Na afirmação temática que apresento
aqui não há relativos, DEUS é Bom e ponto final!
O fatalismo humano tem justificado sua
ignorância de Deus, aclamando-o como a “fonte indireta do mal”. Quando não
conseguem explicar o elemento catastrófico da vida, atribuem ao Criador toda
forma de caos e desordem cósmica e vital.
Mesmos alguns ramos da teologia têm
promovido a ideia sobre a “relatividade da bondade divina”. A origem desse
disparate é muito simples, para justificar sua falta de poder e autoridade
espiritual, ou mesmo de discernimento escriturístico, eles introduziram
aspectos das indagações existenciais da filosofia na coluna dorsal da teologia.
Assim formularam as célebres frases sobre as crises: “Deus fez isso”; “foi a
vontade de Deus”; “Deus sabe de todas as coisas”.
“Provai e vede que o Senhor é bom;
bem-aventurado o homem que nele confia.”
Salmo 34:8
Deus é Bom em todo o tempo, seu único
propósito desde a Criação foi o de abençoar o homem. Ele redime a vida humana e
a “coroa de benignidade e de
misericórdia; que enche a tua boca de bens de sorte que tua mocidade se renova
como a águia.” (Salmo 103:4-5).
As conjecturas de teólogos, mestres e
pastores acerca do caráter de Deus têm beirado a blasfêmia. Eles atribuem ao
Deus da Vida, as obras do Diabo: matar, roubar e destruir (João 10:10a). Eles olham para as trágicas catástrofes naturais,
terremos, tsunamis, tempestades; e também as atribuem ao Bondoso Criador
desprezando que o Pecado original sujeitou a Terra ao desequilíbrio cósmico (Romanos 8:20-22). Também colocam na
conta de Deus as mortes súbitas e prematuras, as doenças e outros males.
Deus não deseja “recolher” seus filhos
antes de seu tempo vital bíblico (Salmo
90:10), e não podemos atribuir a morte de jovens à vontade soberana de
Deus, embora reconheçamos em tudo sua vontade permissiva; Deus tem um plano
biológico perfeito que inclui saúde e longevidade (Salmo 91:16; Êxodo 23:25-26). O recolhimento divino tem um padrão:
“Na velhice virás à sepultura, como se
recolhe o feixe de trigo à seu tempo.” (Jó 5:26). Da mesma sorte, é uma grotesca incoerência dizer que Deus
colocou enfermidade em alguém, já que Ele revela sua natureza curadora intrínseca
em seu próprio Nome Redentor (Êxodo
15:26c).
Para muitas pessoas a existência do
mal e do sofrimento apresentam um obstáculo para a crença na bondade de Deus.
Eles desconsideram alguns fatores cruciais:
(1) Os efeitos da
Queda do primeiro homem ainda vigoram na Terra;
(2) Deus criou tudo
e estabeleceu leis naturais que têm sido quebradas pelo homem;
(3) A grandeza de
Deus faz com que algumas vezes o mal coopere com o bem;
(4) A Terra está
ainda reservada por Deus para um estado eterno final onde toda e qualquer forma
de mal será erradicada.
A ideia de uma divindade imprevisível,
malévola e punidora tem sua origem nas crenças pagãs antigas, cujos deuses eram
venerados em troca de boas colheitas e chuva. Nestas concepções cultuais
milenares, estes pseudo-“deuses”, que nós sabemos que se tratava de demônio,
feriam e matavam seus devotos ao seu bel prazer.
Em termos históricos, Jó foi o
primeiro a ter uma forma intuitiva de conhecimento de Deus, mas foi no contexto
de Abrão que Deus começa a revelar seus propósitos redentores ao homem (Gênesis 12:1-3). Porém, em todo o
Antigo Testamento, Deus estava envolto em mistério, Ele não podia se revelar de
fato aos corações maus e não redimidos do homem (Gênesis 6:5; Jeremias 17:9; Ezequiel 11:19), e o mistério da nova
natureza humana em Cristo não lhes era manifestado (Colossenses 1:26-27). Em outras palavras, a compreensão sobre Deus
nos heróis do Antigo Testamento estava contaminada pela concepção dos povos
pagãos sobre “deus”.
No Antigo Testamento o que os homens
tinham, era um “filme negativo” da imagem de Deus, era tudo uma sombra obscura
(Colossenses 2:17; Hebreus 8:5, 10:1),
mas agora, em Cristo, temos a “imagem revelada” com clareza e nitidez. “Deus nunca foi visto por alguém. O Filho
Unigênito, que está no seio do Pai, este o fez conhecer.” (João 1:18). (ler também: João 14:9; Hebreus 1:1-3; Colossenses 2:9).
Obs.:
Foi o anjo da morte quem feriu o Egito por causa da obstinação de Faraó e como
colheita da matança dos primogênitos hebreus décadas antes (Gálatas 6:7).
Ainda que profetas e salmistas exaltassem
a bondade de Deus, eles a relativizavam e a limitavam etnicamente ao povo
israelita. E ainda assim, sua ideia era de um Deus essencialmente vingador e
déspota. Ver em Deus a figura de Pai estava reservado para nós, na Nova Aliança
em Cristo (João 1:12). Glória a
Deus!
Jesus é a expressão viva da vontade
perfeita de Deus, é a personificação de Sua bondade e amor (João 3:16; 4:34). Tudo o que Jesus fez
aqui na terra em seus três anos e meio de ministério, refletia o caráter de
Deus; os grandes homens da Antiga Aliança faziam e falavam nos limites de seu
conhecimento, mas Jesus só fazia o que via
em Deus (João 5:19).
A teologia acadêmica sutilmente se
deixou envolver por respostas pagãs às perguntas existenciais. Na verdade, a
concepção de relativismo da bondade de Deus, ou seja, declarar que mesmo “Deus
fazendo coisas más”, Ele não deixa de ser Bom. Nada poderia ser mais estúpido.
O que estão dizendo é que mesmo na bondade de Deus há um resíduo de maldade, e
se assim for, na maldade de Satanás poderia haver um resíduo de bondade. É um
conceito desprezível. É o conceito do TAOÍSMO, a filosofia oriental do YIN e
YANG.
O yin e yang é o pensamento
espiritualista filosófico sobre uma dualidade existencial; que há duas forças
opostas no universo. É o feminino e masculino; lua e sol; positivo e negativo;
bem e mal; luz e trevas. Segundo essa filosofia, mesmo as forças sendo opostas
existem para harmonizar todas as coisas, e nenhuma dessas forças é essencialmente
completa. Ou seja, todo mal tem um pouco de bem, e todo mal tem um pouco de
bem. A ideia é expressa por uma esfera divida em duas partes, uma preta e outra
branca, a parte preta tem um ponto branco e a parte branca tem um ponto preto,
indicando a relatividade de bem e mal.
Este é um maligno engano. O Deus Bom
criou na eternidade passada seres angelicais perfeitos, dentre os quais estava
Lúcifer, que seduzido pela vaidade de sua sabedoria, beleza, posição e riqueza,
corrompeu o seu coração. Este anjo caído foi expulso do céu de glória e se instalou
em regiões celestiais inferiores sobre a terra. Este ser maligno conseguiu
legalidade sobre a criação e as criaturas físicas por meio da desobediência do
primeiro homem, daí a origem de todo o mal no universo (Ezequiel 28:12-18; Isaías 14:12-15; Lucas 10:18).
Satanás é totalmente mau; Deus é
totalmente Bom!
Mas você perspicazmente me
perguntaria: E a Escritura de Isaías 45:7?
“Eu formo a luz e crio as
trevas; eu faço a paz e crio o mal; eu, o Senhor, faço todas essas
coisas.”
As traduções vernaculares da Bíblia,
especialmente na língua portuguesa não puderam lidar com a pobreza do hebraico
massoreta em contraste com a riqueza do português contemporâneo. Em alguns
casos uma palavra no hebraico possui mais de duzentas traduções em língua
portuguesa.
No texto acima os verbos “formo”, “crio” e “faço” são os
mesmos utilizados na narrativa da criação do homem em Gênesis 1:26-27, 2:7.
1.
“...Façamos o homem...” fazer do
hebraico “ASAH” = “produzir”,
“instituir”, “designar”
2.
“Criou Deus o homem...” criar do hebraico
“BARAH” = “escolher” ou
“cortar” a obra prima
3.
“Formou o Senhor Deus o homem...” “YATSAR” = “dar forma ao produto
final”
Considere agora a aguda diferença das
traduções aqui. O primeiro tradutor da Bíblia em língua portuguesa (Padre João Ferreira de Almeida) escolheu
a palavra “CRIAR” movido por suas influências tradicionais e religiosas de um
“Deus enigmático”, mas o termo original “BARAH” com a tradução “CORTAR”, é a tradução
revela com mais propriedade e justiça o verdadeiro caráter de Deus.
Assim teríamos em Isaías 45:7 a
seguinte declaração do próprio Deus: “Eu formo a luz e corto as trevas; eu faço
a paz e corto o mal; eu, o Senhor, faço todas essas coisas.”
Este sim é o Deus revelado na Nova Aliança!
Diferente do que professa o taoísmo com
seu “yin yang”, Deus é essencialmente, puramente e completamente BOM. Não há
nenhum “ponto negro” na luz de Deus. “E
esta é a mensagem que dele[Jesus] ouvimos: que Deus é luz, e não há nele treva
nenhuma.” (I João 1:5).
Entenda de uma vez por todas, DEUS É
BOM! Ele não mudou e não muda (Malaquias
3:6; Hebreus 13:8), apenas foi compreendido na Velha Aliança.
De Deus jamais virá doenças e
enfermidades, aflições e crises, caos e morte. Estas coisas vêm de Satanás
quando este encontra legalidade para tal.
Deus é a fonte de todo o bem. Dele vem
o perdão e a reconciliação, saúde e cura, prosperidade e abundância, paz e
alegria, direção e propósito. E isto jamais mudará!
“Não erreis, meus amados irmãos. Toda boa
dádiva e todo dom perfeito vêm do alto, descendo do Pai das luzes, em quem não
há mudança, nem sombra de variação.”
Tiago 1:16-17
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