segunda-feira, 29 de junho de 2015

REDIMIDOS DA REJEIÇÃO

 

Existe no âmago de cada indivíduo uma necessidade latente de aceitação. Isso pode ser algo equilibrado gerando uma atitude positiva para com o próximo, ou pode ser algo nocivo gerando uma necessidade patológica de atenção e bajulação. Mas em ambos os casos, se houver uma resposta negativa como a rejeição, o resultado será um conjunto de traumas emocionais e sociais como medo, insegurança, ressentimento, baixa autoestima, e outras coisas piores.
 
A rejeição é uma síndrome social extremamente nociva ao ser humano, e tem produzido uma série de desajustes sociais irreversíveis. O bullyng, por exemplo, é uma das anomalias sociais que tem causado dano inimaginável a adolescentes e até universitários, tudo isso, fruto de formas de rejeição em casa como falta de atenção e carinho, ou abusos físicos e emocionais.
 
A psicologia define rejeição da seguinte maneira:
 
Nas relações interpessoais, é processo pelo qual se considera alguém uma pessoa destituída de valor, incompatível com determinada categoria ou inadmissível como objeto de sentimentos de afinidade ou vinculação. A rejeição raramente é absoluta ou como tal reconhecida, manifestando-se antes de maneira indireta: críticas excessivas à pessoa rejeitada, comparações tendenciosas, falta de atenção pela presença ou palavras da outra pessoa e outras demonstrações de hostilidade.
 
Poucas narrativas dos Evangelhos ilustram um caso de rejeição tão bem como João 8:1-11. A mulher adultera foi rejeitada de todas as formas possíveis, dentro do evento narrado e certamente em sua trajetória de vida não narrada.
 
Vale a pena meditar sobre isso:
 
Como foi a infância dessa mulher?
Como foi seu relacionamento com seus pais, se é que ela os teve?
Como foi sua educação?
Que tipo de adolescente ela foi?
Que tipo de casamento lhe foi imposto?
Seu marido lhe era fiel, e se era, porque não foi trazido, bem como o outro adultero?
Como era seu relacionamento com as mulheres da comunidade?
Com que tipo de olhar os homens da comunidade a olhavam?
 
Em cada uma das indagações acima podemos supor uma forma rejeição que a poderia ter marcado profundamente, e Jesus sabia disso.
 
Diante dos religiosos que a trouxeram arrastada, Jesus teve uma atitude de indiferença, mas em seu íntimo, Jesus se compadecia profundamente dela. O texto sagrado narra: “...Mas Jesus, inclinando-se, escrevia com o dedo na terra.” (v. 6b).
Considerando a relevância das Escrituras e o significado de cada uma das palavras e gestos do Senhor, não posso crer que aquilo foi apenas uma demonstração de descaso de Jesus. Gosto de acreditar que ele estava escrevendo na terra os pecados de todos, tanto dos acusadores, como os da mulher. Mas eis o glorioso detalhe!
Há um texto no Antigo Testamento que fala sobre “pecados escritos” de forma terrível: “O pecado de Judá está escrito com um ponteiro de ferro, com ponta de diamante, gravado na tábua do seu coração e nos ângulos dos seus altares.” (Jeremias 17:1).
 
Perceba, a descrição dos pecados do povo na Antiga Aliança foi entalhada no coração de pedra dos homens não redimidos, e nas pontas de seus altares idólatras. Ou seja, não poderiam ser apagados.
 
Mas eis que o Bendito Redentor escreve pecados para nos convencer deles, mas escreve com seu maravilhoso dedo criador, o mesmo dedo que escreveu as tábuas da Lei; e agora, Ele não escreve pecados em pedra, mas na terra, pois o vento do Espírito os pode apagar. Aleluia!
 
É na Redenção que Jesus que Jesus assumiu toda a condenação humana e as consequências do Pecado Original. Na cruz, Jesus foi nosso Substituto legal na sentença que era contra nós (Colossenses 2:13-15), isso inclui MORTE, MISÉRIA, DOENÇA, MADIÇÃO, e também REJEIÇÃO. Sim, a rejeição também foi expiada pela Obra Redentora de Cristo no Calvário.
 
...não tinha parecer nem formosura; e, olhando nós para ele, nenhuma beleza víamos, para que o desejássemos. Era desprezado e o mais indigno entre os homens, homem de dores, experimentado nos trabalhos e, como um de quem os homens escondiam o rosto, era desprezado, e não fizemos dele caso algum.
Isaías 53:2-3
 
Lembre-se, Isaías 53 é um texto de Redenção e Expiação. Seu conteúdo profético narra os sofrimentos do Messias (Jesus Cristo) em substituição da raça humana pecadora. Todo o estado de juízo e peso descrito por Isaías 53 revela as coisas que Jesus assumiu em nosso lugar para que tivéssemos que carregar, e em especial o texto acima descreve a forma como o Senhor “se fez rejeitado”. Sim, o Regente do Universo, o Filho Primogênito de Deus, o Rei dos reis; ele aceitou ser rejeitado como sacrifício expiatório, para que cada um que Nele crer e para Ele viver, seja aceito como o melhor da criação.
 
A Redenção substitutiva é a porta de entrada para a aceitação; mas com os traumas de uma vida de rejeição Jesus trata de maneira progressiva.
 
Como Jesus trata do estado de rejeição humana?
 
1.    Ele ignora e reprova a atitude daqueles que nos desprezaram.
...Mas Jesus, inclinando-se, escrevia com o dedo na terra.” (v. 6b)
 
2.    Ele iguala todos os homens debaixo da realidade do Pecado.
...Aquele que dentre vós está sem pecado seja o primeiro que atire pedra contra ela.” (v. 7b)
 
3.    Ele restaura a nossa reputação e valor humano.
...Mulher...” (v. 10b) gr. Guinai = “mulher pura”; “mocinha”
 
4.    Ele não imputa pecado ao penitente e retira a condenação.
...Nem eu também te condeno...” (v. 11a)
 
5.    Ele nos ativa e nos dá novo senso de propósito (v. 11b)
...vai-te...
 
6.    Ele nos chama para a responsabilidade de uma nova vida Nele.
...e não peques mais.” (v. 11c)
 
Conclusão
 
Se você entregou sua vida a Jesus, foi salvo e nasceu de novo, renuncie de uma vez por todas esse estúpido sentimento de inferioridade e baixa autoestima. Você é o melhor de Deus! Você não é mais produto de uma vida de rejeição e abusos; agora você é uma nova criatura, conhece a razão e o propósito de sua existência, e sabe sua importância nos planos de Deus e no seu Reino.
 
Tenha sido você rejeitado(a) em seu casamento, vida profissional, seguimento acadêmico, família, por filhos, pais, amigos, ou até mesmo irmãos. Não importa, levante a cabeça creia e aceite a obra de Cristo em seu favor. A raíz da rejeição estava em você, mas agora você não é mais rejeitado, você é ACEITO, por Deus (II Coríntios 5:17-19) e por si mesmo.

quinta-feira, 25 de junho de 2015

A SUBSTITUIÇÃO PERFEITA

 
Eu particularmente vejo que, a animação acima reproduz de maneira brilhante a natureza da obra expiatória de Jesus Cristo.
O que Jesus Cristo fez na cruz não foi ato de martírio, Jesus não foi um mártir. O que ele fez na cruz foi um ato redentor. E este ato não teve implicações meramente étnicas, mas abrangeu todo o gênero humano. Cada indivíduo na face da terra, em todas as gerações do passado, presente e futuro foi alcançado por esta Obra.
 
A morte de Cristo deve ser vista como: (1) uma expiação; (2) uma propiciação; (3) uma redenção; (4) uma reconciliação; e (5) uma substituição.
 
Sim, é uma expiação, porque cobre e quita o preço pelo nosso Pecado; é uma propiciação, porque outra vez, torna Deus, o Pai, favorável a nós; é uma redenção, porque nos comprou e nos livrou da servidão de um estado decadente; é uma reconciliação, porque nos reconciliou com o Criador e Pai de todos. Mas tratamos aqui da Obra do Calvário como uma SUBSTITUIÇÃO, porque na cruz, Jesus foi o substituto legal de toda nossa pena e condenação. Tudo o que o Pecado infringiu ao homem foi assumido por Jesus Cristo em sua morte. Ele sofreu toda a consequência do Pecado original para que, Nele (em Cristo), não precisássemos sofrê-la.
 
A maior revelação que se perdeu ao longo dos séculos e pelas incursões filosóficas da teologia acadêmica, é a verdade acerca da SUBSTITUIÇÃO PERFEITA de Jesus. Creio que o ápice desta revelação está guardado para este tempo do fim, quando a Igreja desfrutará de um nível sem precedentes de iluminação e maturidade espiritual, quando chegaremos à unidade da fé “...e ao conhecimento [pleno] do Filho de Deus, a varão perfeito, à medida da estatura completa de Cristo.” (Efésios 4:13).
 
A ignorância quanto a este fundamento apostólico da Redenção produziu ao longo de quase mil e setecentos anos, gerações e mais gerações de cristãos fracos, pessimistas, conformistas, derrotados e aquém da vontade boa, agradável e perfeita de Deus, pois suas mentes foram saturadas de “pontos de vista teológicos” ao invés de serem renovadas pela Palavra revelada de Deus (Romanos 12:2).
 
Mas há uma promessa de reavivamento. Antes da Segunda Vinda do Senhor Jesus, haverá uma restauração total (Atos 3:20-21). E dentre os objetos dessa gloriosa restauração, está o EVANGELHO DO REINO, que será pregado em todo o mundo, testemunhado para todos os povos, e somente então virá o fim (Mateus 24:14). E como parte central deste Evangelho do Reino, está a restauração da realeza dos filhos de Deus na Terra (Romanos 5:17) e sua manifestação para libertar a criação de seus estado de caos (Romanos 8:19). Essa restauração será real na vida da Igreja, tanto no âmbito individual como no coletivo, a partir da compreensão renovada sobre a OBRA SUBSTITUTIVA DE CRISTO.
 
Jesus não foi moído pela intolerância da religiosidade judaica ou pelo imperialismo romano. Jesus, o Filho de Deus, foi moído pelo próprio Pai (Isaías 53:10a), e sua alma foi afligida no inferno como preço de substituição (Isaías 53:10b).
 
Esta é a verdade sobre a Redenção. Jesus Cristo foi nosso substituto legal.
 
1.      ELE SE FEZ PECADO
 
Jesus Cristo, o Cordeiro de Deus se fez Pecado em nosso lugar para retirar de sobre a humanidade o Pecado (João 1:29) herdado pelo primeiro Adão (Romanos 5:12; I Coríntios 15:45), que sujeito também a Terra a um desequilíbrio cósmico (Romanos 8:20, 22). Note que Jesus não apenas se fez pecador na cruz assumindo o Pecado humano, Ele se fez Pecado.
 
Àquele que não conheceu pecado, o fez pecado por nós; para que, nele, fôssemos feitos justiça de Deus.
II Coríntios 5:21
 
Aleluia! Nenhuma verdade das Sagradas Escrituras poderia ser mais gloriosa do que esta. Deus enviou seu Filho perfeito e com sua plena natureza (Colossesnses 1:19; 2:9) para, na cruz, ser feito pecado em nosso lugar, para que nós, em Cristo, nos tornássemos justiça de Deus. Assim, pela obra substitutiva do Calvário, nós estamos justificados diante de Deus, sim, somos justos! Esta consciência é a fonte da verdadeira paz (Romanos 5:1).
Como filhos recriados de Deus, não há mais culpa ou condenação sobre nós (Romanos 8:1). A isto chamamos de JUSTIÇA IMPUTADA: Jesus, o único verdadeiramente justo que já viveu, assumiu a nossa culpa e nos imputou a sua justiça; nossa culpa foi debitada na conta dele, e a justiça dele foi creditada em nossa conta. Oh glória! Ele foi o nosso substituto na condenação.
 
2.      ELE SE FEZ MALDIÇÃO
 
O primeiro Adão legou uma irreversível maldição sobre toda a raça humana, mas Jesus se fez maldição em nosso lugar para nos redimir e nos tornar benditos. Essa maldição que estava sobre o homem, era a maldição da LEI DO PECADO E DA MORTE (Romanos 8:2-3); essa maldição abrangia especialmente três áreas: a miséria, a enfermidade e a morte (Deuteronômio 28:15-22, 27-29, 35, 58-61). A maldição da lei é legalidade que Satanás recebe para afligir aqueles que transgridam a lei. Mas Jesus assumiu definitivamente a pena.
 
Cristo nos resgatou da maldição da lei, fazendo-se maldição por nós, porque está escrito: Maldito todo aquele que for pendurado no madeiro.
Gálatas 3:13
 
Glória a Deus! Toda e qualquer forma de maldição, seja proferida ou “hereditária”, não prospera contra nós que estamos em Cristo (Provérbios 26:2), pois agora somos descendência de Abraão (Gálatas 3:7; Números 23:23). Não importa quantas gerações de sua família foram assoladas por doenças, imoralidade e miséria, quando você se encontra com Jesus aos pés daquela rude cruz, então toda maldição é quebrada ali, de uma vez por todas.
Em Cristo Jesus fomos plenamente abençoados (Efésios 1:3). Ele foi o nosso substituto na maldição.
 
3.      ELE SE FEZ POBRE
 
Deus criou o homem para a abundância e a riqueza (Gênesis 1:29-30; 2:7-12); a escassez e a miséria entraram no mundo pela transgressão de Adão, que tornou a terra limitada e improdutiva (Gênesis 3:17-19). Mas a Obra expiatória de Cristo redimiu o homem dessa condição de pobreza. Isso não se trata absolutamente de “teologia da prosperidade”, mas sim da redenção da prosperidade. Deus ama a prosperidade dos seus (Salmo 35:27), e embora jamais tenha prometido tornar todos milionários, quer que todos os seus filhos comam o melhor desta terra (Isaías 1:19) e tenham o suficiente para si e para abençoar os que não têm (Deuteronômio 28:12; Filipenses 4:19; II Coríntios 9:7-10).
Jesus assumiu nossa condição de pobreza.
 
porque já sabeis a graça de nosso Senhor Jesus Cristo, que, sendo rico, por amor de vós se fez pobre, para que, pela sua pobreza, enriquecêsseis.
II Coríntios 8:9
 
Por favor, creia na Palavra como está escrita! Jesus se fez pobre em nosso lugar, pois a pobreza é uma consequência direta da Queda de Adão. E nós, baseados em princípios estabelecidos por Deus, podemos e devemos viver nesta terra uma vida de suprimento e provisão abundante. Este é o Deus que multiplica pães e peixes, e que coloca dinheiro no estômago de peixe, Ele é o JEOVÁ JIRÉH. Podemos até passar por adversidades financeiras, mas não viver nelas. A despeito do atual quadro econômico de nossa nação, estamos em prosperidade, pois pertencemos a outro Reino (Colossenses 1:13). Como Isaque (Gênesis 26:1, 12-14), não tenha medo de continuar sendo fiel a Deus como dizimista e ofertante, pois quando a bonança chegar neste país, você terá de sobra. Aleluia! Jesus foi o nosso substituto na pobreza.
 
4.      ELE SE FEZ ENFERMO
 
Entenda de uma vez por todas, a doença e enfermidade que assolam o mundo hoje é também uma consequência direta da Queda de Adão. Ele estava em um jardim de delícias, cercado dos melhores e mais saudáveis alimentos, exposto às melhores condições climáticas e sobre tudo, a vida de Deus o habitava. Todas as condições eram propícias a uma vida de saúde, suas células não se degeneravam e seu organismo permanecia num estado maravilhoso de homeostase. Mas o Pecado afetou diretamente seu corpo, que começou o processo de morte.
O povo de Deus, na Antiga Aliança foi abençoado com uma provisão especial de saúde enquanto permaneciam na Palavra, e cura quando saiam da Palavra (Êxodo 15:26; 23:25-26; Deuteronômio 7:14-15; Salmo 103:3). Se a saúde vigorava na Antiga Aliança que era limitada, que dirá agora, na Nova Aliança em Jesus Cristo que tem melhores promessas (Hebreus 7:22; 8:6).
O homem jamais deveria ficar doente, e a Redenção nos propicia esta condição de saúde. Jesus tomou sobre si nossas doenças e enfermidades.
 
Verdadeiramente ele tomou sobre si as nossa enfermidades e as nossas dores levou sobre si... ele foi ferido pelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniquidades; o castigo que nos trás a paz estava sobre ele, e, pelas suas pisaduras, fomos sarados.
Isaías 53:4-5
 
levando ele mesmo em seu corpo os nossos pecados sobre o madeiro, para que, mortos para os pecados, pudéssemos viver para a justiça; e pelas suas feridas fostes sarados.
I Pedro 2:24
 
Louvado seja Deus! O Senhor já levou em si mesmo cada doença, enfermidade ou dor crônica que queira nos assolar. Podemos reivindicar que o Diabo para de afligir nossos corpos; sim, é o Satanás e não Deus, a origem direta desses males físicos e emocionais. Quando você decidir crer na Palavra de Deus mais do que acredita nos sintomas, crer na Palavra de Deus mais do que acredita nas justificativas filosóficas da teologia, então sua cura brotará (Isaías 58:8).
Jesus foi o nosso substituto nas enfermidades.
 
5.      ELE SE FEZ REJEITADO
 
A rejeição é uma síndrome social extremamente nociva ao ser humano, e tem produzido uma série de desajustes sociais irreversíveis. O bullyng, por exemplo, é uma das anomalias sociais que tem causado dano inimaginável à adolescentes e até universitários, tudo fruto de formas de rejeição em casa como falta de atenção e carinho, ou abusos físicos e emocionais.
 
O primeiro homem, Adão, jamais sentiu rejeição, ele era aceito por Deus, pela família, pela natureza e por toda a criação. Isso lhe conservava uma perfeita autoconfiança e saúde emocional. Mas sua Queda o fez perder a principal fonte de aceitação: Deus; e após isso, ele foi rejeitado como sacerdote, como modelo de pai, e rejeitado pela terra. A rejeição se tornou uma maldição do Pecado.
 
Agora mesmo, enquanto eu escrevo, há milhões de pessoas no mundo sendo rejeitas em seu casamento, pelos filhos, nos relacionamentos, no mercado de trabalho, nos ambientes acadêmicos, nos grupos sociais... Isso tem gerado depressão, abusos, síndrome do pânico e baixa autoestima. Mas existe uma, e somente uma solução para a rejeição: A REDENÇÃO EM CRISTO.
Jesus assumiu nossa condição de rejeitados para sermos aceitos.
 
...não tinha parecer nem formosura; e, olhando nós para ele, nenhuma beleza víamos, para que o desejássemos. Era desprezado e o mais indigno entre os homens, homem de dores, experimentado nos trabalhos e, como um de quem os homens escondiam o rosto, era desprezado, e não fizemos dele caso algum.
Isaías 53:2-3
 
Essa é uma narração profética da vida de Jesus. Sim, o Redentor da humanidade, o Cristo, o messias, o Rei dos reis, o Deus Homem; Ele foi rejeitado. Ele soube melhor do que qualquer um o que é rejeição. Ele se fez rejeitado para que nós fossemos aceitos. Primeiramente aceitos diante de Deus (II Coríntios 5:17-19), e depois que sentir-se aceito por Deus, você se aceitará como o melhor de Deus, a JUSTIÇA DE DEUS (II Coríntios 5:21).
Jesus Cristo foi o substituto de nossa rejeição. Aleluia!
 
 


segunda-feira, 22 de junho de 2015

O EFEITO HEREDITÁRIO DO AVIVAMENTO

 
A memória do justo é abençoada, mas o nome dos ímpios apodrecerá.
Provérbios 10:7
 
            Introdução
No texto acima, o sábio Salomão exalta o legado do justo, e profetiza a deterioração do nome do ímpio. De fato, aquele cuja justiça advém de Deus e anda seus caminhos e estatutos produzirá a benção para as gerações futuras que carregam o seu nome. Contrariamente a isso, aqueles que não têm aliança com Deus, deixará uma herança social decadente, que se tornará pior a cada geração.
 
O passado familiar decadente de um filho de Deus nascido de novo, não terá poder sobre sua nova realidade (II Coríntios 5:17), bem como o presente de sua família pode ser alterado por sua nova e poderosa influência espiritual (Atos 16:31). E certamente seu legado de justiça em Cristo adentrará no tempo adiante influenciando benignamente as próximas gerações.
 
A maior dádiva do ser humano é o Legado...  O que deixaremos para as próximas gerações? Que modelo de família nossos descendentes herdarão de nós? Será uma família nos moldes naturais e bíblicos ou o alternativo molde decadente e anômalo que está sendo imposto por grupos ativistas imorais?
 
No ano de 1900, A. E. Winship escreveu um artigo sobre o paradoxo entre o proeminente ateu Max Jukes e o avivalista Jonathan Edwards, chamado “Um estudo sobre educação e hereditariedade.” fazendo uma comparação entre a vida e a posteridade de Jukes e Edwards.
 
O ateu Max Jukes viveu uma vida sem Deus. Ele se casou com uma moça incrédula e, dos descendentes dessa união, 310 morreram como indigentes, 150 eram criminosos, sete eram assassinos, 100 eram bêbados e mais da metade das mulheres era de prostitutas. Seus 540 descendentes custaram ao estado 1,25 milhão de dólares adicionais.
 
Mas, louvado seja o Senhor, a hereditariedade funciona nos dois sentidos! Há o registro de um grande homem de Deus norte-americano, Jonathan Edwards. Ele viveu na mesma época de Max Jukes, mas se casou com uma moça cristã. Fez-se uma investigação de 1394 descendentes conhecidos de Jonathan Edwards dos quais havia treze reitores de faculdades, 65 professores universitários, três senadores dos Estados Unidos, 30 juízes, 100 advogados, 60 médicos, 75 oficiais do exército e da marinha, 100 pregadores e missionários, 60 autores de destaque, um vice-presidente dos Estados Unidos, 80 funcionários públicos, e 295 com ensino superior completo, estre os quais estão governadores de estados e ministros de países estrangeiros. Seus descendentes não custaram ao Estado um único centavo adicional.
 
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 E estas palavras que hoje te ordeno estarão no teu coração; e as intimarás a teus filhos e delas falarás assentado em tua casa, e andando pelo caminho, e deitando-te, e levantando-te.
Deuteronômio 6:6-7
 
1.    A PALAVRA DEVE ESTAR NO TEU CORAÇÃO
E estas palavras que hoje te ordeno estarão no teu coração...
 
Deus ordenou ao povo de Israel que a Sua Palavra escrita fosse transmitida às crianças e às próximas gerações através da tradição oral, ou seja, falando a Palavra insistente e perseverantemente. Mas antes da própria transmissão, deve haver a profunda absorção. A Palavra de Deus somente terá efeito em nossa vida se estiver escondida no meu coração (Sl 119:11), para ser poderosa em nossa boca (Rm 10:8).
 
 
2.    DEVE SER ENSINADA AOS FILHOS...
...e as intimarás a teus filhos...
 
A criança hebreia com doze anos de idade já conhece praticamente a totalidade da Torá com suas mais de seiscentas leis, pois os pais hebreus se encarregavam de ensiná-las a lei moral, a ali jurídica e a lei cerimonial. Devemos ensinar a Palavra de Deus para as nossas crianças, para que suas mentes não fiquem a mercê desse atual bombardeio midiático de informações deturpadas e corrompidas, mesmo através da moderna “programação infantil”. É a Bíblia o livro que moldou gerações de crianças que se tornaram governantes das nações mais prósperas da Terra nestes últimos mil e quinhentos.
 
3.    DEVE ESTAR NA COMUNICAÇÃO DOMÉSTICA
...e delas falarás assentado em tua casa...
 
Com uma TV em cada cômodo da casa, dois ou três computadores, e um iphone em cada mão, a comunicação doméstica em nossos dias tem ficado cada vez mais escassa, e quando existe é para divagar sobre as novidades do facebook, instagram ou WhatsApp.A sociedade moderna carece de um avivamento na sala de jantar, para reunir outra vez a família e falar de valores e princípios, especialmente aqueles que estão no Livro dos livros, a Bíblia Sagrada. Em meio a esta correria frenética da sociedade moderna, precisamos parar, sentar, e ensinar a Palavra de Deus à nossa família, disso depende nossa estabilidade e nossa descendência. A Palavra de Deus promete avivamento familiar aos que crêem em Jesus Cristo (At 16:31), mas precisamos em família, tomar a decisão resoluta e inabalável de servir a Ele (Js 24:15).
 
4.    DEVE SER TRANSMITIDA NO DESENVOLVIMENTO SOCIAL
...e andando pelo caminho...
 
Gosto da maneira como o sábio expressa sua exortação de ensinar os filhos. Ele diz: “Instrui o menino no caminho em que deve andar, e, até quando envelhecer, não se desviará dele.” (Pv 22:6) Notemos que o termo utilizado não é ensina o caminho, mas sim, “ensina no caminho”, isso implica em dizer: ensina enquanto vai caminhando, ou seja, devemos com perseverança comunicar os estatutos de Deus à nossa família ao longo da vida, enquanto estão no processo social de aprendizado dentro de nossa casa. A escola ensina valores, mas não os transmite. O poder da transmissão se dá pela autoridade e pelo exemplo, e nisso os o convívio doméstico é insuperável.
 
5.    DEVE ESTAR PRESENTE NO FIM DO DIA E NO INÍCIO DELE
e deitando-te, e levantando-te.
 
O fim do dia é o fim de um ciclo de influências e absorções que precisam ser filtradas por valores melhores, por isso, terminar um dia exposto à Palavra de Deus é essencial. Da mesma sorte, iniciar um novo dia vacinado dessas influências nocivas do sistema mundial pela Palavra é uma forma poderosa de sair de casa para influenciar a sociedade com os valores do Reino de Deus. Sim, somos o “fermento do Reino”, e Deus quer nos introduzir nessa massa do sistema para levedá-la, assim veremos no presente uma sociedade melhor, e no futuro, através das novas gerações, uma sociedade restaurada (At 3:19-21). Nós seremos daqui à cinco anos o produto de nossos relacionamentos e da nossa literatura. Se a Bíblia permear o início e o fim de cada dia nosso, certamente seremos os agentes de uma poderosa transformação social que invadirá as eras futuras. Isto é O EFEITO HEREDITÁRIO DO AVIVAMENTO. Aleluia!
 
Sermão
Enéas Ribeiro