulher e lhe dá um novo significado existencial dizendo...
“Mulher, onde estão aqueles teus acusadores?
Ninguém te condenou?”
João 8:10
O termo mulher utilizado aqui por Jesus,
diferente da conotação condenatória dos homens, é no original grego guinai,
que significa “moça”, “mocinha”, “moça pura, virgem”.
Uma nova ideia de Justiça se revela aos
homens aqui, a justiça imputada, ou seja, a justiça atribuída a alguém sem
méritos.
“Assim também Davi declara
bem-aventurado o homem a quem Deus imputa a justiça sem as obras, dizendo:
Bem-aventurados aqueles cujas maldades são perdoadas, e cujos pecados são
cobertos. Bem-aventurado o homem a quem o Senhor não imputa o pecado.”
Romanos 4:6-8
Isso não parece “justo” da parte de Deus:
Um pecador a quem não é atribuído pecados, mas sim, é atribuída Justiça. Mas
como já dissemos, nossa mente é extremamente limitada para compreender a
Justiça de Deus, que só pode ser revelada de fé em fé (Romanos 1:17).
Esta é a loucura da pregação (I Coríntios 1:21) e o escândalo da cruz
(Gálatas 5:11), que “...Deus
estava em Cristo reconciliando consigo o mundo, não lhes imputando os seus
pecados; e pôs em nós a palavra da reconciliação.” II Coríntios 5:19
Então o que é a Justiça de Deus? Eis
aqui a loucura e o escândalo: Nós, crentes em Jesus Cristo, nascidos de novo,
nós somos a própria justiça de Deus.
“Àquele que não conheceu pecado, o
fez pecado por nós; para que nele fôssemos feitos justiça de Deus.”
II Coríntios 5:21
Clarck Kent (SUPERMAN) tentou convencer
o mundo da justiça, mas este papel já tem dono...
“E, quando ele [O ESPÍRITO SANTO] vier,
convencerá o mundo do pecado, e da justiça e do juízo.” (João 16:8).
O Espírito Santo é dado à todo aquele
que crê e vive em Cristo, para convencê-lo da Justiça no Novo nascimento e
continuar convencendo na vida no espírito.
Bruce Wane (BATMAN) se revestiu da
couraça de kriptonita para provar sua justiça, mas nós crentes temos outra
couraça...
“Estai, pois, firmes,... vestida a couraça da
justiça.” (Efésios 6:14)
Como crentes, estamos revestidos da
COURAÇA DA JUSTIÇA, para proteger nosso coração da culpa, acusação e condenação
do Diabo.
Nosso acusador, é o Diabo. Este promotor
maligno tinha uma cédula judicial contra nós que foi “assinada” quando o
primeiro Adão pecou. Este documento lhe dava direitos sobre a Terra e sobre
nós, dentro da Justiça.
Mas o Último Adão, Jesus Cristo, revogou
este documento pela Justiça de Deus.
“Havendo riscado a cédula que era
contra nós nas suas ordenanças, a qual de alguma maneira nos era contrária, e a
tirou do meio de nós, cravando-a na cruz. E, despojando os principados e
potestades, os expôs publicamente e deles triunfou em si mesmo.”
Colossenses 2:14,15
A ORIGEM DA JUSTIÇA É DEUS.
A ORIGEM DA JUSTIÇA É O EVANGELHO.