terça-feira, 23 de dezembro de 2014

CURA DIVINA ALÉM DA TEOLOGIA HUMANA

PARTE 4
"Deus quer curar e ponto"

Nestes quinze anos de ministério da Palavra e paixão pelo ministério de cura, tenho conduzidos muitas pessoas a essa experiência de fé e restauração da saúde. Mas tenho notado que o maior obstáculo para que alguns recebam cura é a incerteza sobre a vontade e a disposição de Deus em curar.

É necessário sanar nossas dúvidas sobre essa vontade soberana de Deus, pois esta ignorância bíblica produz uma forma “piedosa” de incredulidade. Digo piedosa, pois é a incredulidade de pessoas santas e fiéis a Deus, mas que desconhecem importantes facetas redentoras do caráter divino.

Vamos considerar quatro pontos importantes concernentes à vontade de Deus em curar:


1º Ponto: O ministério de Jesus revela a perfeita vontade de Deus para a humanidade.

Um dos propósitos cruciais da encarnação do Verbo, ou seja, da manifestação de Cristo em carne, foi o de revelar a vontade de Deus aos homens. Tudo o que Jesus falou e realizou na aqui na terra manifestou a vontade do Pai. Jesus disse: “Porque eu desci do céu, não para fazer a minha própria vontade, e sim a vontade daquele que me enviou.” (João 6:38). Ler também João 5:30.

Jesus jamais iniciou uma campanha de curas em que deliberou curar apenas alguns enfermos. Jesus vinha para pregar, ensinar e curar, e estas curas eram para todos, independentemente de se unirem aos discípulos ou não. Ele simplesmente curava para revelar a perfeita vontade de Deus. Deus possui uma natureza curadora, e Jesus o revelou. “Ninguém jamais viu Deus; o Deus unigênito, que está no seio do Pai, é quem o revelou.” (João 1:18).


2º Ponto: A natureza de Deus é totalmente boa, e na doença não há bem algum.

Deus é totalmente Bom, e dele emanam somente coisas boas (Salmo 34:8; I Pedro 2:3). A teologia acadêmica em suas indagações filosóficas chegou à imbecil conclusão de que a enfermidade e doença podem ser uma “benção” de Deus para nos ensinar “lições profundas”. Nada poderia ser mais tolo e herético. Nós colhemos coisas más de nossas sementes más (Gálatas 6:7); da parte de Deus somente podemos esperar boas coisas.

Toda boa dádiva e todo dom perfeito são lá do alto, descendo do Pai das luzes, em quem não pode existir variação ou sombra de mudança.” (Tiago 1:17). O salmo redentivo de Davi revela o perdão e a cura entre os bens da redenção: “Bendize, ó minha alma, ao Senhor, e não te esqueças de nenhum de seus benefícios. É ele que perdoa todas as tuas iniquidades e sara todas as tias enfermidades; quem redime a tua vida da perdição e te coroa de benignidade e de misericórdia; quem enche a tua boca de bens, de sorte que a tua mocidade se renova como águia.” (Salmo 103:2-5).

3º Ponto: A mente natural não tem revelação divina para a cura.

Você viverá e desfrutará em sua vida de todas as promessas das Escrituras que você conhecer e crer. É necessária uma revelação específica da Palavra. A revelação é um nível acima da informação, é quando o texto bíblico transcende o intelecto e brota no coração. Na verdade, mesmo a despeito da fé, o homem, como obra do Criador, tem em sua alma, certo potencial criativo. Sua mente pode, até certo ponto, determinar seu estado real. Gosto da clássica tradução RC da Versão Almeida do texto de Provérbios 23:7. “Porque, como imaginou na sua alma, assim é...” Tal poder criativo da alma humana é limitado, pois se trata de um poder mental (mera sugestão motivacional), porém, este poder pode ser potencializado no homem pelo dom da fé. Jesus declarou ao homem que buscava cura para um amigo: “seja feito conforme a tua fé” (Mateus 8:13).

Este nível de revelação está à disposição de todo aquele que nasceu de novo (João 3:3), tendo recebido a própria mente de Cristo (I Coríntios 2:16), e agora, à medida que cresce em sua caminhada com o Senhor, precisa de renovação progressiva para compreender a vontade divina em sua plenitude (Romanos 12:2), inclusive em relação à cura.
  
4º Ponto: Deus não faz acepção de pessoas para curar.

É uma experiência maravilhosa navegar nas narrativas do ministério de cura de Jesus enquanto esteve aqui na terra. Em qualquer lugar que fosse os resultados eram marcados por totalidade, ou seja, todos eram curados sem exceção. Aliás, pode ser feito um estudo interessante do termo “todos curados” nos Evangelhos e em Atos.

Não existe uma única pessoa na face da terra a quem Deus não queira curar. Como já disse, muitos obstáculos teológicos à cura divina foram erigidos ao longo da história da Igreja, mas isto nunca alterou o caráter de Deus (Malaquias 3:6; Hebreus 13:8).

Gosto de enfatizar uma das facetas mais sublimes do caráter divino: Deus não tem prediletos para abençoar. Deus não faz acepção de pessoas. “...o Senhor deles e vosso está no céu e que para com ele não há acepção de pessoas.” (Efésios 6:9) Ler também Dt 10:17; At 10:34; Rm 2:11; I Pe 1:17. E por Ele não fazer acepção de pessoas, o bem que Ele quer para um, Ele quer para todos. Para qualquer um que vier a Ele com fé buscando sua cura, Deus lhe responderá um retumbante “QUERO, FICA CURADO” (Mateus 8:6).

Continua...

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