Eu particularmente vejo que, a
animação acima reproduz de maneira brilhante a natureza da obra expiatória de
Jesus Cristo.
O que Jesus Cristo fez na cruz
não foi ato de martírio, Jesus não foi um mártir. O que ele fez na cruz foi um
ato redentor. E este ato não teve implicações meramente étnicas, mas abrangeu
todo o gênero humano. Cada indivíduo na face da terra, em todas as gerações do
passado, presente e futuro foi alcançado por esta Obra.
A morte de Cristo deve ser vista
como: (1) uma expiação; (2) uma propiciação; (3) uma redenção; (4) uma
reconciliação; e (5) uma substituição.
Sim, é uma expiação, porque cobre
e quita o preço pelo nosso Pecado; é uma propiciação, porque outra vez, torna
Deus, o Pai, favorável a nós; é uma redenção, porque nos comprou e nos livrou
da servidão de um estado decadente; é uma reconciliação, porque nos reconciliou
com o Criador e Pai de todos. Mas tratamos aqui da Obra do Calvário como uma
SUBSTITUIÇÃO, porque na cruz, Jesus foi o substituto legal de toda nossa pena e
condenação. Tudo o que o Pecado infringiu ao homem foi assumido por Jesus
Cristo em sua morte. Ele sofreu toda a consequência do Pecado original para
que, Nele (em Cristo), não precisássemos sofrê-la.
A maior revelação que se perdeu
ao longo dos séculos e pelas incursões filosóficas da teologia acadêmica, é a
verdade acerca da SUBSTITUIÇÃO PERFEITA
de Jesus. Creio que o ápice desta revelação está guardado para este tempo do
fim, quando a Igreja desfrutará de um nível sem precedentes de iluminação e maturidade
espiritual, quando chegaremos à unidade da fé “...e ao conhecimento [pleno] do Filho de Deus, a varão perfeito, à
medida da estatura completa de Cristo.” (Efésios 4:13).
A ignorância quanto a este
fundamento apostólico da Redenção produziu ao longo de quase mil e setecentos
anos, gerações e mais gerações de cristãos fracos, pessimistas, conformistas,
derrotados e aquém da vontade boa, agradável e perfeita de Deus, pois suas
mentes foram saturadas de “pontos de vista teológicos” ao invés de serem
renovadas pela Palavra revelada de Deus (Romanos 12:2).
Mas há uma promessa de
reavivamento. Antes da Segunda Vinda do Senhor Jesus, haverá uma restauração
total (Atos 3:20-21). E dentre os objetos dessa gloriosa restauração, está o
EVANGELHO DO REINO, que será pregado em todo o mundo, testemunhado para todos
os povos, e somente então virá o fim (Mateus 24:14). E como parte central deste
Evangelho do Reino, está a restauração da realeza dos filhos de Deus na Terra
(Romanos 5:17) e sua manifestação para libertar a criação de seus estado de
caos (Romanos 8:19). Essa restauração será real na vida da Igreja, tanto no
âmbito individual como no coletivo, a partir da compreensão renovada sobre a
OBRA SUBSTITUTIVA DE CRISTO.
Jesus não foi moído pela
intolerância da religiosidade judaica ou pelo imperialismo romano. Jesus, o
Filho de Deus, foi moído pelo próprio Pai (Isaías 53:10a), e sua alma foi
afligida no inferno como preço de substituição (Isaías 53:10b).
Esta é a verdade sobre a
Redenção. Jesus Cristo foi nosso substituto legal.
1.
ELE SE FEZ PECADO
Jesus Cristo, o Cordeiro de Deus
se fez Pecado em nosso lugar para retirar de sobre a humanidade o Pecado (João
1:29) herdado pelo primeiro Adão (Romanos 5:12; I Coríntios 15:45), que sujeito
também a Terra a um desequilíbrio cósmico (Romanos 8:20, 22). Note que Jesus
não apenas se fez pecador na cruz assumindo o Pecado humano, Ele se fez Pecado.
“Àquele que não conheceu pecado, o
fez pecado por nós; para que, nele, fôssemos feitos justiça de Deus.”
II Coríntios 5:21
Aleluia! Nenhuma verdade das
Sagradas Escrituras poderia ser mais gloriosa do que esta. Deus enviou seu
Filho perfeito e com sua plena natureza (Colossesnses 1:19; 2:9) para, na cruz,
ser feito pecado em nosso lugar, para que nós, em Cristo, nos tornássemos
justiça de Deus. Assim, pela obra substitutiva do Calvário, nós estamos
justificados diante de Deus, sim, somos justos! Esta consciência é a fonte da
verdadeira paz (Romanos 5:1).
Como filhos recriados de Deus,
não há mais culpa ou condenação sobre nós (Romanos 8:1). A isto chamamos de
JUSTIÇA IMPUTADA: Jesus, o único verdadeiramente justo que já viveu, assumiu a
nossa culpa e nos imputou a sua justiça; nossa culpa foi debitada na conta
dele, e a justiça dele foi creditada em nossa conta. Oh glória! Ele foi o nosso
substituto na condenação.
2.
ELE SE FEZ MALDIÇÃO
O primeiro Adão legou uma
irreversível maldição sobre toda a raça humana, mas Jesus se fez maldição em
nosso lugar para nos redimir e nos tornar benditos. Essa maldição que estava
sobre o homem, era a maldição da LEI DO
PECADO E DA MORTE (Romanos 8:2-3); essa maldição abrangia especialmente
três áreas: a miséria, a enfermidade e a morte (Deuteronômio 28:15-22, 27-29,
35, 58-61). A maldição da lei é legalidade que Satanás recebe para afligir
aqueles que transgridam a lei. Mas Jesus assumiu definitivamente a pena.
“Cristo nos resgatou da maldição
da lei, fazendo-se maldição por nós, porque está escrito: Maldito todo aquele
que for pendurado no madeiro.”
Gálatas 3:13
Glória a Deus! Toda e qualquer
forma de maldição, seja proferida ou “hereditária”, não prospera contra nós que
estamos em Cristo (Provérbios 26:2), pois agora somos descendência de Abraão
(Gálatas 3:7; Números 23:23). Não importa quantas gerações de sua família foram
assoladas por doenças, imoralidade e miséria, quando você se encontra com Jesus
aos pés daquela rude cruz, então toda maldição é quebrada ali, de uma vez por
todas.
Em Cristo Jesus fomos plenamente
abençoados (Efésios 1:3). Ele foi o nosso substituto na maldição.
3.
ELE SE FEZ POBRE
Deus criou o homem para a
abundância e a riqueza (Gênesis 1:29-30; 2:7-12); a escassez e a miséria
entraram no mundo pela transgressão de Adão, que tornou a terra limitada e
improdutiva (Gênesis 3:17-19). Mas a Obra expiatória de Cristo redimiu o homem
dessa condição de pobreza. Isso não se trata absolutamente de “teologia da
prosperidade”, mas sim da redenção da prosperidade. Deus ama a prosperidade dos
seus (Salmo 35:27), e embora jamais tenha prometido tornar todos milionários,
quer que todos os seus filhos comam o melhor desta terra (Isaías 1:19) e tenham
o suficiente para si e para abençoar os que não têm (Deuteronômio 28:12;
Filipenses 4:19; II Coríntios 9:7-10).
Jesus assumiu nossa condição de
pobreza.
“porque já sabeis a graça de nosso
Senhor Jesus Cristo, que, sendo rico, por amor de vós se fez pobre, para que,
pela sua pobreza, enriquecêsseis.”
II Coríntios 8:9
Por favor, creia na Palavra como
está escrita! Jesus se fez pobre em nosso lugar, pois a pobreza é uma
consequência direta da Queda de Adão. E nós, baseados em princípios
estabelecidos por Deus, podemos e devemos viver nesta terra uma vida de
suprimento e provisão abundante. Este é o Deus que multiplica pães e peixes, e
que coloca dinheiro no estômago de peixe, Ele é o JEOVÁ JIRÉH. Podemos até
passar por adversidades financeiras, mas não viver nelas. A despeito do atual
quadro econômico de nossa nação, estamos em prosperidade, pois pertencemos a
outro Reino (Colossenses 1:13). Como Isaque (Gênesis 26:1, 12-14), não tenha
medo de continuar sendo fiel a Deus como dizimista e ofertante, pois quando a
bonança chegar neste país, você terá de sobra. Aleluia! Jesus foi o nosso
substituto na pobreza.
4.
ELE SE FEZ ENFERMO
Entenda de uma vez por todas, a
doença e enfermidade que assolam o mundo hoje é também uma consequência direta
da Queda de Adão. Ele estava em um jardim de delícias, cercado dos melhores e
mais saudáveis alimentos, exposto às melhores condições climáticas e sobre
tudo, a vida de Deus o habitava. Todas as condições eram propícias a uma vida
de saúde, suas células não se degeneravam e seu organismo permanecia num estado
maravilhoso de homeostase. Mas o Pecado afetou diretamente seu corpo, que
começou o processo de morte.
O povo de Deus, na Antiga Aliança
foi abençoado com uma provisão especial de saúde enquanto permaneciam na
Palavra, e cura quando saiam da Palavra (Êxodo 15:26; 23:25-26; Deuteronômio
7:14-15; Salmo 103:3). Se a saúde vigorava na Antiga Aliança que era limitada,
que dirá agora, na Nova Aliança em Jesus Cristo que tem melhores promessas
(Hebreus 7:22; 8:6).
O homem jamais deveria ficar
doente, e a Redenção nos propicia esta condição de saúde. Jesus tomou sobre si
nossas doenças e enfermidades.
“Verdadeiramente ele tomou sobre
si as nossa enfermidades e as nossas dores levou sobre si... ele foi ferido
pelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniquidades; o castigo que nos
trás a paz estava sobre ele, e, pelas suas pisaduras, fomos sarados.”
Isaías 53:4-5
“levando ele mesmo em seu corpo os
nossos pecados sobre o madeiro, para que, mortos para os pecados, pudéssemos
viver para a justiça; e pelas suas feridas fostes sarados.”
I Pedro 2:24
Louvado seja Deus! O Senhor já
levou em si mesmo cada doença, enfermidade ou dor crônica que queira nos
assolar. Podemos reivindicar que o Diabo para de afligir nossos corpos; sim, é
o Satanás e não Deus, a origem direta desses males físicos e emocionais. Quando
você decidir crer na Palavra de Deus mais do que acredita nos sintomas, crer na
Palavra de Deus mais do que acredita nas justificativas filosóficas da
teologia, então sua cura brotará (Isaías 58:8).
Jesus foi o nosso substituto nas
enfermidades.
5.
ELE SE FEZ REJEITADO
A rejeição é uma síndrome social
extremamente nociva ao ser humano, e tem produzido uma série de desajustes sociais
irreversíveis. O bullyng, por exemplo, é uma das anomalias sociais que tem
causado dano inimaginável à adolescentes e até universitários, tudo fruto de
formas de rejeição em casa como falta de atenção e carinho, ou abusos físicos e
emocionais.
O primeiro homem, Adão, jamais
sentiu rejeição, ele era aceito por Deus, pela família, pela natureza e por
toda a criação. Isso lhe conservava uma perfeita autoconfiança e saúde
emocional. Mas sua Queda o fez perder a principal fonte de aceitação: Deus; e
após isso, ele foi rejeitado como sacerdote, como modelo de pai, e rejeitado
pela terra. A rejeição se tornou uma maldição do Pecado.
Agora mesmo, enquanto eu escrevo,
há milhões de pessoas no mundo sendo rejeitas em seu casamento, pelos filhos,
nos relacionamentos, no mercado de trabalho, nos ambientes acadêmicos, nos
grupos sociais... Isso tem gerado depressão, abusos, síndrome do pânico e baixa
autoestima. Mas existe uma, e somente uma solução para a rejeição: A REDENÇÃO
EM CRISTO.
Jesus assumiu nossa condição de
rejeitados para sermos aceitos.
“...não tinha parecer nem
formosura; e, olhando nós para ele, nenhuma beleza víamos, para que o
desejássemos. Era desprezado e o mais indigno entre os homens, homem de
dores, experimentado nos trabalhos e, como um de quem os homens escondiam o
rosto, era desprezado, e não fizemos dele caso algum.”
Isaías 53:2-3
Essa é uma narração profética da
vida de Jesus. Sim, o Redentor da humanidade, o Cristo, o messias, o Rei dos
reis, o Deus Homem; Ele foi rejeitado. Ele soube melhor do que qualquer um o
que é rejeição. Ele se fez rejeitado para que nós fossemos aceitos.
Primeiramente aceitos diante de Deus (II Coríntios 5:17-19), e depois que
sentir-se aceito por Deus, você se aceitará como o melhor de Deus, a JUSTIÇA DE
DEUS (II Coríntios 5:21).
Jesus Cristo foi o substituto de
nossa rejeição. Aleluia!
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