"A Cura e eu"
Como ministro do seguimento pentecostal,
minha jornada na teologia começou logo no início de meu ministério no ano 2000.
Confesso que trafeguei pelas estradas sinuosas de várias escolas do pensamento
teológico, desde a teologia pentecostal clássica de Stanley Horton e Myer
Pearlman, passando pela teologia reformada dos puritanos, além de absorver
muito da teologia wesleyana. Também me atrevi na pesquisa teológica de liberais
como Rudolf Bulltman e Paul Tilich. Gostei muito da abordagem histórica e
filosófica da teologia sistemática de Alister Mcgrath. Aprofundei-me nos textos
do teólogo alemão Dietrich Bonhoeffer, devorei a teologia de Berkhof. Por fim,
me identifiquei muito mais com a teologia mística e contemplativa de Madame
Guyon, Conde Zinzendorf, George Fox, e Evan Roberts.
Eu sempre fui muito cuidadoso com a
construção lógica de meu pensamento teológico, pois observei que muitos
ministros ungidos e de espiritualidade prática tornaram-se céticos ou inférteis
em sua vida espiritual em função do acumulo da mera teologia acadêmica.
Meu cuidado se deveu ao fato de eu ser
um ministro de origem carismática, por isso, nunca abandonei a ênfase na obra
do Espírito Santo, e em especial os dons e as operações bíblicas da cura
divina. Foi inevitável para mim, encontrar boas respostas nos escritos do mais
“demonizado” ministro de nossa geração, o saudoso irmão Kenneth E. Hagin. Irmão
Hagin é sem dúvida o escritor mais apedrejado deste século pelos apologistas secos.
Porém, devo admitir que a praticidade e efetividade de meu ministério afloraram
com a literatura do seguimento chamado a “Palavra da Fé”, que mesmo possuindo algumas
vertentes extremistas, tem produzido um modelo muito poderoso e bíblico de ministério
cristão.
Os escritos de Hagin me levaram a outro
grande autor de ministério poderoso e prático: Dr. T.L. Osborn. Aquilo que
muitos teólogos decidiram chamar de “teologia da prosperidade” por não
compreenderem os ensinos da Fé, mudaram minha vida, pois o sobrenatural de Deus
se tornou para mim uma experiência básica de meu ministério.
Minha ênfase se firmou no conceito
bíblico da Nova Criação e da Vida do REINO, levando centenas de pessoas a
experiência de salvação, avivamento e CURA.
A CURA DIVINA não pode ser vista como
uma manifestação esporádica da onipotência de Deus. A cura divina está
intrinsecamente ligada à expiação, ou seja, a obra de Cristo no Calvário
redimiu o homem da maldição do Pecado e de suas consequências, inclusive a
DOENÇA.
Continua...
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