domingo, 13 de outubro de 2013

OS TALENTOS E A MELHOR PARTE


O saudoso evangelista profético Leonard Ravenhill, difusor do ministério da oração e sua restauração nas dinâmicas da igreja, disse em uma de suas celebres e confrontadoras frases: “O homem de oração deixa de pecar, e o homem pecador deixa de orar”.

Estranhamente, um dos elementos que mais nos afasta dos planos de Deus e do próprio Deus, é a unção de Deus. A unção é um gracioso presente de Deus ao homem acompanhado de um pacote de talentos espirituais. Para entendermos isso, entendamos dois princípios sobre isso:

1º Deus não se arrepende nem revoga a unção, os dons e a vocação (Romanos 11:29).

2º Mesmo os rebeldes e infiéis a Deus podem desfrutar da unção, dons e da vocação ministerial (Salmo 68:18)

Desconhecer estes princípios divinos é a causa da sedução e do engano de poderosos ministros de Deus. A manifestação desses talentos e dons independe da santidade ou da intimidade com Deus, são dádivas, presentes de Deus, tesouros em vasos de barro (II Coríntios 4:7). Isso torna alguns cristãos despreparados e neófitos, muito soberbos e independentes de Deus. A vida de oração se torna algo meramente ritualístico quando não descartável.

De fato, muitos operadores de milagres, prognosticadores, e até exorcistas, pentecostais e carismáticos, serão rejeitados por Jesus no Dia da prestação de contas. O terrível argumento de Cristo será: “Nunca vos conheci” (Mateus 7:21-23). Este ‘conhecer’ se dá através da vida disciplinada, quebrantada e sincera de oração.

O caso clássico deste princípio é a distinção entre Saul e Davi. Saul, o rei “ungido” que se afastara de Deus e agora consultava médiuns espíritas (prática terminantemente condenada por Deus). Davi, o novo rei ungido, que apesar de seus inquestionáveis fracassos pessoais, conservou a melhor parte do relacionamento, a vida disciplinada de oração. “De tarde, e de manhã, e ao meio-dia, orarei; e clamarei, e ele ouvirá a minha voz.” (Salmo 55:17).

Marta era sem dúvida uma talentosíssima servidora de Jesus, porém, foi sua irmã Maria quem escolheu a melhor parte, ficando aos pés de Jesus e desfrutou de sua comunhão, revelação e intimidade. Hoje, Jesus diz: “Igreja, igreja, estas ansiosa e afadigada como muitas coisas, mas uma só é necessária; e Maria escolheu a melhor parte, a qual não lhe será tirada [a oração].” (Lucas 10:38-42 – paráfrase minha). 

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