Realmente, nós cristãos temos a
triste tendência de diminuir nossas expectativas diante das pressões e
adversidades. Quando as coisas não parecem se desenvolver de acordo com a
palavra que recebemos de Deus, tendemos a “reinterpretar” esta palavra. E isto
se dá desde uma simples profecia pessoal até uma verdade escatológica.
Lembro-me que quando ouvi de Deus
por quatro anos que Ele me daria um automóvel, minha fé esmoreceu e eu comecei
a reinterpretar essa profecia assim: “Talvez Deus quis dizer que me daria
condição de comprar um automóvel.” Foi quando numa bela manhã de sábado um
pastor para quem Deus me usou pra dizer-lhe algo em uma reunião (que hoje é meu
amigo pessoal) veio à minha casa mostrando-se persuadido pelo Espírito de Deus
e colocou em minhas mãos a chave e o documento de seu carro. Sim Deus
literalmente me deu meu primeiro carro.
A Igreja, até meados século XIX,
cria na esperança do avanço do Reino de Deus até à conquista das nações para o
Senhor Jesus (a esperança pós-milenista). Ministros e teólogos influentes como o avivalista Jonathas Edwards e o pai das missões modernas Guilherme Carey, dedicaram suas
vidas para propagar e expandir o governo de Deus a Terra.
Mas o planeta entrou em colapso com
as duas grandes guerras mundiais, forçando a Igreja a reinterpretar as
profecias bíblicas. Foi neste contexto que surgiram John Nelson Darby com sua
visão do “arrebatamento” e o controverso teólogo C.I. Scofield com sua famosa
Bíblia de estudos. Eles começaram a difundir o dispensacionalismo, o
pré-milenismo e o pré-tribulacionismo. Idéias estas, que ganharam grande adesão
da igreja (principalmente pentecostais) em função das condições opressivas do planeta. Eis aí, a condição
ruim do mundo fez os teólogos reinterpretarem a escatologia, produzindo uma
mentalidade escapista de “vamos para o céu”. Tal mentalidade imergiu a igreja
na maior crise de divisões e estagnação de sua história.
Mas há algumas décadas, o Espírito
de Deus vem restaurando a perspectiva profética de sua Igreja (Atos 3:19-21) através de uma sede
intensa por avivamento, e esforços espirituais para conquistar as nações e
estabelecer o Reino de Deus sobre a terra.
Mesmo diante do visível estado de
trevas do planeta, o Reino de Deus está sorrateiramente se expandindo e se
infiltrando nos sete seguimentos de influência do planeta: CULTURA, POLÍTICA
MÍDIA, EDUCAÇÃO, FAMÍLIA, ECONOMIA E RELIGIÃO.
Jesus disse: “...A que compararei o Reino de Deus? É semelhante ao fermento que uma
mulher, tomando-o, escondeu em três medidas de farinha, até que tudo levedou.”
(Lucas 13:20-21). Esta é única menção positiva ao fermento nas Escrituras, e
trata do caráter crescente e expansivo do Reino de Deus. Assim como o
“discreto” fermento foi introduzido na abundante farinha, os filhos do Reino estão sendo
estrategicamente posicionados nas sete áreas de influência como embaixadores
(II Coríntios 5:20).
Você, cristão nascido de novo, é o
“fermento Real” na sociedade, e a sua vocação secular pode ser sua missão
divina. Você professor, cientista, tecnólogo, médico, advogado, engenheiro,
gari, vendedor, atleta, esportista, artista, músico, político, sociólogo,
psicólogo, jornalista, cineasta, roteirista, contador, bancário, pai, mãe,
filho, bispo, ancião, presbítero, apóstolo, profeta, evangelista, pastor,
mestre; Deus ungiu você e o capacitou para conquistar pra Ele um dos impérios
de influência, submetendo-o ao Governo de Deus. Cresça e expanda o Reino para o
seu ambiente. Eis aí o seu chamado!
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