A infame torre de Babel é a figura profética de todo o sistema humano de
controle e manipulação, seja política, econômica, social ou religiosa. E isto
inclui, infelizmente, a Igreja Institucional moderna.
A civilização humana primitiva se ajuntou numa região ao Oriente, e ali
se concentraram com os primeiros ideais de globalização. Na verdade, sob o
governo do ímpio Ninrode, empreenderam um audacioso projeto de edificar uma
torre que tocasse o céu, isto com o único intuito de se ostentarem soberbamente
contra Deus. Eles se uniram a ponto de “preocupar” a Trindade Santa que
declarou em conferência: “...Eis que o
povo é um, e todos têm uma mesma língua; e isto é o que começam a fazer; e,
agora, não haverá restrição para tudo o que eles intentarem fazer.” (Gênesis
11:6).
A questão mais importante neste episódio é a natureza desta grande
edificação, e seu triplo propósito egoísta:
“...edifiquemos nós uma cidade e uma torre cujo cume toque nos céus e
façamos um nome, para que não sejamos espalhados sobre a face de toda a terra.”
Gênesis 11:4
1º Queriam edificar um sistema, um grande império.
“...edifiquemos nós uma cidade...”
2º Queriam edificar uma sede de governo.
“...e uma torre cujo cume toque
nos céus...”
3º Queriam criar uma denominação forte e unificada.
“...e façamos um nome...”
Este projeto de Ninrode seduziu os homens, e nutriu o espírito de
encantamento pela grandeza e poder deste império. Fazer parte disto era uma
gloriosa ostentação para cada líder de clãs e comunidades antigas, assim,
ninguém conseguia enxergar mais o Reino de Deus, somente este grande sistema.
Eles literalmente “vestiam a camisa” da grande Babel, cujo topo intimidava os
homens.
Acorde amigo, o sistema denominacional da igreja contemporânea parte do
mesmo ideal e é permeado pelo mesmo espírito.
Após o terceiro século sob o governo do imperador Constantino, como já sabemos,
o cristianismo tornou-se a religião oficial do império romano, e a Igreja foi
institucionalizada e politizada. Com isso, o mesmo espírito de Babel impregnou
a Noiva de Cristo. Porém, foi ao longo dos séculos que a idéia denominacional
começou a ascender com as ordens católicas monásticas, e posteriormente, no
advento da Reforma, as denominações protestantes e evangélicas. As “tribos” da
Igreja passaram a viverem divididas por teologias, dogmas, liturgias, cultura,
governo eclesiástico, raças...
Observe se não estes os três propósitos da maioria das denominações: (1)
Criar um sistema de governo eclesiástico forte; (2) Estabelecer uma grandiosa
Sede ministerial; e (3) Construir um nome elevado e temido. Isto é Babel. E
isto tem gerado fascinação em homens e mulheres chamados por Deus, cujo
ministério tem ficado descaracterizado e aquém dos valores do Reino de Deus.
Guarde seu coração deste “adultério espiritual”, amando a igreja mais do
que ama o dono dela; ou mesmo idolatrando uma placa denominacional e se
ostentando em critérios antropocêntricos como um CNPJ forte, uma estrutura
política forte, um peso histórico, uma credencial influente. Estas coisas
afastam você dos verdadeiros planos de Deus para este tempo.
Há uma só igreja, e embora jamais venha a acontecer uma fusão de placas,
os grupos denominacionais estão sendo convocados pelo Rei para uma unidade sem
precedentes na história.
Aqueles
que priorizarem seus projetos e sua agenda denominacional serão rejeitados por
Deus. Assim como sucedeu a Babel, Deus trará confusão e quebra ao sistema
denominacional para unir a Igreja e trazer o seu Reino. Assim diz o Senhor!
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