quinta-feira, 15 de agosto de 2013

MINISTROS NO OCTAGON


Não é nenhuma novidade para pesquisadores cuidadosos da vida e ministério do apóstolo Paulo, que, apesar de sua severa formação religiosa judaizante, em sua formação cultural gentílica (Tarso), ele teve contatos com o universo esportivo. Tendo nascido na famosa cidade de Tarso, ao leste da cidade, na encosta de um monte, havia o grande ginásio de Tarso, onde cada jovem da cidade dos 16 aos 18 anos nada aprendiam além de atletismo, e outras áreas da educação seriam cuidadas mais tarde, afinal, o que mais importava para os gregos e romanos, era o condicionamento físico. Os meninos além de aprender a correr, saltar e nadar, aprendiam outra modalidade crucial: LUTAR. Sim, justamente nesta época estavam se consolidado os esportes de combate, especialmente a luta greco-romana.

Paulo não ocultou as influências desse esporte em seus ensinos, e fez menção de alguns aspectos peculiares às lutas, ilustrando questões da fé.

E todo aquele que luta de tudo se abstém; eles o fazem para alcançar uma coroa corruptível, nós, porém, uma incorruptível.
I Coríntios 9:25

         Paulo declara a supremacia do prêmio do combate da fé em relação ao prêmio do combate corpo a corpo. Pense em Paulo com sua mente criativa visualizando uma luta feroz entre dois atletas bem preparados dentro de um “octógono”. Ambos pelejam por fama e, é claro, uma premiação especial. Paulo, em momento algum deprecia o esporte, mas simplesmente afirma que o prêmio de nossa luta espiritual é muito melhor, pois é eterno “...eles o fazem para alcançar uma coroa corruptível, nós, porém, uma incorruptível.”.

         Paulo também exalta a disposição e determinação que um lutador tem de se abster de algumas coisas para garantir seu condicionamento físico. Lutadores de MMA de alta performance, por exemplo, têm uma dieta rigorosa, uma rotina de treino intensa, e um poder de concentração incomum, tudo isso exige renúncias. Com isto, Paulo exorta cada cristão, especialmente pregadores do evangelho a uma vida de renúncia, auto-negação e abstinência.

         Lutadores não treinam para ter seus golpes esquivados, ou para errar socos, assim também, a eficácia do ministério cristão depende de um nível especial de abstinência e renúncia. Em nossa vida devocional de santificação, meditação nas Escrituras, e oração, conquistamos previamente a vitória quando estamos no “octagon da vida”. “...assim combato, não como batendo no ar.” (I Coríntios 9:26b).

         Sim, Paulo falava exatamente da eficácia e poder do ministério quando apresentou a rotina de abstinência do lutador. “Antes, subjugo o meu corpo e o reduzo a servidão, para que, pregando aos outros, eu mesmo não venha de alguma maneira a ficar reprovado.” (I Coríntios 9:27).

          Certamente hoje, os combates de MMA, especialmente o UFC têm se tornado o maior espetáculo da terra em público e audiência, mas nada se compara à exposição de um verdadeiro ministro do evangelho, assistido por audiências visíveis e invisíveis. “...Deus a nós, apóstolos, nos pôs por últimos, como condenados à morte; pois fomos feitos espetáculo ao mundo, aos anjos e aos homens.” (I Coríntios 4:9).

         Na verdadeira concepção das artes marciais e dos esportes de luta, o bom combate é aquele que termina em honra. Paulo, ao contrário de alguns ícones modernos do boxe e MMA, entendeu o momento de encerrar a carreira no auge; ele declarou: “Combati o bom combate, acabei a carreira, guardei a fé.” (I Timóteo 4:7)   

          

Um comentário:

  1. ministros no reino: com a preparação de um atleta de MMA, sim temos que estar preparados para o combate diária a favor do Reino, e contra a nossa própria carne,fortalecendo a mente, e o corpo e alma, para a cada dia lutarmos a favor do Reino. Parabéns Pastor Eneas,
    Diacono Newton Santos

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