O apóstolo Paulo não poupou satisfação
e júbilo ao dizer para os crentes da Igreja de Corinto: “Dou graças a Deus, porque falo em
outras línguas mais do que todos vós.” (1ª Co14:18)
Paulo conhecia a importância
fundamental de se orar no Espírito Santo (Rm8:26,27;
Ef 6:18; Jd 20). A glossolália era parte indispensável na vida devocional
do apóstolo dos gentios, visando auto-edificação (1ª Co 14:4a).
O contexto histórico da primeira
epistola aos coríntios nos deixa claro que a única coisa que eles queriam
fazer, era falar em outras línguas. Agora vamos entender algo significativo
aqui, se Paulo falava mais línguas que os coríntios, podemos deduzir então que
Paulo acordava falando em línguas, falava em línguas ao dormir, falava em
línguas entre as refeições... Preocupo-me muito com o fato de muitos crentes
que receberam o dom não utilizá-lo, pois estão perdendo uma tremenda fonte de
gozo e crescimento espiritual. Vejamos, portanto, alguns motivos porque todo
crente, discípulo de Jesus deve orar em línguas estranhas.
1º
Motivo: As línguas são para edificação espiritual. A palavra edificar, do
grego “oikodome”, significa
literalmente construir uma casa ou edifício. Fala-nos da construção minuciosa e
gradual de uma vida espiritual poderosa. Essa construção envolve o
aperfeiçoamento do caráter e o aprofundamento no relacionamento com Deus.
Portanto, as línguas são o mais precioso canal para uma vida espiritual mais
dinâmica e real. “O que fala em língua estranha edifica-se a si mesmo...”(1ª Co 14:4a). Outro fato maravilhoso
sobre as línguas, é que, mesmo que não as compreendamos é o mais perfeito meio
de comunicação com Deus. “Porque o que fala língua estranha não fala
aos homens, senão a Deus...” (1ª
Co 14:2a). E a segunda parte deste versículo nos trás outra revelação
esclarecedora para aqueles que temem falar em outras línguas e serem reprimidos
por alguém. “...porque ninguém o entende, e em espírito fala de mistérios.”
(14:2b)
2º
Motivo: As línguas são uma evidência do batismo no Espírito Santo. Línguas
demonstram-se em três narrativas claras do livro de Atos, provam de maneira
irrefutável que elas são a marca do verdadeiro revestimento espiritual de
poder. Alguém até pode estar realmente cheio do Espírito Santo sem falar em
línguas, mas a evidência de uma vida profunda e crescente é a constante oração
no Espírito. Línguas é como o transbordar de um vaso que foi cheio até a boca,
sabemos que transbordou quando a água cai pelas bordas do vaso (At
2:4; 10:45; 19:6).
3º
Motivo: Falar em línguas é uma das provas da ressurreição e glorificação do
Senhor Jesus. Pregando a respeito da ressurreição nos versículos 24 e 25 de
Atos 2, Pedro citou as Escrituras do Salmo 16 assim: “por isso, se alegrou o meu
coração, e a minha língua exultou...” (At 2:26). O mesmo poder da ressurreição, é o poder que influencia
crentes de todas as gerações a falarem em línguas misteriosas. (Rm8:11; Jo 16:7)
4º
Motivo: Falar em línguas é o cumprimento óbvio das profecias de Isaías e
Jesus. Isaías profetizou: “Porque, por lábios estranhos e por outra língua, falará
a este povo.” (Is28:11) e Jesus
disse que as línguas acompanhariam a pregação do evangelho pela fé. “E
estes sinais seguirão aos que crerem: em meu nome... falarão novas línguas.”
(Mc 16:17)
5º
Motivo: As línguas nos relembram a presença do Espírito Santo que habita em
nós. Como Pedro e sua comitiva sabiam que os gentios haviam recebido o Espírito
Santo? Atos 10:46 diz: “Pois os ouviam falando em outras línguas e
engrandecendo a Deus.” Ou seja, tratava-se da evidência sobrenatural ou
inicial da presença do Espírito Santo neles.
6º
Motivo: Orar em línguas estimula a fé. Falar em línguas me ajuda a confiar
mais plenamente em Deus. Não nos dará fé, mas acrescentará e ajudará a nossa
fé. Vejamos o que disse o discípulo Judas (não o que traiu, mas o irmão do
Senhor) em sua carta: “Mas vós, amados, edificando-vos a vós mesmos
sobre a vossa santíssima fé, orando no Espírito Santo.” (Jd 20). Sendo o Espírito Santo quem
dirige sobrenaturalmente a nossa oração quando oramos em línguas, a fé precisa
ser exercitada para falá-las, porque não sei qual virá a ser a palavra
seguinte. Confio e espero em Deus para que inspire em mais e mais palavras
sobrenaturais, e confiar e esperar em Deus em algum aspecto, nos ajudará a
confiar e esperar em outros aspectos, isto desenvolve ainda mais a fé.
7º
Motivo: Orarem línguas é um meio de nos proteger da contaminação mental
imposta pelo mundo. Falar em línguas é um modo eficaz de nos mantermos
“alienados” às conversas ímpias, profanas, grosseiras e maledicentes que
acontecem ao nosso redor, além de proteger nosso subconsciente de imagens
concupiscentes que casualmente se colocam diante dos nossos olhos. Podemos
então, falar em línguas silenciosamente, em particular com Deus.
Independentemente de onde estivermos, podemos proceder conforme o apóstolo
Paulo orientou: “Mas, se não houver interprete,...fale[em línguas] consigo mesmo e com Deus.” (1ª Co 14:28). Não importa onde você
está você pode falar consigo mesmo e com Deus em mistérios, assim, sua mente
estará alheia e livre das contaminações do mundo.
8º
Motivo: Falar em línguas submete a nossa língua ao senhorio de Cristo.
Quando oramos em línguas estamos sujeitando a nossa língua à vontade do
Espírito Santo. Falar em línguas é um passo importante no intuito de entregar
totalmente o corpo a Deus, afinal, nenhum homem pode domar sua própria língua.
“Porque
todos tropeçamos em muitas coisas. Se alguém não tropeça em palavra, o tal
varão é perfeito e poderoso para também refrear todo o seu corpo. Mas nenhum
homem pode domar a língua. É um mal que não se pode refrear; está cheia de
peçonha mortal.” (Tg 3:2,8)
9º
Motivo: As línguas são uma forma incomparável de gozo e regozijo espiritual
na comunhão entre dos santos. Observemos Efésios 5:18 e 19: “E não
vos embriagueis com vinho, em que há contenda, mas enchei-vos do Espírito
Santo, falando entre vós com salmos, e hinos, e cânticos espirituais, cantando
e salmodiando ao Senhor no vosso coração.” Estando cheios do Espírito
Santo, podemos numa reunião de oração render ao Senhor cânticos espontâneos
nascidos nas profundezas do nosso espírito, até que de maneira natural, nos
encontramos louvando a Deus em línguas estranhas. Está é uma experiência de
profundo deleite espiritual e geradora de poder e unidade.
10º
Motivo: Orar em línguas é uma forma singular de refrigério espiritual.
Isaías 28:11 e12 diz: “Pelo que, por lábios estranhos e por outra
língua, falará a este povo, ao qual disse: Este é o descanso, daí descanso ao
cansado; e este é o refrigério...” De forma que esta profecia é
mencionada por Paulo justamente quando escreve aos coríntios sobre o uso das
línguas (1ª Co 14:21-22) Tenho
observado que realmente a melhor maneira de descansar a alma fadigada pelos
infortúnios e tempestades da vida, é orando no Espírito Santo, bendizendo-o em
línguas. Esta prática tem um poder terapêutico insubstituível. Nestes dias
conturbados de perplexidades, tumultos e inseguranças, precisamos nos livrar de
todas as nossas sobrecargas e opressões. Acredito que Jesus se referia também a
isto quando convidou os cansados e oprimidos para um alívio singular (Mt 11:28).
11º
Motivo: Orando em línguas, damos graças com perfeição. Não há
melhor maneira de render louvor e agradecimento a Deus do que através das
línguas estranhas. É evidente que ao darmos graças por uma refeição que nos foi
oferecida em casa alheia e outras situações, devemos dar graças com o
entendimento, para que todos possam dizer o amém. Mas em nossa devoção diária
precisamos exercitar com afinco o dar graças no Espírito, pois é o único meio
perfeito para isso, como disse Paulo: “Porque realmente tu dás bem as graças...”
(1ª Co 14:17).
12º
Motivo: Orar em línguas é orar em perfeita harmonia com a
vontade de Deus. A maior deficiência de muitas orações é o “eu”, ou seja, o
egocentrismo que nos leva à orações egoístas, sempre buscando a mão de Deus e
não a sua face. A verdade é que quanto mais eloqüentes e formais forem as
nossas orações, ainda assim não sabemos orar como convém (Rm 8:26), por isso, ao orar em línguas, inconscientemente,
oferecemos orações realmente agradáveis a Deus.
13º
Motivo: A oração em línguas faz a verdade “explodir” dentro de
nós. Um dos nomes distintivos do Espírito Santo está intimamente ligado a
verdade: “o Espírito da verdade...” (Jo
14:17a). Uma das missões do Espírito Santo é promover a verdade dentro de
nós, e existem mentiras tão enraizadas em nossa natureza carnal que nós mesmos
acreditamos nelas. A verdade não é uma mera declaração externa, é uma revelação
interna. E esta revelação só pode ser dada pela atividade do Espírito Santo em
atuando em nós. Não podemos receber a verdade no âmbito natural, mas seremos
guiados de forma sobrenatural através da oração que o Espírito Santo cria em
nosso espírito. “Mas, quando vier aquele Espírito da verdade, ele vos guiará em toda a
verdade...” (Jo 16:13a).
Tenho descoberto que quando oramos no Espírito a verdade “explode” dentro de
nós, de forma que manifestamos a verdade em três níveis: (1) Manifestamos toda a verdade para nós mesmos; (2) manifestamos toda a verdade para os
outros; e (3) manifestamos a verdade
diante de Deus e sobre Deus. Além disso, através da oração no Espírito conhecemos
a verdade suprema, JESUS (Jo 14:6).
14º
Motivo: A oração em línguas revela e manifesta a nossa vocação
no Senhor. A Igreja possui uma vocação missiológica coletiva, mas cada crente
em particular também possui uma vocação espiritual pessoal. No âmbito da Igreja
não existe um teste vocacional sistemático; a vocação de cada um é outorgada e
revelada pelo Espírito Santo. A oração de Paulo pelos crentes da cidade de
Colossos era “para que o Deus de nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai da glória, vos dê
em seu conhecimento o espírito de sabedoria e de revelação, tendo iluminados os
olhos do vosso entendimento...” (Cl
1:17 e 18a) Agora surge a indagação: porque Paulo desejava que os
colossenses desfrutassem deste nível de revelação espiritual? A resposta está
na seqüência do texto: “...para que saibais qual seja a esperança da
sua vocação e quais as riquezas da glória da sua herança nos santos.” (v. 18b). Note duas coisas aqui: (1) Devemos saber qual a esperança de
nossa vocação e (2) Saber quais as
riquezas da glória da sua herança nos santos.
Em primeiro lugar a esperança da nossa
vocação é a eternidade e o céu, mas em um plano temporal refere-se à nossa
missão específica aqui na terra.
Em segundo lugar, as riquezas da glória desta
herança espiritual referem-se ao nosso honroso papel no corpo de Cristo (nos
santos). E isto somente pode ser manifesto no homem interior (Ef 3:16 - ler). O que Paulo estava
realmente desejando é que o mistério mais profundo, que fora ocultado de todos
os patriarcas e profetas, fosse revelado a cada um de nós. Mas que mistério é
este? “o mistério que esteve oculto desde todos os séculos e em todas as
gerações e que, agora, foi manifesto aos seus santos; aos quais Deus quis fazer
conhecerquais são as riquezas da glória deste mistério entre os gentios, que é
Cristo em vós, esperança da glória.” (Cl 1:26-27). Sabemos que a unção que estava sobre Jesus enquanto
homem, era sem medida (Jo3:34),
assim, Jesus possuía em si todos os dons, ministérios e operações do Espírito
Santo. Nós, como membros do corpo de Cristo não possuímos essa vocação total
deste corpo místico de Cristo (1ª Co
12:12-30), por isso, precisamos descobrir em que dom, ministério e operação
encontraremos a plenitude de nossa vocação entre os santos. Cada uma das
facetas ministeriais de Jesus atua em cada um de nós de maneira distinta,
precisamos descobrir qual dos muitos ministérios de Jesus operam em nós:
AS OPERAÇÕES (Rm 12:8-10, 28) – Dons do Pai, propósito e
motivação básica da vida.
(1) Profecia
(Mt 16:21)
(2) Ministério
(Mt 20:26; Jo 13:13-16)
(3) Ensino
(Mt 5-7:29)
(4) Exortação
(Mt 23:1-39; Lc 9:41; Jo 3:3)
(5) Liberalidade
(Mt 14:3-21; Jo 6:1-15)
(6) Liderança
(Mt 28:19; Mc 16:15; Lc 24:49)
(7) Misericórdia
(Mt 14:14; Jo 11:38)
OS MINISTÉRIOS (Ef4:11; 1ª Co 12:28) – Dons
do Filho, para edificar e equipar o corpo da Igreja.
(1) Apóstolo
(Hb 3:1)
(2) Profeta
(Lc7:16)
(3) Evangelista
(Lc4:18-19)
(4) Pastor
(Jo10:11)
(5) Mestre
(Jo 3:2; 13:13)
(6) Missionário
(Mc 1:38)
OS DONS (1ª Co 12:1-11) – Dons do Espírito Santo,
distribuídos pela soberania do Espírito.
(1) Palavra
de Sabedoria (Lc20:25; Jo 8:7)
(2) Palavra
de Conhecimento (Mt 17:24-25; Mc 2:8; Lc
9:46-47)
(3) Discernimento
de espíritos (Mc 9:29)
(4) Profecia
(Mt 24:2)
(5) Variedade
de Línguas (Mc 16:17) Obs.: Dom pós
ascensão.
(6) Interpretação
de Línguas (Mt 15:24-28)
(7) Fé (Mc 11:12-24)
(8) Dons
de Cura (Mc 1:34; 3:10; 6:55-56)
(9) Operação
de Milagres (Lc8:22-25; Jo 11:38-45)
GRAÇAS ESPECIAIS.
Restrito às pessoas com um nível diferenciado de dedicação e consagração.
(1) Hospitalidade.(Mt 25:35-40;Hb 13:1-3; 1ª Pe 4:10-11)
(2) Celibato. (Mt
19:10; 1ª Co 7:7-9,27; 1ª Tm 4:3; Ap 14:4)
(3) Martírio.
(Mt 20:28; Hb 11:37-38; 1ª Pe 4:12-13;
Ap 6:9-11)
Jesus possuía em seu chamado e missão a
totalidade destes atributos espirituais e ministeriais, e hoje, Ele habita em
nós pelo Espírito e nos cabe descobrir nossa vocação no Senhor.
A oração constante e perseverante em línguas
é a chave para encontrarmos e desenvolvermos a plenitude do nosso chamado em
Cristo, ou seja, o que Cristo é em nós e o que somos nele.
15º
Motivo: A oração em línguas é uma profunda fonte de revelação
profética. A presença de Deus é como um profundíssimo abismo de gozo e plena
satisfação, que, quanto mais nos aprofundamos, mais desejamos nos aprofundar, o
salmistaentendia isso, aliás, este é o verdadeiro significado de: “Um
abismo chama outro abismo, ao ruído das catadupas...” (Sl 42:7). Rios, cachoeira e
correntezas, são manifestações impetuosas da água, que representam a poderosa
operação do Espírito Santo (Is 44:3;
Jo7:38-39). Há um texto escrito pelo profeta Isaías (59:19b), cuja tradução em português tem um erro de concordância em
relação ao original hebraico. Vou transcrevê-lo duas vezes para que você note a
diferença:
“...vindo o inimigo como uma corrente de
águas, o Espírito do Senhor arvorará contra ele sua bandeira.”
Vejamos agora a maneira correta:
“...vindo o inimigo, como uma corrente de
águas o Espírito do Senhor arvorará contra ele a sua bandeira.”
Percebeu? O que virá como uma corrente de
águas não é o inimigo, mas sim o Espírito Santo. A diferença está na vírgula
após a frase: “vindo o inimigo,...”
O salmista (Sl 42:7) estava declarando que em meio ao som das correntezas do
Espírito Santo, o desejo de sua alma por ir mais profundo na revelação de Deus
aumentava. Esta é uma das missões do Espírito Santo, nos revelar “...as
profundezas de Deus.” (1ª Co
2:10).
Quando oramos em línguas, estamos
“vasculhando” o coração de Deus com sua permissão, ainda que não percebamos em
que nível de revelação estamos. Na oração em línguas podemos atingir em dado
momento, uma dimensão de esclarecimento tão grande, que visões podem surgir em
nosso espírito, a respeito de coisas, situações e pessoas. Tenho vivido a
experiência de receber revelações proféticas nos mais diversos níveis, enquanto
oro em línguas, assim, tenho podido abençoar muitas pessoas com palavras
proféticas, algumas muito enigmáticas, outras muito claras. Não posso provar
isso, mas gosto de conjeturar que Paulo teve sua experiência no terceiro céu
quando orava em línguas, já que orava em línguas mais do que qualquer um em seu
tempo (1ª Co 14:18).
A oração em línguas te levará a um nível
muito profundo de revelação profética e discernimento espiritual.
16º
Motivo: As línguas são um sinal do projeto de Deus para a
restauração da unidade. Nos primórdios do pentecostalismo, obviamente houve uma
divisão em função da religiosidade que sempre foi característica da índole
humana, mas com o tempo passamos a compreender que paradoxalmente oposto à tudo
o que possamos imaginar com nossas mentes “teologicamente corretas”, a
experiências do falar em línguas vem promovendo uma inesperada unificação
eclesiástica. Vamos pensar com a mente de Cristo. No livro de Gênesis temos o
relato da única coisa que causa real preocupação em Deus, a UNIDADE para projetos
ímpios.
“Aí disseram: Agora vamos construir uma
cidade que tenha uma torre que chegue até o céu. Assim ficaremos famosos e não
seremos espalhados pelo mundo inteiro. Então o Senhor desceu para a cidade e a
torre que aquela gente estava construindo. O Senhor disse assim: Essa gente é
um povo só, e todos falam uma só língua. Isso que eles estão fazendo é apenas o
começo. Logo serão capazes de fazer o que quiserem.”
Gênesis
11:4-6 – NTLH
Isso pode não ser teologicamente
razoável, mas seja sensível e note o tom de preocupação do Senhor. Ele viu que
o governo humano instituído pela “proclamação de independência” de Adão, não
teria mais limites agora que o homem conhecera o poder da UNIDADE. Deus Todo
Poderoso chega a dizer: “...Logo eles serão capazes de fazer o que
quiserem.” Entendemos que além da fé, outro elemento que abole as
limitações humanas é a unidade em direção a uma visão comum.
Deus, então, reúne-se com a Trindade e
a Plenitude da Divindade descem pessoalmente para solucionar o problema da globalização
ímpia. “Vamos descer e atrapalhar a língua que eles falam...” (v. 7A). A diversidade idiomática foi a
solução de Deus para espalhar os homens, mas o Senhor já tinha um plano para
unir os homens outra vez, agora, não para a implantação do poderio humano, mas
para a implantação do Reino de Deus entre os homens: “Todos ficaram cheios do Espírito
Santo, e começaram a falar em outras línguas, de acordo com o poder que o
Espírito Santo dava a cada pessoa.” (Atos 2:4 – NTLH).
É inevitável, o mover do Espírito Santo
é um poder irresistível, que tem varrido a terra, muitos ainda resistem, mas a
despeito de aceitarem ou não, os céticos devem reconhecer que a plenitude
pentecostal está unindo a Igreja neste tempo do fim. A questão é a VISÃO. Assim
como Babel possuía uma visão de unidade para estabelecer a Dispensação do
Governo Humano, o Pentecostes possui uma visão de unidade para estabelecer a
Dispensação do Milênio, que é o pleno Reino de Deus.
17º
Motivo: A oração em línguas mortifica a natureza adâmica.
Reconhecer e se entregar à Jesus Cristo como Senhor e Salvador pessoal de
nossas vidas gera um milagre espiritual chamado “nascer de novo” (Jo 3:1-8), trata-se do nascimento de um
novo homem, criado outra vez à imagem de Deus, embora, ainda com a natureza
adâmica habitando em seu corpo. Jamais nos veremos livres da natureza caída
enquanto vivermos nessa terra. Na verdade, a plenitude da vida espiritual em
Cristo só pode ser vivida se passarmos por um processo de três etapas: (1) Mortificar; (2) Despojar e (3)
Revestir. (Cl 3:5,8,10,12,14). Ao
nascermos de novo nossa velha natureza é mortificada e dá lugar a uma nova
natureza (1ª Pe 1:3; 2ª Pe 1:4; 1ª Jo
2:29; 4:7; 5:1,4,18) à imagem de Deus e com o caráter de Jesus (Gl 5:22), mas a natureza adâmica, ainda
que morta, está em nós, e só será destruída por ocasião da glorificação (1ª Co 15:52-58). O apóstolo Paulo
vivenciou a terrível e constante batalha da mortificação da natureza carnal (Rm 7:7-25). No meu limitado
entendimento, existem pelo menos sete maneiras básicas para se mortificar a
carne:
(1) Nascendo
da Semente da Palavra (1ª Pe 1:23)
(2) Dedicar-se
a uma vida de renúncia (Lc14:33)
(3) Aborrecendo
o sistema mundial (Tg 4:4; 1ª Jo2:15-17)
(4) Vivendo
uma vida de fé (Hc 2:4; Rm 1:17; Gl
3:11; Hb 10:38)
(5) Amando
e vivendo pela Palavra (Sl 119:11; Mt
7:24-27; Hb 4:12; Ap 3:8)
(6) Imitando
a Jesus Cristo (1ª Jo 2:6; 1ª Co 11:1;
Ef 5:1)
(7) Andando
no Espírito (Gl 5:16-18)
Preferi deixar o tópico “Andando no Espírito” por último, pois aqui temos informações
preciosas para uma vida espiritual profunda e vitoriosa. O andar no Espírito
não é um acontecimento específico, é uma experiência gradual também composta
por alguns passos práticos:
(1) A
comunhão com o Espírito Santo (2ª
Co13:13; At 13:2-4; 15:28)
(2) A
santificação pelo Espírito Santo (Tt
3:5; 1ª Pe 1:2)
(3) O
batismo no Espírito Santo (Mt 3:11; Mc
1:8; Lc 3:16; Jo 1:33; At 1:5)
(4) O
falar pelo Espírito Santo (2º Sm 23:2;
Mt 10:20; At 4:13)
(5) A
oração no Espírito Santo (Ef 6:18; Jd
20; 1ª Co 14:14a)
A constante oração no Espírito complementa
todos os demais passos anteriores, e tem o poder de mortificar e conservar
morta a natureza caída.
18º
Motivo: A oração em línguas vivifica a nova natureza. Não basta
morrer o velho Adão em nós sem que se desenvolva Jesus Cristo em nós. Isto é a
edificação: “querendo o aperfeiçoamento dos santos, para a obra do ministério,
para edificação do corpo de Cristo, até que todos cheguemos à unidade
da fé e ao conhecimento do Filho de Deus, a varão perfeito, à
medida da estatura completa de Cristo.” (Ef 4:12-13). As sete palavras sublinhadas representam o
ininterrupto processo de vivificação da Nova Natureza:
(1) Aperfeiçoamento. A
nova natureza em Cristo Jesus deve ser aperfeiçoada continuamente (2ª Co 7:1; Hb13:21; Mt 5:48).
(2) Ministério. A
nova natureza se desenvolve à medida que desenvolvemos a capacidade de servir (Gl 5:13).
(3) Edificação. O
desenvolvimento da nova natureza acontece à partir do fundamento para cima (Ef 2:20; 1ª Co 3:11).
(4) Unidade. O
entendimento do princípio divino da unidade revela o nível de desenvolvimento
da nova natureza (Jo17:21).
(5) Fé. A vida de fé e pela
fé cresce à medida que o novo homem cresce.
(6) Conhecimento. O
conhecimento possui muitos níveis (Os
6:3a), que são alcançados à medida que o novo homem se relaciona com
Cristo.
(7) Completude. Ser
espiritualmente completo em Cristo (Ef3:19)
deve ser a busca prioritária daquele que nasceu de novo.
O
coração e o espírito de uma nova criatura são novos (Ez36:26; 2ª Co 5:17).
Davi
exultaria por conhecer os nossos dias, e viver a graciosa experiência do novo
nascimento. Em arrependimento avassalador ele clamou a Deus pela dádiva que
hoje desfrutamos: “Cria em mim, ó Deus, um coração puro e renova em mim um espírito reto.”
(Sl51:10). Mas ele sabia que para
essa experiência ser uma realidade em sua vida, ele precisava desesperadamente
da permanência do Elemento vital: “Não me lances fora da tua presença e não
retires de mim o teu Espírito Santo.” (v.11).
Ao orarmos em línguas o Espírito Santo
promove o crescimento do novo espírito recriado e renascido, levando-o a uma
dimensão de revelação e conhecimento de Deus que não podem ser conquistados nos
melhores seminários teológicos. A nova natureza possui um novo idioma oculto no
interior do espírito de cada crente (todos), basta calar os clamores da alma e
quebrar o silêncio do espírito, que será vivificado dia após dia. Glória a
Deus!
Texto sem contexto é pretexto pra heresias !não foque em algo que é superficial ,o próprio Paulo diz ainda que ele falasse (hiperbole)a língua dos anjos ,sem amor de nada valeria
ResponderExcluirTexto sem contexto é pretexto pra heresias !não foque em algo que é superficial ,o próprio Paulo diz ainda que ele falasse (hiperbole)a língua dos anjos ,sem amor de nada valeria
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