segunda-feira, 28 de outubro de 2013

A ATMOSFERA QUE PRECEDE O AVIVAMENTO


Todos os grandes reavivamentos da história da humanidade foram precedidos por uma quase imperceptível atmosfera espiritual de preparação. Digo “quase imperceptível” porque somente aqueles que gozam de um senso profético percebem que algo está para acontecer a qualquer momento. Há poucos anos tenho sentido o cheiro do avivamento. Isto é minha comida, isto é minha bebida, isto é meu desejo, isto é minha obsessão. O que tenho dito acerca disso em minha igreja, em todos os congressos em que prego, em reuniões de pastores, e em minhas conversas, não é fruto de um otimismo cristão, mas de uma visão. Eu tenho dito a todos o que tenho visto de Deus.
Sinto-me comissionado para despertar em você fome de Deus. Acredito que o Espírito de Deus me impele a, como profeta, lhe fornecer pistas e sinais que evidenciem o há de vir. O estado cósmico que precede o um poderoso derramar do Espírito é caracterizado por alguns aspectos interessantes e paradoxais:

Pastores sentem solidão

A auto-suficiência de alguns pastores e líderes cristãos de repente derrete como gelo em seus corações, e estes que outrora se gloriavam de sua estrutura eclesiástica e mesmo a saúde de sua congregação, agora, sentem que lhes falta algo, ou melhor, alguém. E não é exatamente Jesus, pois na verdade são amigos dele. Eles percebem que mesmo diante de seu visível sucesso, não podem viver sem a comunhão de outras igrejas, denominações e pastores. São tomados por um repentino sentimento de solidão. Ficam desconsolados. Nem mesmo seus cônjuges podem suprir este vazio de fraternidade e intimidade. Sentem-se incompletos e sozinhos. Isto provém de Deus, é um sinal profético do desejo de Deus de unir sua igreja em uma comunidade. E este súbito sentimento não deixará o pastor em paz até que ele tome alguma iniciativa para se aproximar de novos colegas de ministério e promover esta unidade. Este discreto e altruístico movimento de fraternidade entre pastores, se não for abortado como um “fogo de palha”, é um sinal inegável de um avivamento pode chegar a qualquer momento.

Igreja administrativamente estável

Muitos pastores e líderes lutam com ardor e dedicação para estabilizarem suas igrejas em diversas áreas administrativas: receita, secretaria, departamentos, estatuto... Por fim, a maioria deles, cuja chamada pastoral é verdadeira e aprovada conseguem essa sonhada estabilidade. Vemos então igrejas sólidas, consistentes, respeitadas, mas que não querem mais nada senão a tal estabilidade.
Quando vemos muitas instituições eclesiásticas estáveis e fechadas em seu universo administrativo, vemos também “profetas” pessimistas declarando simplesmente a apostasia do final dos tempos, quando na verdade esse marasmo espiritual na cristandade prenuncia uma intervenção divina para mover a Igreja. Infeliamente, muitos pastores estão tão anestesiados por essa estabilidade que não perceberão o mover de Deus quando vier.

Sociedade caótica

Nações como a Inglaterra e País de Gales, e na atualidade Uganda e Fiji, vivenciaram tempos de caos em suas sociedades antes de verem emergir o avivamento. A Inglaterra foi livre de uma sangrenta revolução graças ao movimento avivalístico metodista com John Wesley; O País de Gales sofria de uma profunda apostasia moral antes da visitação de Deus em 1904 através do ministério de Evan Roberts e alguns adolescentes fervorosos. O exemplo mais contemporâneo é o das Ilhas Fiji, a nação passava por uma traumática transição política e violentas manifestações do povo, quando pastores se unirão em oração convocados pelo presidente da nação, virão extasiados uma visitação de Deus.
Manifestações, crise política, caos moral, violência, músicas corruptoras, cultura profana, escândalo na igreja. Este quadro social caótico parece um casulo envolvendo a Igreja como se fosse uma vil lagarta, mas favorecida por leis naturais divinas cooperam para a formação de algo belo, livre e móvel. Após o caos social veremos o Espírito o Espírito de Deus libertando a Igreja como a uma borboleta, para assumir sua verdadeira natureza: “Eklesia”, Chamados para fora. 

Desejo de oração em várias partes

A única coisa da qual o Inimigo quer afastar a Igreja é da oração. Todo o palco sócio cultural deste sistema mundial foi estabelecido para distrair não só a população mundial leiga, mas a Igreja também. O entretenimento, cinema, facebook e redes sociais, intensa carga horária de trabalho, esportes, laser, variedade recreativa... Tudo isso levado o cristão para longe do santíssimo lugar. Sim, a presença de Deus manifesta na intensa vida de oração se esvai.
O quadro é realmente desanimador, mas em meio a esta frieza aparentemente generalizada, Deus tem levantado em “cantos” inóspitos e improváveis da cristandade, intercessores e apaixonados pela presença divina. São homens que oram e clamam estrategicamente, alinhados com os planos de Deus para as suas comunidades. Estes estão solitários, mas por uma ação soberana de Deus, se encontrarão e se unirão para dissipar toda resistência espiritual nos ares. Estes intercessores, liderados por ministros apostólicos e profetas, clamarão num nível de concordância e unidade tão sobrenatural que resultará no esperado avivamento de transformação social.

Estranho descontentamento em corações

De repente, muitos se sentem deslocados e sem senso de destino, um vazio existencial parece gritar no interior do ser humano. Mesmo alguns crentes bem posicionados em suas estruturas denominacionais, percebem que seu sucesso ministerial não supre mais a carência existencial do seu ser. Os profissionais da psicologia jamais foram tão requisitados, e jamais se sentiram tão impotentes diante da cada vez mais variada gama de complexidades da insondável alma humana. Há uma absurda falta de propósito, milhares choram e se angustiam sem motivo aparente. A depressão é o mal do século, o que faz as multidões afluírem às palestras de auto-ajuda e livrarias motivacionais, além dos falsos seguimentos religiosos, triunfalistas e antropocêntricos.
Esta nuvem de desespero e caos psíquico prenuncia o avivamento, pois de repente as pessoas clamam por um caminho de um lado, e de outro lado há uma Igreja verdadeira e militante clamando: Há um caminho! Há um caminho! Jesus Cristo, o Desejado das nações

Sinta o cheiro.
Troque o pessimismo por fé e o mero otimismo por esperança.
Prepare-se e posicione-se para participar e desfrutar do que Deus em breve fará. Pois Ele realmente fará.

A nuvem da glória de Deus já paira sobre as nações aguardando o calor da intercessão. Este é o tempo Igreja. Este é o tempo cristão. Este é o tempo sedento. 

domingo, 27 de outubro de 2013

Lonnie Frisbie 
O evangelista e avivalista hippie
que iniciou o Movimento Jesus na década de 60
(pioneiro dos movimentos modernos de adoração)

O jovem Lonnie Frisbie era um rebelde da causa hippie e homossexual assumido, que encontrou libertação e propósito em Jesus Cristo. Sua conversão radical o levou a iniciar um poderoso ministério de evangelização marcado por curas, milagres e manifestações do Espírito Santo. O Movimento Jesus, como era chamado o grupo de seguidores desta onda de avivamento entre os jovens hippies se reunia em multidões ao ar livre, principalmente em praias, onde milhares de homossexuais, viciados em drogas em desajustados sociais se convertiam à Cristo e eram instantaneamente batizados. Fez parte deste movimento em seu ápice, o Apóstolo Chuck Pierce e outros grandes ministros da atualidade. Em uma de suas ministrações na igreja do Pastor (até então tradicional) John Wimber, deu inicio ao avivamento carismático que transformou a igreja e sua comunidade. O fenômeno musical da adoração espontânea, vem despontando com grande força na Austrália e Brasil, tem suas raízes espirituais no Movimento Jesus. vale a pena pesquisar e conhecer mais sobre essa visitação de Deus. 

sexta-feira, 25 de outubro de 2013

DEUS PODE MUDAR UMA COMUNIDADE?


É redundante indagar: Deus pode? Mas é uma forma de instigar nosso desejo e senso de propósito. A questão em voga aqui é a total mudança do “DNA social” de uma cidade, estado, ou mesmo de uma nação. Deus pode? Não somente pode como quer. Eis aqui o propósito da Igreja na terra: trazer a o Reino de Deus, ou seja, trazer a realidade do céu a terra. Eis a motivação e o desejo que deve permear toda a realidade vital de um pastor ou líder cristão, porém, quando estamos demasiadamente envolvidos no crescimento de nossa igreja local ou denominação, nos afastamos do eterno propósito divino.

Deus me deu uma visão da nuvem da glória sobre o Município paulista de São Mateus, e falou comigo dizendo: “Eu quero visitar São Mateus e fazer desta terra uma demonstração nacional de meu poder transformador.” Ele me disse que se moveria com o Espírito da Unidade sobre pastores de São Mateus, e derramaria sobre estes, um mover de clamor e intercessão profética que atrairia esta nuvem.

Eu vi o PCC e a potestade do crime e do tráfico perdendo sua força em São Mateus e adjacências; eu vi a estatística de roubos de carros despencando nesta região; eu vi o fechamento de todas as bocas de fumo por aqui; eu vi viciados em drogas entrando aos prantos nas igrejas atraídos pela presença de Deus, e sendo instantaneamente libertos, bem como vi, também, homossexuais, travestis e prostitutas entrando aos prantos de arrependimento e clamando por Deus nas igrejas e nas ruas; eu vi a delegacia 49º sem ocorrências e com celas vazias; eu vi a infra-estrutura e a prosperidade de São Mateus como uma referência nesta nação; eu vi o “bastão” da representação política e subprefeitura deste Município passando para homens honestos, piedosos e tementes a Deus; eu vi as baladas funk esvaziando e as igrejas apinhando; eu vi uma marcha profética de cristãos nascidos de novo e intercessores na Avenida Mateo Bei; e vi a comunidade oriental de São Mateus se curvando ao senhorio de Jesus Cristo; eu vi vigílias que reunião diversas denominações, onde somente a bandeira do Reino de Deus era erguida; eu vi São Mateus assediado pela mídia nacional e internacional como um fenômeno sociológico de transformação.

São Mateus é apenas o centro do “redemoinho divino” que alcançará um diâmetro estrondoso. Na visão de um amigo líder evangélico, o raio de Deus caia no centro de São Mateus e produzia um cogumelo de fumaça que se espalhava a muitos quilômetros ao redor.

Eu vi, e agora quero fazer parte disso tudo, e você?

A questão é: Isso é possível? Deus nos responde com outra pergunta: “Haveria alguma coisa impossível para mim? Eu posso, e agora, eu quero!
Surge então a pergunta: Qual é a minha parte nisso?
Responderemos nas próximas postagens.


Deus te inspire!!!   

quinta-feira, 24 de outubro de 2013

quarta-feira, 23 de outubro de 2013

"Quem está tocando a Arca?"
LEONARD RAVENHILL

DISTINTIVOS DE UMA VERDADEIRA IGREJA APOSTÓLICA


Introdução
Na verdade, a natureza prática da verdadeira Igreja do Senhor Jesus é ser APOSTÓLICA; O contrário é que se constitui uma anomalia. Precisamos caracterizar e distinguir a genuína Igreja Apostólica, entendendo-a à luz da Escrituras Sagradas e da Renovação Espiritual deste tempo do fim.
Como Igreja, precisamos conhecer os fundamentos de nossa autoridade, e nossa posição no mundo espiritual e no mundo natural, para empreendermos esforços dinâmicos de avanço e conquista das nações para o Rei Jesus. A restauração dos distintivos da Igreja Apostólica que serão expostos abaixo é o passo crucial para o esperado Avivamento Final e para a Segunda Vinda de Jesus Cristo para reinar sobre as nações. Entenda estes distintivos como marcas inegociáveis da Igreja que também reinará com Cristo.

O GOVERNO TEOCRÁTICO E O PRESBITÉRIO APOSTÓLICO

Como já dissemos, é à partir da renovação do sistema de governo eclesiástico e do caráter do presbitério da Igreja, que restabeleceremos o padrão normativo da Igreja Primitiva. Este Governo Teocrático nada mais é do que a ênfase na soberania do Espírito Santo nos processos de desenvolvimento da Igreja (At 15:28) e uma prévia do Governo Divino que será implantado sobre toda a Terra; o Presbitério Apostólico é o ajuntamento de anciãos (presbíteros e bispos) e ministros ungidos que compreendam tal Governo e o estabeleçam em seus corações e no corpo de Cristo (At 13:1-3).

A RESTAURAÇÃO DA ADORAÇÃO E INTERCESSÃO PROFÉTICAS

Há muito a se dizer acerca destes dois aspectos da Renovação Apostólica, mas em síntese, a Adoração Profética é a expressão do louvor oriundo de um espírito “encharcado” de gratidão, fé e amor; sua característica marcante é a extravagância e o quebrantamento, além disso, é um tipo de adoração que além de atrair a presença de Deus, neutraliza e afugenta as forças do mal (I Sm 16:23). Tão importante quanto a adoração, a Intercessão Profética é chave da vitória da Igreja sobre as hostes do mal. Interceder profeticamente é orar segundo a vontade de Deus, guiados pelo Espírito de Deus, e direcionando ataques às fortalezas do mal. Para que a Igreja Apostólica entre nesse nível de Intercessão, é necessário um revestimento especial, uma armadura intransponível, com armas de defesa e de ataque (Ef 6:10-20);

A MENTALIDADE BIBLICAMENTE MISSIONÁRIA

Missões está no coração de Deus. Este antigo termo dos pais das missões modernas, parece ter se tornado um belo chavão, porém, sem nenhuma expressão de verdade prática. A ênfase missiológica tem sido transtornada em nosso tempo, por uma relativização do verdadeiro sentido de MISSÕES. Esta nova ênfase missiológica trata de abranger equivocadamente o termo missões para toda e qualquer prática religiosa em favor do próximo, isto pode parecer muito nobre, mas afasta a Igreja dos esforços de evangelização de povos não alcançados. O aspecto social indubitavelmente é fator essencial como missão da Igreja, mas a Grande Comissão Mundial que deve inspirar a Igreja como sua obra prioritária (Mt 28:18-20; Mc 16:16-20; 46-49; Jo 20:21-23; At 1:8). Não há apostolicidade sem visão missionária, pois o próprio termo apóstolo significa “enviado”, e nesse sentido todo o corpo de Cristo deve estar sob o mover apostólico, ou seja, cada crente um discípulo, cada discípulo um missionário, cada missionário um obreiro apostólico.

A REVELAÇÃO PLENA DA UNIDADE

A Igreja Apostólica é “Católica” (universal), ou seja, somente há uma Igreja, e esta representa o corpo de Cristo na Terra. Nunca foi plano de Deus que houvessem denominações divergentes, ao contrário, Jesus orou ao Pai antes de sua Paixão pedindo: “Eu não rogo somente por estes, mas também por aqueles que, pela sua palavra, hão de crer em mim; para que todos sejam um, como tu, ó Pai, o és em mim, e eu, em ti; que também eles sejam um em nós, para que o mundo creia que tu me enviaste. E dei-lhes a glória que a mim me deste, para que sejam um, como nós somos um. Eu neles, e tu em mim, para que eles sejam perfeitos em unidade, e para que o mundo conheça que tu me enviaste a mim e que tens amado a eles como me tens amado a mim.” (Jo 17:21-23). O propósito da Reforma Apostólica como compreendida pela COGIC-MFA, não é destruir as denominações, tão pouco unifica-las institucionalmente, a Reforma Apostólica está formando Redes Apostólicas de Unidade Bíblica em torno dos propósitos do Reino de Deus; não uma unidade litúrgica, filosófica, dogmática ou doutrinária, mas a verdadeira Unidade Bíblica, a UNIDADE DA FÉ (Ef 4:13a).

A PATERNIDADE ESPIRITUAL E A ALIANÇA

Temos contemplado com dor e lamento séculos de divisões, insubmissão e quebras de aliança na história da Igreja. O conceito judaico-cristão de paternidade espiritual e aliança perdeu sua ênfase e força com o advento dos bispos católicos opressores, e posteriormente, pasme, com o advento da Reforma Protestante, que, em algumas ramificações trouxe um conceito extremista de “sacerdócio universal dos crentes”, onde a honra devida a cargos episcopais bíblicos distintos (I Tm 5:17) foi anatematizada pelos supostos reformadores. Apóstolos, Pastores e líderes eclesiásticos, são constituídos como pais espirituais (Gl 4:19) de seus discípulos, e esta aliança espiritual não pode ser levianamente quebrada. Malignidades da natureza humana como: orgulho, rebelião, inveja, são a causa primária da deterioração da Paternidade e Aliança. A Palavra de Deus também chama estes pais espirituais de “guias”, que devem ser amorosamente lembrados e obedecidos pelo rebanho (Hb 13:7, 17; Gl 6:6; I Ts 5:12-13). Esta Reforma Apostólica, que também é Profética, tem como uma de suas finalidades essenciais, converter o coração dos pais aos filhos e dos filhos aos pais (Ml 5:5-6). A grande rede apostólica mundial de ministérios que formam uma Igreja apenas é também formada por diversas redes que possuem algo em comum: o sentimento de paternidade e filiação entre as pessoas e suas lideranças apostólicas. Homens e mulheres com corações carnais e rebeldes, que se sentem independentes, autossuficientes ou superiores, ou se adaptam à cultura de serviço do Reino (Lc 22:24-27), ou serão inevitavelmente rejeitados por Deus, e muitos atrairão a condenação de sua rebelião para si e para sua descendência (Rm 13:1-2, 7; Êx 20:5b). O parâmetro fundamental para o relacionamento pais e filhos em qualquer nível é: “Vós, filhos, obedecei em tudo a vossos pais, porque isto é agradável ao Senhor. Vós, pais, não irriteis a vossos filhos, para que não percam o ânimo.” “Vós, filhos, sede obedientes a vossos pais no Senhor, porque isto é justo. Honra a teu pais e a tua mãe, que é o primeiro mandamento com promessa, para que te vá bem, e vivas muito tempo sobre a terra. E vós, pais, não provoqueis a ira a vossos filhos, mas criai-os na doutrina e admoestação do Senhor.” (Cl 3:20-21).

Conclusão

Esta é a Reforma Apostólica. Esta é a Restauração da Fé Apostólica. Esta é a Igreja Apostólica. Unidos com o corpo de Cristo espalhado por todo o mundo, somos a Missão da Fé Apostólica dentro da Igreja de Deus em Cristo.

O RESSURGIMENTO DOS APÓSTOLOS

          
                        Introdução              
                        Nossa geração tem contemplado o despontar de uma multidão de apóstolos, aos quais podemos classificar como: verdadeiros, falsos, e imaturos. Porém, em hipótese alguma podemos rejeitar ou negar a vigência e a atualidade deste ofício no corpo de Cristo. Já que reconhecemos essa massa de pastores na cristandade, formada por verdadeiros e falsos pastores, não é coerente não fazer o mesmo em relação aos apóstolos.
            Emerge em nosso tempo, uma profunda reavaliação no ministério da Igreja, com vista em prevenir e extinguir os modismos e ventos de doutrina que em nada se assemelham aos princípios e padrões salutares da bíblia sagrada.
            Ao mesmo tempo em que estamos vivendo na geração do maior avivamento do Evangelho do Reino que o mundo já conheceu (Mt 24:14), vivemos também em uma época de supervalorização de títulos humanos, e principalmente, títulos eclesiásticos, os quais são muitas vezes atribuídos sem a menor justificativa ou propósito.
Nesta lição, queremos abordar o ressurgimento deste dom ministerial que gera muitas opiniões paradoxais extremistas, de um lado estão àqueles que acreditam que este dom distinguia apenas os doze escolhidos de Jesus e a Paulo de Tarso, de outro há àqueles que banalizaram a terminologia do dom atribuindo-o a líderes denominacionais destituídos das credenciais inerentes a este dom ministerial.
            Propomo-nos aqui a apresentar uma posição bíblica equilibrada acerca do apostolado moderno.

O RESPALDO DA VIGÊNCIA APOSTÓLICA

O principal argumento bíblico que respalda a vigência apostólica hoje, é a distinção posicional e cronológica dos apóstolos. O primeiro apóstolo reconhecido é o Supremo Apóstolo Jesus Cristo: “...considerai a Jesus Cristo, apóstolo e sumo sacerdote da nossa confissão.” (Hb 3:1). Jesus é o primeiro e mais elevado nível apostólico, e o segundo se refere ao colégio dos doze apóstolos que Ele escolheu, os doze apóstolos do Cordeiro (Mc 3:13-19; Ap 21:14), que são singulares em sua posição futura: “E Jesus disse-lhes: Em verdade vos digo que vós, que me seguistes, quando, na regeneração, o Filho do Homem se assentar no trono da sua glória, também vos assentareis sobre doze tronos, para julgar as doze tribos de Israel.” (Mt 19:28). E por fim, temos os apóstolos do Espírito Santo, ou da Igreja. Visto que na gestão de Jesus na Terra não havia ainda uma concepção de Igreja, e os doze quando foram eleitos por Cristo não ministravam à Igreja, mas o fizeram por pouco tempo após o Pentecostes, o ofício apostólico seguiu vigente na Igreja de Jesus Cristo sob a gestão do Espírito Santo, pois “...ele mesmo deu uns para apóstolos, e outros para profetas, e outros para evangelistas, e outros para pastores e doutores...” (Ef 4:11). Além disso, para que houvesse a desvinculação entre o cristianismo primitivo e a fé judaica, foi necessária a atuação do décimo terceiro apóstolo, Paulo, que dedicou seu apostolado a um grupo específico, e não se intimidou em gloriar-se de sua chamada apostólica: “Porque convosco falo, gentios, que, enquanto for apóstolo dos gentios, glorificarei o meu ministério.” (Rm 11:13). Além disso, o companheiro de Paulo, Barnabé, também foi reconhecido apóstolo (At 14:14), e os parentes e companheiros de prisão de Paulo, Andrônico e Júnia, foram por ele reconhecidos apóstolos (Rm 16:7). Os apóstolos de fato ressurgiram.

EMBAIXADORES DE DEUS

Trazer o Reino dos céus para a Terra, este sempre foi o propósito original de Deus. Esta é a função crucial de um embaixador: promover a cultura e os interesses de sua nação em outra nação. O primeiro homem, Adão, tinha a missão de fazer com que a Terra fosse uma extensão do Reino do céu, mas ele declarou sua independência deste Reino através do Pecado, assim, Jesus Cristo, o último Adão veio com a missão de trazer, de fato, o Reino de Deus à Terra, e comissionar embaixadores para dar prosseguimento a esta missão. A Igreja é a Embaixada do Reino de Deus na Terra, cujos principais embaixadores são seus ministros apostólicos. Apóstolos não têm outra ênfase em sua mensagem, senão, o Reino de Deus. Eles, como poucos na cristandade entendem, por revelação, que estão incumbidos de reconciliar os homens com Deus e prepará-los para a Vinda súbita do Reino de Deus (II Co 5:20; 8:23; Ef 6:20).

ATIVADORES PROFÉTICOS E TRANSMISSORES DE DONS

A renovação apostólica tem trazido também consigo a renovação da compreensão dos princípios de ativação profética e transmissão de dons mediante o ato bíblico da imposição de mãos. Ou seja, os dons de Deus podem tanto ser diligentemente buscados por quem os deseja (I Co 14:1), como também podem ser transmitidos e ativados pelo ministério de homens devidamente habilitados para tal. Existe uma doutrina bíblica fundamental na fé cristã, é a imposição de mãos. Alguns a ignoram em nível de estudo, mas deveria ser um tema à ser dominado, pelo menos pelos chamados pentecostais. O entendimento sobre a imposição de mãos é tão importante quanto à doutrina dos batismos, a doutrina da ressurreição dos mortos e a doutrina escatológica do juízo final. “Pelo que, deixando os rudimentos da doutrina de Cristo, prossigamos até a perfeição, não lançando de novo o fundamento do arrependimento de obras mortas e de fé em Deus, e da doutrina dos batismos, e da imposição de mãos, e da ressurreição dos mortos, e do juízo eterno.” (Hb 6:1-2). Note que o escritor aos hebreus exorta à igreja hebréia, não a se esquecer da doutrina da imposição de mãos, mas sim a conhecê-la profundamente, no afã de priorizar outros aspectos “mais importantes” da fé. Porém, tal exortação se dirige àqueles que dominam o assunto, o que não é uma realidade em muitos casos. A igreja perdeu a noção do poder que está investido neste ato profético. Vamos compreender a dimensão do entendimento de Jacó acerca deste ato: “Depois chamou Jacó a seus filhos, e disse: Ajuntai-vos, e anunciar-vos-ei o que vos há de acontecer nos derradeiros dias...Todas estas são as doze tribos de Israel; e isto é o que lhes falou seu pai quando os abençoou; a cada um deles abençoou segundo a sua benção.” (Gn 49:1, 28). O patriarca Jacó não somente os abençoou como uma tradição hereditária, ele entendia que sua benção impetrada com fé e sabedoria, seria um fator determinante para o futuro de seus doze filhos.
Dada a importância fundamental e profética da imposição de mãos, não devemos permitir que pessoas que não estejam devidamente ungidas e autorizadas, imponham as mãos sobre nós como ato espiritual, pois, “...sem contradição alguma, o menor é abençoado pelo maior” (Hb 7:7). O maior aqui, na perspectiva do Reino, é aquele que recebeu uma unção confirmada para ministrar. Melquisedeque estava devidamente autorizado a ministrar (abençoar) a Abraão, pois a unção do sacerdócio estava sobre ele, e o sacerdote era maior do que o profeta. Alguém pode ser ungido com sabedoria simplesmente através da imposição de mãos? SIM! “E Josué, filho de Num, foi cheio do espírito de sabedoria, porquanto Moisés tinha posto sobre ele as suas mãos.” (Dt 34:9). A unção para liderar o numeroso povo de Israel estava sobre a vida de Josué, pois a unção que estava sobre Moisés foi transferida para o ministério de Josué.
Mas como você pensa que posso relacionar este ato com o ministério apostólico? A relação é óbvia. É um mandamento do senhor Jesus aos que ele enviou. “...Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura...e porão as mãos sobre os enfermos e os curarão.” (Mc 16:15, 18 b).
As mãos de um ministro ungido são o ponto de contato entre o homem e as bênçãos de Deus. Há um fluxo de poder espiritual que emana no ato da imposição de mãos, por isso, Jesus outorgou o seu poder curador aos discípulos mediante a imposição de mãos, embora eu entenda que em uma reunião de grandes proporções, não seria possível impor as mãos sobre todos os enfermos, daí cremos exclusivamente no poder curador da Palavra de Deus. “E, chegada a tarde, trouxeram-lhe muitos endemoninhados, e ele, coma sua palavra, expulsou deles os espíritos e curou todos os que estavam enfermos.” (Mt 8:16)
O ministério de Jesus despertou nas pessoas o entendimento e a confiança no esquecido ministério da imposição de mãos, que estava restrito aos sacerdotes que somente impunham as mãos sobre os bodes da expiação. A fama de Jesus foi tão difundida que um religioso, “pastor” de uma sinagoga, procurou o Mestre para ter sua filha ministrada. “E rogava-lhe muito, dizendo: Minha filha está moribunda; rogo-te que venhas e lhe imponhas as mãos para que sare e viva.” (Mc 5:22-23).
Em sua cidade de criação, Nazaré, aconteceu um fato paradoxal, Jesus, aquele que pode todas as coisas, segundo o evangelista Marcos “...não pôde...” fazer muito (v. 5 a), pois ali, a ausência de fé era admirável ao próprio Jesus. “E estava admirado da incredulidade deles...” (Mc 6:6). Alguns, porém, que estavam doentes, ficaram e creram no ministério de Jesus, e mais uma vez as mãos do Senhor entraram em ação. “E não podia fazer ali obras maravilhosas; somente curou alguns poucos enfermos, impondo-lhes as mãos.” (Mc 6:5). Note que o ato da imposição de mãos requer não somente fé de quem impõe as mãos, mas também de quem é ministrado. Como eu disse anteriormente, quando se separa e consagra alguém para o santo ministério, a imposição de mãos é o método neo-testamentário, diferente do Antigo Testamento, em que o óleo era derramado sobre a cabeça do escolhido. Hoje o óleo é usado para ungir (mediante imposição de mãos) aqueles que estão enfermos. “E expulsavam muitos demônios, e ungiam muitos enfermos com óleo, e os curavam.” (Mc 6:13). A unção com óleo é também um ministério apostólico, e não pode ser banalizado. Muitos movimentos carismáticos e pentecostais têm feito do óleo um artigo supersticioso cultural, unge-se tudo. É uma autêntica “lambuzeira!” Mesmo porque, o ato do ungir é restrito às pessoas ministerialmente e espiritualmente autorizadas da Igreja, como disse Tiago: “Está alguém entre vós doente? Chame os presbíteros da igreja, e orem sobre ele, ungindo-o com azeite em nome do Senhor; e a oração da fé salvará o doente, e o Senhor o levantará; e, se houver cometido pecados, ser-lhe-ão perdoados.” (Tg 5:14-15).
Através da imposição de mãos, Deus outorga dons aos seus servos, dons espirituais e dons ministeriais. Paulo desejava ardentemente chegar à Roma e visitar sua jovem Igreja, e ele escreveu dizendo: “Anseio vê-los, a fim de compartilhar com vocês algum dom espiritual...” (Rm 1:11a - NVI) Não entendemos que o termo “compartilhar” aqui, seja simplesmente “demonstrar seus dons”, mas sim, dividir com eles o mesmo dom, para posteriormente eles também pudessem ministrar a outros. Ora, se não fosse assim, porque Paulo teria dito à Timóteo: “...despertes o dom de Deus, que existe em ti pela imposição das minhas mãos.” (2ª Tm 1:6). “É possível alguém receber um dom assim, com uma profecia e uma ministração imediata?” O apóstolo Paulo responde: “Não desprezes o dom que há em ti, o qual te foi dado por profecia, com a imposição das mãos do presbitério.” (1ª Tm 4:14). Note outro aspecto. Este tipo de dom não deve ser rejeitado (“Não desprezes o dom que há em ti...”), se assim acontecer com você, creia e passe a agir à altura do que você recebeu. Use o seu novo talento com graça e sabedoria.
Um episódio interessantíssimo ocorreu em Samaria quando um grupo considerável de pessoas receberam em seus corações a fé cristã por intermédio da pregação apostólica do diácono evangelista Filipe: “Os apóstolos, pois, que estavam em Jerusalém, ouvindo que Samaria recebera a palavra de deus, enviaram lá Pedro e João, os quais, tendo descido, oraram por eles para que recebessem o Espírito Santo. (Porque sobre nenhum deles tinha ainda descido, mas somente eram batizados em nome de Jesus.) Então, lhes impuseram as mãos, e receberam o Espírito Santo.” (At 8:14-17). Este não é mais um texto histórico isolado e sem significação teológica e doutrinária, mas é, sim, uma demonstração do ministério apostólico da imposição de mãos. Note que o diácono Filipe, apesar de ser ungido para o ministério evangelístico com uma unção direcionada à libertação (exorcismo), e a restauração física miraculosa de coxos e paralíticos (At 8:7), não estava ministerialmente “habilitado” para ministrar o batismo no Espírito Santo aos novos convertidos que acabara de ganhar. Cremos que esta é uma experiência que qualquer crente cheio do Espírito Santo pode ministrar por fé, mas existem ministros singularmente capacitados para fazê-lo, pois é um ministério apostólico, e este dom não está à venda (At 8:18-24).

ARQUITETOS ESPIRITUAIS DA CONSTRUÇÃO DIVINA

O Apóstolo é dotado de uma singular compreensão acerca da natureza do Reino de Deus e da Igreja de Jesus Cristo. Apesar de estar apto para sábia adequação a qualquer sistema institucionalizado, sua visão periférica dos tempos e propósitos de Deus para a Igreja, o torna um exímio edificador de vidas. Deus é o Supremo Senhor e Arquiteto desse eterno projeto chamado IGREJA, porém, o mais minucioso cooperador dessa construção divina é o apóstolo. A história eclesiástica nos revela que todas as vezes que os fundamentos da Igreja são lançados por homens que não são dotados do ministério apostólico, a construção é instável e fraca, pois estes fundamentos são tudo, menos JESUS CRISTO. O apóstolo Paulo escreve: “Segundo a graça de Deus que me foi dada, pus eu, como sábio arquiteto, o fundamento, e outro edifica sobre ele; mas veja como cada edifica sobre ele. Porque ninguém pode pôr outro fundamento, além do que já está posto, o qual é Jesus Cristo.” (I Co 3:10-11). Para a Igreja se estabelecer forte e genuína, os demais ministérios e o corpo, devem edificar sobre o fundamento posto pelo ministério apostólico, ou seja, a linha e o teor da “COINONIA”, “DIAKONIA” e “KERIGMA” (Comunhão, Serviço e Pregação) entre o episcopado e os discípulos devem estar perfeitamente alinhados com o fundamento e a visão apostólica. Esta edificação apostólica, também tipificada pelo estágio final da gestação de uma mulher, é a própria formação de Jesus Cristo em nós, processo que é produzido e supervisionado por ministros genuinamente apostólicos, que além de pais espirituais, assumem a maternidade das pessoas: “Meus filhinhos, por quem de novo sinto as dores de parto, até que Cristo seja formado em vós” (Gl 4:19). O que estamos contemplando em nossos dias é uma reconstrução, e o fundamento é, de fato, JESUS CRISTO.
   
CREDENCIAIS DO APÓSTOLO

Ainda que redundante em relação ao que já temos estudado, vale ressaltar cinco aspectos fundamentais que credenciam um apóstolo: (1) APÓSTOLOS SÃO PAIS ESPIRITUAIS. A paternidade espiritual é um princípio bíblico e espiritual expressado no relacionamento afetivo       hierárquico de homens de Deus. Essa paternidade vai muito além de se levar alguém até Cristo e ostentar-se como pai, é o compromisso do amor e do cuidado pastoral formando um discípulo à imagem de Cristo, a despeito de sua possível rebeldia, instabilidade, ou imaturidade (Gl 4:19; II Co 12:15). Tal princípio se revela nos relacionamentos entre Moisés     e Josué, Elias e Eliseu, e Paulo e Timóteo; (2) APÓSTOLOS ESTABELECEM IGREJAS. O espírito pioneiro é característica marcante do ministro apostólico, ou seja, a disposição e visão para começar uma Igreja “do zero”, contando penas com a Bíblia, o Espírito Santo e uma larga visão do Reino de Deus. Porém, mais do que plantar uma Igreja (o que pode ser realizado pelos melhores evangelistas), o apostolo a estabelece sobre um fundamento doutrinário e espiritual sólido, forjando verdadeiros discípulos de Jesus Cristo com graça, conhecimento e maturidade cristã (I Co 3:11; Ef 2:19-20); (3) APÓSTOLOS TRANSMITEM O GOVERNO DE DEUS. O ministro apostólico compreende a Igreja como a extensão e a agência de algo muito maior: o Reino de Deus. Assim, o apóstolo não se constitui em primeira instância como um representante da organização igreja, mas sim, como representante do Reino, ou seja, o apóstolo conhece a essência de seu ofício como embaixador de Cristo, e procura conduzir pessoas à esta compreensão, estabelecendo o governo presente e futuro de Deus acima do próprio governo episcopal, também estabelecido por Deus (II Co                5:20; At 20:28); (4) O APÓSTOLO É UMA TESTEMUNHA DA RESSURREIÇÃO. O âmago, o foco e a mensagem apostólica giram em torno de uma única esfera: a ressurreição do senhor Jesus. A motivação essencial e plena do apóstolo é dar testemunho da ressurreição com autoridade de quem experimentou dela (Gl 2:20), assim, o apóstolo pode declarar que       Cristo vive simplesmente porque ele anda com Cristo e “vê” o Cristo ressurreto (I Jo 1:1-3);         (5) O APÓSTOLO OPERA NOS DEMAIS QUATRO MINISTÉRIOS. O verdadeiro apóstolo quase sempre opera, mesmo que esporadicamente, como profeta, evangelista, pastor e mestre. O apóstolo Paulo atuou nos quatro ministérios e operou em praticamente todos os dons. Certamente Paulo foi uma classe singular de apóstolo. Além disso, a outras credenciais             gerais operantes em apóstolos: Autoridade singular, liderança espiritual, testemunho eficaz, e sinais sobrenaturais.

QUEM RECONHECE APÓSTOLOS HOJE

Esta é uma questão crucial; dada a vigência apostólica em nossos dias, quem reconhece estes apóstolos hoje? Essencialmente, é o Cabeça da Igreja (JESUS CRISTO) que levanta apóstolos para o seu corpo. Podemos definir três maneiras pelas quais alguém é formalmente reconhecido como apóstolo [no Brasil]: (1) Quando um membro da chamada Coalizão Internacional de Apóstolos unge; (2) Quando um membro do chamado Conselho Apostólico Brasileiro unge; (3) Através da chamada Visão Celular no Modelo dos Doze. O apóstolo Rony Chaves, costa-riquenho, um dos principais nomes da Nova Reforma Apostólica, de importância fundamental para o movimento apostólico na América Latina e Brasil, também em quatro tópicos, define como identificamos e reconhecemos os apóstolos: (1) Através de apóstolos reconhecidos. Através daqueles que já estão operando como apóstolos reconhecidos, seu testemunho em oração será muito valioso (Lc 6:12); (2) Através da profecia. Faltam apóstolos por causa da ausência de profetas. A palavra profética ativa dons proféticos funções ministeriais. Através de profetas, presbitérios proféticos ou companhias de profetas, os apóstolos são confirmados e reconhecidos (At 13:1-5); (3) Através do Espírito Santo e sua voz. Mestres e profetas com a Palavra e a Unção, estabelecem o ambiente operacional para que o Espírito chame a seus apóstolos. A voz do Espírito identifica seus apóstolos; (4) Através da observação das obras apostólicas. Se identificarmos as obras apostólicas, encontraremos um apóstolo. O fruto de um ministério apostólico são as obras apostólicas. Estas obras sinalizam um apóstolo, embora não use o título para seu ofício. Porém dentre todas as formas de reconhecimento apostólico, o reconhecimento por parte dos “frutos humanos” do ministério é o mais válido, quando o povo reconhece seu edificador apostólico: “Se eu não sou apóstolo para os outros, ao menos o sou para vós; porque vós sois o selo do meu apostolado no Senhor.” (I Co 9:2).   

Conclusão


Não há restauração apostólica sem restauração do ofício apostólico, e o ministério apostólico é uma das colunas do Evangelho do Reino. Ainda que as denominações tradicionais não reconheçam nominalmente o apostolado, devem fazê-lo em termos do ofício e dom, pois praticamente todas as igrejas históricas, sejam de teologia tradicional ou pentecostal, foram estabelecidas por verdadeiros apóstolos. Esta restauração é global.

O RESSURGIMENTO DOS PROFETAS


                        Introdução
            Os profetas foram homens escolhidos por Deus, para serem canais da manifestação de sua vontade ao povo israelita. Instrumento poderosamente usado e através destes, a glória do Senhor por diversas vezes foi manifestada. Ao contrário do que pregam muitas denominações, a Bíblia não determina o fim deste ofício em João Batista, na verdade, afirma que nos dias finais os veríamos, em plena atividade. Apesar de ter seu ministério relatado na Escritura do Novo Testamento, João Batista foi o último profeta da Antiga Aliança, e desde então, Deus levanta os Profetas do Reino (Lcc 16:16). A Renovação da Fé Apostólica trouxe consigo a restauração deste indispensável ministério para plenitude do corpo de Cristo (Ef 4:11). A Igreja precisa compreender e reconhecer o ministério de profetas locais, que sejam maduros, e cuja credibilidade tenha sido provada e suas mensagens dignamente julgadas. Diante de situações incertas e duvidosas, o Pastor e a Igreja podem recorrer a esta qualidade de Profeta do Reino. Respaldando a vigência do ministério profético na atual dispensação, temos no Novo Testamento: a) Zacarias (Lc 1:67); b) Ana (Lc 2:36); c) Ágabo (At 11:28; 21:20); d) As filhas de Filipe (At 21:9); e) Paulo (I Tm 4:1); f) Pedro (II Pe 2:1-2); e g) João (Ap 1:1). Outros textos ratificam sua atualidade: Atos 13:1; I Coríntios 12:28; 14:29; Efésios 4:11
       
NOVOS FILHOS DE ISSACAR

dos filhos de Issacar, destros na ciência dos tempos, para saberem o que Israel devia fazer, duzentos de seus chefes e todos os seus irmãos, que seguiam a sua palavra.” (I Cr 12:32). Os descendentes de Issacar receberam de Deus a habilitação profética para dar direcionamentos de tempo e ação ao povo de Israel, para irem adiante de Davi para proclamá-lo rei sobre todo Israel. A mesma unção profética foi restaurada em nossos dias, para nortear a Igreja a ir adiante de Jesus Cristo, a fim de proclamá-lo Rei, antes de seu glorioso retorno para reinar eternamente. O ministério dos profetas do Reino visa orientar o corpo de Cristo a como agir para implantar este Reino, e especialmente, quando agir, avançando no progresso desse Reino. “Quem guardar o mandamento não experimentará nenhum mal; e o coração do sábio discernirá o tempo e o modo. Porque para todo propósito há tempo e modo...” (Ec 8:6). Este discernimento é na verdade uma ferramenta profética. Uma Igreja cujo profético está plenamente restaurado, não andará desnorteada sobre o que e quando fazer, em todos os aspectos de sua vida, individual e coletiva. Paulo, como apóstolo, possuía certa medida do dom profético, por isso escreveu: “E digo isto, conhecendo o tempo, que é já hora de despertarmos do sono; porque a nossa salvação está, agora, mais perto de nós do que quando aceitamos a fé.” (Rm 13:11). “Os filhos de Issacar estão de volta”.

NOVOS PREPARADORES DO CAMINHO DO SENHOR

O principal propósito da restauração do ministério dos profetas, é que, somente com a plena atividade profética a Igreja poderá preparar o caminho do Senhor. Isso se dá em dois aspectos temporais, preparar para a vinda do Senhor para reinar em um avivamento, e preparar para a vinda do Senhor para reinar literal e eternamente sobre a Terra. João Batista foi constituído profeta para este fim, e acerca dele foi vaticinado: “Eis que eu envio o meu anjo, que preparará o caminho diante de mim; e, de repente, virá ao seu templo o Senhor, a quem vós buscais, o anjo do concerto, a quem vós desejais; eis que vem, diz o Senhor dos Exércitos.” (Ml 3:1). Ministério semelhante foi também profetizado por intermédio de Isaías (Is 40:1-5), acerca do mesmo João Batista (Mt 11:10; Mc 1:2; Lc 1:76; 7:27). Este prepara o caminho refere-se histórica e literalmente a um mensageiro que vai adiante de um rei conquistador para notificar a outro reino, que o mesmo fora conquistado por aquele novo rei, é um negociador, que vem sempre em paz rogando uma rendição pacífica, pois querendo ou não, o novo reino chegou. João batista era este preparador de caminho: “E, naqueles dias, apareceu João Batista pregando no deserto da Judéia e dizendo: Arrependei-vos, porque é chegado o Reino dos céus.”. Agora, nós somos estes preparadores de caminho, pois Jesus foi muito claro ao delegar o que deveríamos pregar: “e enviou-lhes a pregar o Reino de Deus e a curar os enfermos.” (Lc 9:2, 60; 10:9; At 2:38; 3:19). Os profetas desta geração estão preparando o caminho para que o Reino entre em vidas, cidades e nações através de avivamentos transformadores, ao mesmo tempo em que preparam o caminho, restaurando tudo para que o Rei venha em glória (At 3:21).

RESTAURADORES DOS RELACIONAMENTOS PAIS E FILHOS

Ao lado de Moisés como profeta mais celebrado na história de Israel, está Elias, que alias, é reconhecido como o representante dos profetas. Elias, como poucos compreendeu e viveu a lei da paternidade espiritual (II Rs 2:9-13), legando gerações de filhos espirituais. O manto de Elias, que é símbolo de sua autoridade e ministério profético, foi transferido para Eliseu, e de Eliseu para ninguém; mas este manto profético está agora sobre a Igreja de Cristo, habilitando seus profetas para um ministério singular de reconciliação: PAIS e FILHOS. “Eis que eu vos envio o profeta Elias, antes que venha o dia grande e terrível do Senhor; e converterá o coração dos pais aos filhos e o coração dos filhos aos pais; para que eu não venha e fira a terra com maldição.” (Ml 4:5-6). A lei da paternidade abrange todos os aspectos desse inquebrável relacionamento de honra e benção (Êx 20:12; Ef 6:1-4). Na verdade, a instauração espiritual do Reino de Deus na Terra, promoveu indiretamente a quebra de relacionamentos, pois o Rei, o Príncipe da Paz, declarou que seu verdadeiro discipulado causaria exatamente isso (Mt 10:34-39), mas a consumação do Reino traz consigo a promessa e certeza de que haverá a restauração dos relacionamentos entre pais e filhos, sejam estes genitores biológicos ou espirituais. Mas uma das missões prioritárias do ministério profético é restaurar a PATERNIDADE APOSTÓLICA. Os profetas dos tempos do fim reatarão os laços de fidelidade entre os apóstolos e o corpo de Cristo, serão os mais influentes reconciliadores da Nova Aliança, reconciliando homens com Deus, homens com homens, e pais com filhos (II Co 5:18-20). Esta restauração da Paternidade com a liderança espiritual constituída será um dos fatores chave para a promoção da verdadeira UNIDADE (Jo 17:21-23).

RESTAURANDO O PAPEL DO VIDENTE NO REINO

Um substantivo original comumente utilizado para a palavra profeta, é o termo “ro’eh”, que significa vidente (I Sm 9:9,11,18,19; II Sm 15:27; I Cr 9:22; 21:9; 25:5...). Na língua portuguesa indica a capacidade especial de ver na dimensão espiritual e prever eventos futuros. O título sugere que o profeta não era enganado pela aparência das coisas, mas as via como realmente eram – da perspectiva do próprio Deus. Como vidente, o profeta recebia sonhos, visões e revelações, da parte de Deus, que o capacitava a transmitir suas realidades ao povo.
No contexto da Igreja Primitiva, a primeira comissão e empreendimento apostólicos depois dos doze, foram realizados em uma reunião de oração e jejum, composta especialmente por dois ministérios: profetas e doutores (At 13:1-3), e são justamente estes ministros, além dos próprios apóstolos, os mais indicados para o reconhecimento de outros apóstolos, os doutores por seu equilíbrio escriturístico e os profetas por sua notável clarividência. É evidente que um profeta nesta qualidade de reconhecimento por parte do corpo de Cristo e do episcopado local, deve ser provado em sua conduta moral e espiritual, além da precisão de suas palavras e diretrizes proféticas. Os tais devem ser reverentemente ouvidos pelo presbitério da Igreja, tendo suas profecias julgadas com humildade e discernimento, sempre à luz das Escrituras Sagradas. Quando um ministro é reconhecido profeta em sua Igreja, o mesmo se torna uma fonte de direções proféticas a ser consultado como última instância após não compreender claramente a voz de Deus. Ao contrário do relacionamento conturbado que havia entre sacerdotes e profetas na Antiga Aliança, o relacionamento entre Pastores e Profetas (além de evangelistas) deve ser de real unidade e interdependência.    

Conclusão

Não podemos mais chamar genuínos profetas por outra designação senão PROFETA. Estamos no apagar das luzes dessa dispensação da Igreja, e emerge a necessidade de cada um conhecer o seu papel no corpo de Cristo, além de reconhecer o papel de outros. A Igreja jamais estará novamente sem rumo, sendo guiada por decisões políticas ou interesses egoístas, ela caminhará em vitória até o estabelecimento do Reino de Deus, sob a direção precisa e reveladora, não somente dos profetas em si, mas desse mover profético que está sobre a Igreja, e que capacita a cada membros do corpo de Cristo a profetizar para que haja edificação mutua. Esta é a vontade de Deus expressa nos lábios Moisés (o mais destacado autor do A.T) e de Paulo (o mais destacado autor do N.T.). (Nm 11:29; I Co 14:1,5)

CRISTO: A PEDRA ANGULAR, E O FUNDAMENTO APOSTÓLICO E PROFÉTICO


                        Introdução
                        Um dos maiores equívocos teológicos da cristandade católica romana é a atribuição do título de fundamento da Igreja ao apóstolo São Pedro. Baseando seus argumentos no pronunciamento de Jesus acerca do apóstolo (Mt 16:18-19), estabeleceu a hierarquia papal como sucessão de Pedro, significando que cada Papa assume o papel de alicerce espiritual da Igreja. Na verdade Jesus fez uma espécie de trocadilho, apontando para Pedro e dizendo: “Tu és Pedro”, que no original é “petrus”, ou pequenas pedrinhas; e apontando para si mesmo disse: “sobre esta pedra edificarei a minha igreja”, e já esta pedra, no original grego é “Petra”, ou Rocha, Pedra Principal, Pedra Fundamental. Assim, na verdade, o fundamento da Igreja não é Pedro, e sim, a sua declaração: “Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo” (v. 16). A declaração do messianismo universal (Cristo), e da divindade (Filho de Deus) de Jesus, estabelecem a solidez da Igreja. A missão messiânica de Jesus, o Cristo, são de caráter global e cosmológico, ou seja, a redenção efetuada por Cristo Jesus não abrangeu determinada cultura ou nação, mas foi universal, e a verdade mais irremovível da fé é que Jesus Cristo é o Verbo que se fez carne, Deus em forma humana (Jo 1:1-4, 14; 14:8-9; Cl 2:9) que se despojou de suas prerrogativas soberanas de Deus para viver e morrer entre nós, como forma de resgatar a humanidade ao seu estado original edênico (Gn 1:26-27). Pedro representou naquele momento de revelação, a classe apostólica, ou seja, aos apóstolos, em harmonia com os demais ministérios e a Igreja Restaurada, Jesus promete: “Eu te darei as chaves do Reino dos céus, e tudo o que ligares na terra será ligado no céu, e tudo o que desligares na terra será desligado nos céus.” (Mt 16:19). Estas chaves são: (1) A autoridade do Reino (Lc 9:1); (2) A Ciência do Reino (Lc 11:52); e (3) Os Recursos do Reino (I Co 4:1).
  
CRISTO A VERDADEIRA PEDRA DE ESQUINA

Ainda que todos cinco ministérios estivessem em pleno vigor e harmonia, e os dons operantes em seu poder máximo, mas Jesus Cristo e suas palavras não estivessem arraigados na base do edifício Igreja, já não haveria uma Igreja, pois os ventos e chuvas da história humana já a teriam feito sucumbir (Mt 7:24-27). A pedra de esquina é uma enorme rocha que delimita a área da construção de um edifício, além de fornecer forte sustentação e um marco histórico para lembrarmos a origem da construção. O próprio apóstolo Pedro, que, contrariamente à teologia católica, não é a Pedra, disse: “Ele é a pedra que foi rejeitada por vós, os edificadores, a qual foi posta por cabeça de esquina.” (At 4:11). Pedra, foi desta forma que Nabucodonosor teve a visão de Jesus Cristo vindo em glória para estabelecer seu Reino que não terá fim. “...o Deus do céu do céu levantará um reino que não será jamais destruído; e esse reino não passará a outro povo; esmiuçará e consumirá todos esses reinos e será estabelecido para sempre. Da maneira como viste que do monte foi cortada uma pedra, sem mãos, e ela esmiuçou o ferro, o cobre, o barro, a prata e o ouro, o Deus grande fez saber ao rei o que há de ser depois disso; e certo é o sonho, e fiel a sua interpretação.” (Dn 2:44-45). Como veremos adiante, a Igreja está edificada sobre o fundamento dos apóstolos e profetas, mas Jesus Cristo é Pedra Principal de Esquina (Ef 2:20).
   
A SINGULARIDADE DE CRISTO

A verdade mais ofensiva da fé cristã às religiões é a singularidade de Jesus Cristo, no aspecto do Senhorio e da Salvação. A questão é que essa singularidade não foi declarada inicialmente por seus discípulos, como nos casos das religiões mundiais, mas pelo próprio Cristo. A escolha da humanidade é escolher a auto-proclamação de Jesus é loucura ou a verdade: “...Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida. Ninguém vem ao Pai senão por mim.” (Jo 14:6). A declaração é enfática e penetrante, não há acesso a Deus a não ser por Jesus Cristo. O apóstolo Pedro confirma esta verdade: “E em nenhum outro há salvação, porque também debaixo do céu nenhum outro nome há, dado entre os homens, pelo qual devamos ser salvos.” (At 4:12). Só em Cristo há salvação, só em Cristo há redenção, e só em Cristo há mediação, aliás, qualquer ensino de que possa haver outros mediadores entre Deus e os homens além de Jesus Cristo, deve ser refutado com veemência. Apesar da grandeza e singularidade da vida e ministério de Maria, somente em Jesus temos acesso à Deus. “Porque há um só Deus e só mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo, homem.” (I Tm 2:5).
  
O FUNDAMENTO PROFÉTICO DA IGREJA

Após criar (Gn 12:1-3) e reunir um povo, Deus estabeleceu uma lei moral (Êx 20:1-17). Este mandamento foi conservado e difundido pelas gerações de profetas que Deus constituiu a Israel. Este é o Fundamento dos Profetas: O MANDAMENTO. Assim, embora a Igreja não seja salva pelas obras da Lei (Ef 2:8-9), continua arraigada e fundada na síntese do Mandamento. “para que Cristo habite, pela fé, no vosso coração; a fim de, estando arraigados e fundados em amor, poderdes perfeitamente compreender, com todos os santos...” (Ef 3:17-18). Sim, o decálogo (Dez Mandamentos) não foi abolido por Jesus, mas cumprido (Mt 5:17). Agora, pela habitação de Cristo em nós (Cl 1:27), estamos sob uma nova forma de Lei para cumprir o mandamento pelo Espírito (Rm 8:1-3), e este Mandamento foi sintetizado: “...porque quem ama aos outros cumpriu a lei.” (Rm 13:8b). Jesus disse: “Um novo mandamento vos dou: Que vos ameis uns aos outros; como eu vos amei a vós, que também vós uns aos outros vos ameis.” (Jo 13:34). Portanto, o Fundamento Profético da Igreja é o amor, e o ministério do profeta é consolar, exortar e edificar em amor, para a Igreja se conserve como a Comunidade do Amor. Assim, de fato, O FUNDAMENTO PROFÉTICO DA IGREJA É O MANDAMENTO DO AMOR.
   
O FUNDAMENTO APOSTÓLICO DA IGREJA

Após edificar e comissionar (Mt 16:18; Mc 16:15; At 1:8) a sua Igreja e inaugurá-la (At 2:1-47), Jesus, como já dissemos, sintetizou a Lei e os mandamentos no Fundamento Profético, o amor, e estabeleceu os apóstolos como colunas da Doutrina de Cristo e de seu Reino (At 2:42; Mt 4:23; 13:19). Este é o Fundamento dos Apóstolos: A DOUTRINA DO REINO. É justamente esta Doutrina que se perdeu a partir do século III, e que desde então, Deus através de avivamentos e reformas vem restaurando, e antes da Segunda Vinda do Senhor Jesus, é esta a mensagem que estará plenamente restaurada e propagada: “E este evangelho do Reino será pregado em todo o mundo, em testemunho a todas as gentes, e então virá o fim.” (Mt 24:14). Este Fundamento Apostólico foi lançado para edificar a Igreja como uma “embaixada” que representa não uma religião, mas um Reino. Este Fundamento proclama a Cristo não como meramente um Profeta, mas como o Rei. Os profetas falavam dessa restauração plena (At 3:21), e Isaías previu a manifestação do Cristo com uma missão “espiritualmente política”: “Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu; e o governo está sobre os seus ombros” (Is 9:6). Note que sobre os ombros do Messias não está a religião, mas o governo. Um dos motivos da Igreja ter se dividido tanto, foi o fato de pregarem o “evangelho da salvação”, e cada um desenvolveu seu sistema soteriológico, sendo que a salvação já foi plenamente efetuada por Cristo na cruz. O que faz da Igreja uma única Instituição Poderosa (Jo 17:21-23), é pregar a mesma mensagem que Jesus pregou (Mt 4:17), a Boa Notícia (Evangelho) de que o Reino de Deus chegou, e esta é a mensagem que o Senhor nos delegou à pregar desde o princípio (Lc 9:2, 60). A Igreja está retornando para a mensagem original: “A Lei e os Profetas duraram até João; desde então, é anunciado o Reino de Deus...” (Lc 16:16). O FUNDAMENTO APOSTÓLICO DA IGREJA É O EVANGELHO DO REINO.     

O MISTÉRIO DE CRISTO COMPLETO NO APOSTÓLICO E NO PROFÉTICO

Embora os profetas da Antiga Aliança falassem pelo Espírito Santo, com espantosa clarividência da dispensação futura, eles não entendiam perfeitamente do que falavam. Profetas são como carteiros, eles entregam a carta, mas não abrem a correspondência. Havia um mistério que estava “oculto desde todos os séculos e em todas as gerações e que, agora, foi manifesto aos seus santos; aos quais Deus quis fazer conhecer quais são as riquezas da glória deste mistério entre os gentios, que é Cristo em vós, esperança da glória. (Cl 1:26-27). Era exatamente isso que os antigos profetas da Lei não sabiam: que o Messias não restauraria o reino a Israel em sua primeira vinda (At 1:6), mas estabeleceria o seu Reino dentro de seu povo (Lc 17:20-21), habitando nele em Espírito. O Messias em nós, esperança da glória do Reino vindouro. A Igreja primitiva, em seus primeiros trezentos anos, experimentou de forma sem precedentes a plenitude dessa revelação messiânica. E o motivo dessa iluminação espiritual da primeira Igreja era a harmonia do corpo de Cristo, com todos os membros e operações bem ajustados (I Co 12:12-31; Ef 4:15-16). Como abordaremos mais pormenorizadamente na 12ª Lição, ao longo dos séculos (depois do século III) esse corpo harmônico e saudável chamado Igreja vem restaurando seus dons e operações, e agora, nós, todo o corpo de Cristo chegamos no tempo do “...até que...” predito pelo apóstolo Paulo (Ef 4:13a), em contemplaremos: (1) A Unidade da Fé; (2) O Conhecimento do Filho de Deus; (3) A Estatura Completa de Cristo na Igreja (Ef 4:13). Isso acontecerá porque os ministério de APÓSTOLOS e PROFETAS está sendo restaurado à Igreja, somente isso poderá completar a revelação oculta no passado; Paulo como apóstolo e profeta pôde, modéstia dar testemunho de seu próprio grau de revelação dizendo: “pelo que, quando ledes, podeis perceber a minha compreensão do mistério de Cristo, o qual, noutros séculos, não foi manifestado aos filhos dos homens, como, agora, tem sido revelado pelo Espírito aos seus santos apóstolos e profetas.” (Ef 3:5). O mistério de Cristo se completa no apostólico e no profético.

Conclusão


Estamos vivendo as etapas finais da edificação da maior e mais poderosa Instituição que o mundo já conheceu, a Igreja Apostólica, portadora da mais impactante mensagem que o mundo já ouviu, o Evangelho do Reino. Os alicerces foram renovados, os edificadores estão empenhados na obra, e o Divino habitante desta Casa, o Espírito Santo, está prestes a entrar de maneira singular e palpável. JESUS CRISTO É A PEDRA FUNDAMENTAL, APÓSTOLOS E PROFETAS SÃO OS FUNDAMENTOS.