Não é nenhuma
novidade para pesquisadores cuidadosos da vida e ministério do apóstolo Paulo,
que, apesar de sua severa formação religiosa judaizante, em sua formação
cultural gentílica (Tarso), ele teve contatos com o universo esportivo. Tendo
nascido na famosa cidade de Tarso, ao leste da cidade, na encosta de um monte,
havia o grande ginásio de Tarso, onde cada jovem da cidade dos 16 aos 18 anos
nada aprendiam além de atletismo, e outras áreas da educação seriam cuidadas
mais tarde, afinal, o que mais importava para os gregos e romanos, era o
condicionamento físico. Os meninos além de aprender a correr, saltar e nadar,
aprendiam outra modalidade crucial: LUTAR. Sim, justamente nesta época estavam
se consolidado os esportes de combate, especialmente a luta greco-romana.
Paulo não
ocultou as influências desse esporte em seus ensinos, e fez menção de alguns
aspectos peculiares às lutas, ilustrando questões da fé.
“E todo aquele que luta de tudo se
abstém; eles o fazem para alcançar uma coroa corruptível, nós, porém, uma
incorruptível.”
I Coríntios 9:25
Paulo
declara a supremacia do prêmio do combate da fé em relação ao prêmio do combate
corpo a corpo. Pense em Paulo com sua mente criativa visualizando uma luta
feroz entre dois atletas bem preparados dentro de um “octógono”. Ambos pelejam
por fama e, é claro, uma premiação especial. Paulo, em momento algum deprecia o
esporte, mas simplesmente afirma que o prêmio de nossa luta espiritual é muito
melhor, pois é eterno “...eles o fazem para alcançar uma coroa
corruptível, nós, porém, uma incorruptível.”.
Paulo
também exalta a disposição e determinação que um lutador tem de se abster de
algumas coisas para garantir seu condicionamento físico. Lutadores de MMA de
alta performance, por exemplo, têm uma dieta rigorosa, uma rotina de treino
intensa, e um poder de concentração incomum, tudo isso exige renúncias. Com
isto, Paulo exorta cada cristão, especialmente pregadores do evangelho a uma
vida de renúncia, auto-negação e abstinência.
Lutadores
não treinam para ter seus golpes esquivados, ou para errar socos, assim também,
a eficácia do ministério cristão depende de um nível especial de abstinência e
renúncia. Em nossa vida devocional de santificação, meditação nas Escrituras, e
oração, conquistamos previamente a vitória quando estamos no “octagon da vida”.
“...assim
combato, não como batendo no ar.” (I Coríntios 9:26b).
Sim,
Paulo falava exatamente da eficácia e poder do ministério quando apresentou a
rotina de abstinência do lutador. “Antes, subjugo o meu corpo e o reduzo a
servidão, para que, pregando aos outros, eu mesmo não venha de alguma maneira a
ficar reprovado.” (I Coríntios 9:27).
Certamente hoje, os combates de MMA,
especialmente o UFC têm se tornado o maior espetáculo da terra em público e
audiência, mas nada se compara à exposição de um verdadeiro ministro do
evangelho, assistido por audiências visíveis e invisíveis. “...Deus
a nós, apóstolos, nos pôs por últimos, como condenados à morte; pois fomos
feitos espetáculo ao mundo, aos anjos e aos homens.” (I Coríntios 4:9).
Na
verdadeira concepção das artes marciais e dos esportes de luta, o bom combate é
aquele que termina em honra. Paulo, ao contrário de alguns ícones modernos do
boxe e MMA, entendeu o momento de encerrar a carreira no auge; ele declarou: “Combati
o bom combate, acabei a carreira, guardei a fé.” (I Timóteo 4:7)
ministros no reino: com a preparação de um atleta de MMA, sim temos que estar preparados para o combate diária a favor do Reino, e contra a nossa própria carne,fortalecendo a mente, e o corpo e alma, para a cada dia lutarmos a favor do Reino. Parabéns Pastor Eneas,
ResponderExcluirDiacono Newton Santos