É
bem verdade que em alguns textos da Bíblia a palavra mente é similar a coração, mas em parte considerável das
Escrituras existe uma distinção muito clara. Coração = “leb; lebãd” (hebraico) e “kardia; psuche” (grego).
Não queremos nos aprofundar na exegese
da palavra que é muito vasta, mas queremos abordar com o máximo de simplicidade
possível (2ª Co 11:3) o que as
Escrituras têm a dizer sobre a mente em relação às experiências espirituais,
especialmente a glossolalia.
Precisamos compreender que antes de
chegar ao coração que a “fonte de tudo” (Pv
4:23), o esclarecimento das Escrituras passa pelo processo mental (mente ou
intelecto), assim foi com dois discípulos após a ressurreição.
“Então, abriu-lhes o entendimento, para
compreenderem as Escrituras.”
Lucas
24:45
Não poderemos experimentar nenhuma das
maravilhosas oriundas da pessoa de Cristo se não obtivermos uma compreensão
bíblica acerca de tal dádiva.
A mente natural jamais poderá absorver
adequadamente as revelações da palavra de Deus, por isso, é necessário que haja
uma renovação da mente.
“E não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos
pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa,
agradável e perfeita vontade de Deus.”
Romanos
12:2
Uma mente que tem facilidade para assimilar e
aceitar as coisas do mundo (o sistema mundial que jaz no maligno – 1ª Jo 5:19), terá grande dificuldade de
aceitar as coisas simples relativas à fé bíblica. É necessário que a mente
passe por um drástico processo de renovação através da ação do Espírito Santo,
pela oração e meditação diligente na Palavra de Deus. Assim, poderá compreender
que a boa, agradável e perfeita vontade de Deus é que possamos viver em uma
dimensão espiritual cada vez mais elevada, e possamos chegar à condição de orar
no Espírito.
“Mas vós, amados, edificando-vos a vós mesmos
sobre a vossa santíssima fé, orando no Espírito Santo.”
Judas
20
“orando em todo tempo com toda oração e
súplica no Espírito...”
Efésios
6:18
Orar no Espírito é orar além do
natural, é unir o espírito do homem ao Espírito de Deus para uma oração
perfeita, num idioma produzido pelo Divino Espírito, no qual a mente fica
realmente infrutífera, mas o nosso espírito ora perfeitamente (1ª Co 14:14)e os resultados são
garantidos sem exceção. Orar no Espírito é um ato da vontade, decidimos entrar
em uma dimensão mais elevada de clamor e súplica para termos a comunhão ideal
com o nosso Criador.
A perfeita oração deve ser dirigida a
DEUS PAI, em nome de JESUS o FILHO, e guiada e capacitada pelo ESPÌRITO SANTO.
É importante entender também que para
orar no Espírito Santo (em línguas), nossa mente não precisa necessariamente
estar cônscia e organizada em seus pensamentos, “porque se eu orar em língua
estranha, o meu espírito ora bem, mas meu entendimento fica sem fruto”
(1ª Co14:14), mas é evidente que
para nos dirigirmos em oração ao Deus que é Espírito (Jo 4:24), precisamos produzir pensamentos espirituais (Fl 4:8; Cl 3:2).
Para isso, tornamos a dizer que é
necessário ter uma mente renovada pela palavra de Deus, uma mente nova e mais
elevada.
“Porque quem conheceu a mente do Senhor, para
que possa instruí-lo? Mas nós temos a mente de Cristo.”
1ª
Co2:16
Porém, não podemos descartar a mente na
oração pública, pois aqueles que são naturais (1ª Co2:14), não poderão dizer amém se a nossa oração for o tempo
todo em línguas desconhecidas.
“Que farei, pois? Orarei com o espírito, mas
também orarei com o entendimento... Doutra maneira, se tu bendisseres com
espírito, como dirá o que ocupa o lugar de indouto o Amém sobre a tua ação de
graças, visto que não sabe o que dizes?”
1ª Co 14:15,16
Nenhum comentário:
Postar um comentário