Introdução
Na verdade, a
natureza prática da verdadeira Igreja do Senhor Jesus é ser APOSTÓLICA; O
contrário é que se constitui uma anomalia. Precisamos caracterizar e distinguir
a genuína Igreja Apostólica, entendendo-a à luz da Escrituras Sagradas e da
Renovação Espiritual deste tempo do fim.
Como Igreja,
precisamos conhecer os fundamentos de nossa autoridade, e nossa posição no
mundo espiritual e no mundo natural, para empreendermos esforços dinâmicos de
avanço e conquista das nações para o Rei Jesus. A restauração dos distintivos
da Igreja Apostólica que serão expostos abaixo é o passo crucial para o
esperado Avivamento Final e para a Segunda Vinda de Jesus Cristo para reinar
sobre as nações. Entenda estes distintivos como marcas inegociáveis da Igreja
que também reinará com Cristo.
O GOVERNO TEOCRÁTICO E O PRESBITÉRIO APOSTÓLICO
Como já dissemos, é à
partir da renovação do sistema de governo eclesiástico e do caráter do
presbitério da Igreja, que restabeleceremos o padrão normativo da Igreja
Primitiva. Este Governo Teocrático nada mais é do que a ênfase na soberania do
Espírito Santo nos processos de desenvolvimento da Igreja (At 15:28) e uma prévia do Governo Divino que será implantado sobre
toda a Terra; o Presbitério Apostólico é o ajuntamento de anciãos (presbíteros e bispos) e ministros
ungidos que compreendam tal Governo e o estabeleçam em seus corações e no corpo
de Cristo (At 13:1-3).
A RESTAURAÇÃO DA ADORAÇÃO E INTERCESSÃO PROFÉTICAS
Há muito a se dizer
acerca destes dois aspectos da Renovação Apostólica, mas em síntese, a Adoração
Profética é a expressão do louvor oriundo de um espírito “encharcado” de
gratidão, fé e amor; sua característica marcante é a extravagância e o quebrantamento,
além disso, é um tipo de adoração que além de atrair a presença de Deus,
neutraliza e afugenta as forças do mal (I
Sm 16:23). Tão importante quanto a adoração, a Intercessão Profética é
chave da vitória da Igreja sobre as hostes do mal. Interceder profeticamente é
orar segundo a vontade de Deus, guiados pelo Espírito de Deus, e direcionando
ataques às fortalezas do mal. Para que a Igreja Apostólica entre nesse nível de
Intercessão, é necessário um revestimento especial, uma armadura intransponível,
com armas de defesa e de ataque (Ef
6:10-20);
A MENTALIDADE BIBLICAMENTE MISSIONÁRIA
Missões está no
coração de Deus. Este antigo termo dos pais das missões modernas, parece ter se
tornado um belo chavão, porém, sem nenhuma expressão de verdade prática. A
ênfase missiológica tem sido transtornada em nosso tempo, por uma relativização
do verdadeiro sentido de MISSÕES. Esta nova ênfase missiológica trata de
abranger equivocadamente o termo missões para toda e qualquer prática religiosa
em favor do próximo, isto pode parecer muito nobre, mas afasta a Igreja dos
esforços de evangelização de povos não alcançados. O aspecto social
indubitavelmente é fator essencial como missão da Igreja, mas a Grande Comissão
Mundial que deve inspirar a Igreja como sua obra prioritária (Mt 28:18-20; Mc 16:16-20; 46-49; Jo
20:21-23; At 1:8). Não há apostolicidade sem visão missionária, pois o
próprio termo apóstolo significa
“enviado”, e nesse sentido todo o corpo de Cristo deve estar sob o mover
apostólico, ou seja, cada crente um discípulo, cada discípulo um missionário,
cada missionário um obreiro apostólico.
A REVELAÇÃO PLENA DA UNIDADE
A Igreja Apostólica é
“Católica” (universal), ou seja,
somente há uma Igreja, e esta representa o corpo de Cristo na Terra. Nunca foi
plano de Deus que houvessem denominações divergentes, ao contrário, Jesus orou
ao Pai antes de sua Paixão pedindo: “Eu
não rogo somente por estes, mas também por aqueles que, pela sua palavra, hão
de crer em mim; para que todos sejam um, como tu, ó Pai, o és em mim, e eu, em
ti; que também eles sejam um em nós, para que o mundo creia que tu me enviaste.
E dei-lhes a glória que a mim me deste, para que sejam um, como nós somos um.
Eu neles, e tu em mim, para que eles sejam perfeitos em unidade, e para que o
mundo conheça que tu me enviaste a mim e que tens amado a eles como me tens
amado a mim.” (Jo 17:21-23). O
propósito da Reforma Apostólica como compreendida pela COGIC-MFA, não é
destruir as denominações, tão pouco unifica-las institucionalmente, a Reforma
Apostólica está formando Redes Apostólicas de Unidade Bíblica em torno dos
propósitos do Reino de Deus; não uma unidade litúrgica, filosófica, dogmática
ou doutrinária, mas a verdadeira Unidade Bíblica, a UNIDADE DA FÉ (Ef 4:13a).
A PATERNIDADE ESPIRITUAL E A ALIANÇA
Temos contemplado com
dor e lamento séculos de divisões, insubmissão e quebras de aliança na história
da Igreja. O conceito judaico-cristão de paternidade espiritual e aliança
perdeu sua ênfase e força com o advento dos bispos católicos opressores, e
posteriormente, pasme, com o advento da Reforma Protestante, que, em algumas
ramificações trouxe um conceito extremista de “sacerdócio universal dos
crentes”, onde a honra devida a cargos episcopais bíblicos distintos (I Tm 5:17) foi anatematizada pelos
supostos reformadores. Apóstolos, Pastores e líderes eclesiásticos, são
constituídos como pais espirituais (Gl 4:19) de seus discípulos, e esta
aliança espiritual não pode ser levianamente quebrada. Malignidades da natureza
humana como: orgulho, rebelião, inveja, são a causa primária da deterioração da
Paternidade e Aliança. A Palavra de Deus também chama estes pais espirituais de
“guias”, que devem ser amorosamente lembrados e obedecidos pelo rebanho (Hb 13:7, 17; Gl 6:6; I Ts 5:12-13).
Esta Reforma Apostólica, que também é Profética, tem como uma de suas
finalidades essenciais, converter o coração dos pais aos filhos e dos filhos
aos pais (Ml 5:5-6). A grande rede
apostólica mundial de ministérios que formam uma Igreja apenas é também formada
por diversas redes que possuem algo em comum: o sentimento de paternidade e
filiação entre as pessoas e suas lideranças apostólicas. Homens e mulheres com
corações carnais e rebeldes, que se sentem independentes, autossuficientes ou
superiores, ou se adaptam à cultura de serviço do Reino (Lc 22:24-27), ou serão inevitavelmente rejeitados por Deus, e
muitos atrairão a condenação de sua rebelião para si e para sua descendência (Rm 13:1-2, 7; Êx 20:5b). O parâmetro
fundamental para o relacionamento pais e filhos em qualquer nível é: “Vós, filhos, obedecei em tudo a vossos pais,
porque isto é agradável ao Senhor. Vós, pais, não irriteis a vossos filhos,
para que não percam o ânimo.” “Vós,
filhos, sede obedientes a vossos pais no Senhor, porque isto é justo. Honra a
teu pais e a tua mãe, que é o primeiro mandamento com promessa, para que te vá
bem, e vivas muito tempo sobre a terra. E vós, pais, não provoqueis a ira a
vossos filhos, mas criai-os na doutrina e admoestação do Senhor.” (Cl 3:20-21).
Conclusão
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