O saudoso evangelista profético Leonard
Ravenhill, difusor do ministério da oração e sua restauração nas dinâmicas da
igreja, disse em uma de suas celebres e confrontadoras frases: “O homem de
oração deixa de pecar, e o homem pecador deixa de orar”.
Estranhamente, um dos elementos que mais
nos afasta dos planos de Deus e do próprio Deus, é a unção de Deus. A unção é
um gracioso presente de Deus ao homem acompanhado de um pacote de talentos
espirituais. Para entendermos isso, entendamos dois princípios sobre isso:
1º Deus não se arrepende nem revoga a
unção, os dons e a vocação (Romanos
11:29).
2º Mesmo os rebeldes e infiéis a Deus
podem desfrutar da unção, dons e da vocação ministerial (Salmo 68:18)
Desconhecer estes princípios divinos é a
causa da sedução e do engano de poderosos ministros de Deus. A manifestação
desses talentos e dons independe da santidade ou da intimidade com Deus, são
dádivas, presentes de Deus, tesouros em vasos de barro (II Coríntios 4:7). Isso torna alguns cristãos despreparados e
neófitos, muito soberbos e independentes de Deus. A vida de oração se torna
algo meramente ritualístico quando não descartável.
De fato, muitos operadores de milagres,
prognosticadores, e até exorcistas, pentecostais e carismáticos, serão
rejeitados por Jesus no Dia da prestação de contas. O terrível argumento de
Cristo será: “Nunca vos conheci” (Mateus 7:21-23). Este ‘conhecer’ se dá
através da vida disciplinada, quebrantada e sincera de oração.
O caso clássico deste princípio é a
distinção entre Saul e Davi. Saul, o rei “ungido” que se afastara de Deus e
agora consultava médiuns espíritas (prática terminantemente condenada por
Deus). Davi, o novo rei ungido, que apesar de seus inquestionáveis fracassos
pessoais, conservou a melhor parte do relacionamento, a vida disciplinada de
oração. “De tarde, e de manhã, e ao
meio-dia, orarei; e clamarei, e ele ouvirá a minha voz.” (Salmo 55:17).
Marta era sem dúvida uma talentosíssima servidora de Jesus, porém, foi
sua irmã Maria quem escolheu a melhor parte, ficando aos pés de Jesus e
desfrutou de sua comunhão, revelação e intimidade. Hoje, Jesus diz: “Igreja, igreja, estas ansiosa e afadigada como
muitas coisas, mas uma só é necessária; e Maria escolheu a melhor parte, a qual
não lhe será tirada [a oração].” (Lucas
10:38-42 – paráfrase minha).
Nenhum comentário:
Postar um comentário