quarta-feira, 23 de outubro de 2013

O RESSURGIMENTO DOS PROFETAS


                        Introdução
            Os profetas foram homens escolhidos por Deus, para serem canais da manifestação de sua vontade ao povo israelita. Instrumento poderosamente usado e através destes, a glória do Senhor por diversas vezes foi manifestada. Ao contrário do que pregam muitas denominações, a Bíblia não determina o fim deste ofício em João Batista, na verdade, afirma que nos dias finais os veríamos, em plena atividade. Apesar de ter seu ministério relatado na Escritura do Novo Testamento, João Batista foi o último profeta da Antiga Aliança, e desde então, Deus levanta os Profetas do Reino (Lcc 16:16). A Renovação da Fé Apostólica trouxe consigo a restauração deste indispensável ministério para plenitude do corpo de Cristo (Ef 4:11). A Igreja precisa compreender e reconhecer o ministério de profetas locais, que sejam maduros, e cuja credibilidade tenha sido provada e suas mensagens dignamente julgadas. Diante de situações incertas e duvidosas, o Pastor e a Igreja podem recorrer a esta qualidade de Profeta do Reino. Respaldando a vigência do ministério profético na atual dispensação, temos no Novo Testamento: a) Zacarias (Lc 1:67); b) Ana (Lc 2:36); c) Ágabo (At 11:28; 21:20); d) As filhas de Filipe (At 21:9); e) Paulo (I Tm 4:1); f) Pedro (II Pe 2:1-2); e g) João (Ap 1:1). Outros textos ratificam sua atualidade: Atos 13:1; I Coríntios 12:28; 14:29; Efésios 4:11
       
NOVOS FILHOS DE ISSACAR

dos filhos de Issacar, destros na ciência dos tempos, para saberem o que Israel devia fazer, duzentos de seus chefes e todos os seus irmãos, que seguiam a sua palavra.” (I Cr 12:32). Os descendentes de Issacar receberam de Deus a habilitação profética para dar direcionamentos de tempo e ação ao povo de Israel, para irem adiante de Davi para proclamá-lo rei sobre todo Israel. A mesma unção profética foi restaurada em nossos dias, para nortear a Igreja a ir adiante de Jesus Cristo, a fim de proclamá-lo Rei, antes de seu glorioso retorno para reinar eternamente. O ministério dos profetas do Reino visa orientar o corpo de Cristo a como agir para implantar este Reino, e especialmente, quando agir, avançando no progresso desse Reino. “Quem guardar o mandamento não experimentará nenhum mal; e o coração do sábio discernirá o tempo e o modo. Porque para todo propósito há tempo e modo...” (Ec 8:6). Este discernimento é na verdade uma ferramenta profética. Uma Igreja cujo profético está plenamente restaurado, não andará desnorteada sobre o que e quando fazer, em todos os aspectos de sua vida, individual e coletiva. Paulo, como apóstolo, possuía certa medida do dom profético, por isso escreveu: “E digo isto, conhecendo o tempo, que é já hora de despertarmos do sono; porque a nossa salvação está, agora, mais perto de nós do que quando aceitamos a fé.” (Rm 13:11). “Os filhos de Issacar estão de volta”.

NOVOS PREPARADORES DO CAMINHO DO SENHOR

O principal propósito da restauração do ministério dos profetas, é que, somente com a plena atividade profética a Igreja poderá preparar o caminho do Senhor. Isso se dá em dois aspectos temporais, preparar para a vinda do Senhor para reinar em um avivamento, e preparar para a vinda do Senhor para reinar literal e eternamente sobre a Terra. João Batista foi constituído profeta para este fim, e acerca dele foi vaticinado: “Eis que eu envio o meu anjo, que preparará o caminho diante de mim; e, de repente, virá ao seu templo o Senhor, a quem vós buscais, o anjo do concerto, a quem vós desejais; eis que vem, diz o Senhor dos Exércitos.” (Ml 3:1). Ministério semelhante foi também profetizado por intermédio de Isaías (Is 40:1-5), acerca do mesmo João Batista (Mt 11:10; Mc 1:2; Lc 1:76; 7:27). Este prepara o caminho refere-se histórica e literalmente a um mensageiro que vai adiante de um rei conquistador para notificar a outro reino, que o mesmo fora conquistado por aquele novo rei, é um negociador, que vem sempre em paz rogando uma rendição pacífica, pois querendo ou não, o novo reino chegou. João batista era este preparador de caminho: “E, naqueles dias, apareceu João Batista pregando no deserto da Judéia e dizendo: Arrependei-vos, porque é chegado o Reino dos céus.”. Agora, nós somos estes preparadores de caminho, pois Jesus foi muito claro ao delegar o que deveríamos pregar: “e enviou-lhes a pregar o Reino de Deus e a curar os enfermos.” (Lc 9:2, 60; 10:9; At 2:38; 3:19). Os profetas desta geração estão preparando o caminho para que o Reino entre em vidas, cidades e nações através de avivamentos transformadores, ao mesmo tempo em que preparam o caminho, restaurando tudo para que o Rei venha em glória (At 3:21).

RESTAURADORES DOS RELACIONAMENTOS PAIS E FILHOS

Ao lado de Moisés como profeta mais celebrado na história de Israel, está Elias, que alias, é reconhecido como o representante dos profetas. Elias, como poucos compreendeu e viveu a lei da paternidade espiritual (II Rs 2:9-13), legando gerações de filhos espirituais. O manto de Elias, que é símbolo de sua autoridade e ministério profético, foi transferido para Eliseu, e de Eliseu para ninguém; mas este manto profético está agora sobre a Igreja de Cristo, habilitando seus profetas para um ministério singular de reconciliação: PAIS e FILHOS. “Eis que eu vos envio o profeta Elias, antes que venha o dia grande e terrível do Senhor; e converterá o coração dos pais aos filhos e o coração dos filhos aos pais; para que eu não venha e fira a terra com maldição.” (Ml 4:5-6). A lei da paternidade abrange todos os aspectos desse inquebrável relacionamento de honra e benção (Êx 20:12; Ef 6:1-4). Na verdade, a instauração espiritual do Reino de Deus na Terra, promoveu indiretamente a quebra de relacionamentos, pois o Rei, o Príncipe da Paz, declarou que seu verdadeiro discipulado causaria exatamente isso (Mt 10:34-39), mas a consumação do Reino traz consigo a promessa e certeza de que haverá a restauração dos relacionamentos entre pais e filhos, sejam estes genitores biológicos ou espirituais. Mas uma das missões prioritárias do ministério profético é restaurar a PATERNIDADE APOSTÓLICA. Os profetas dos tempos do fim reatarão os laços de fidelidade entre os apóstolos e o corpo de Cristo, serão os mais influentes reconciliadores da Nova Aliança, reconciliando homens com Deus, homens com homens, e pais com filhos (II Co 5:18-20). Esta restauração da Paternidade com a liderança espiritual constituída será um dos fatores chave para a promoção da verdadeira UNIDADE (Jo 17:21-23).

RESTAURANDO O PAPEL DO VIDENTE NO REINO

Um substantivo original comumente utilizado para a palavra profeta, é o termo “ro’eh”, que significa vidente (I Sm 9:9,11,18,19; II Sm 15:27; I Cr 9:22; 21:9; 25:5...). Na língua portuguesa indica a capacidade especial de ver na dimensão espiritual e prever eventos futuros. O título sugere que o profeta não era enganado pela aparência das coisas, mas as via como realmente eram – da perspectiva do próprio Deus. Como vidente, o profeta recebia sonhos, visões e revelações, da parte de Deus, que o capacitava a transmitir suas realidades ao povo.
No contexto da Igreja Primitiva, a primeira comissão e empreendimento apostólicos depois dos doze, foram realizados em uma reunião de oração e jejum, composta especialmente por dois ministérios: profetas e doutores (At 13:1-3), e são justamente estes ministros, além dos próprios apóstolos, os mais indicados para o reconhecimento de outros apóstolos, os doutores por seu equilíbrio escriturístico e os profetas por sua notável clarividência. É evidente que um profeta nesta qualidade de reconhecimento por parte do corpo de Cristo e do episcopado local, deve ser provado em sua conduta moral e espiritual, além da precisão de suas palavras e diretrizes proféticas. Os tais devem ser reverentemente ouvidos pelo presbitério da Igreja, tendo suas profecias julgadas com humildade e discernimento, sempre à luz das Escrituras Sagradas. Quando um ministro é reconhecido profeta em sua Igreja, o mesmo se torna uma fonte de direções proféticas a ser consultado como última instância após não compreender claramente a voz de Deus. Ao contrário do relacionamento conturbado que havia entre sacerdotes e profetas na Antiga Aliança, o relacionamento entre Pastores e Profetas (além de evangelistas) deve ser de real unidade e interdependência.    

Conclusão

Não podemos mais chamar genuínos profetas por outra designação senão PROFETA. Estamos no apagar das luzes dessa dispensação da Igreja, e emerge a necessidade de cada um conhecer o seu papel no corpo de Cristo, além de reconhecer o papel de outros. A Igreja jamais estará novamente sem rumo, sendo guiada por decisões políticas ou interesses egoístas, ela caminhará em vitória até o estabelecimento do Reino de Deus, sob a direção precisa e reveladora, não somente dos profetas em si, mas desse mover profético que está sobre a Igreja, e que capacita a cada membros do corpo de Cristo a profetizar para que haja edificação mutua. Esta é a vontade de Deus expressa nos lábios Moisés (o mais destacado autor do A.T) e de Paulo (o mais destacado autor do N.T.). (Nm 11:29; I Co 14:1,5)

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