quarta-feira, 29 de julho de 2015

O MINISTÉRIO APOSTÓLICO DA IMPOSIÇÃO DE MÃOS

Existe uma doutrina bíblica fundamental na fé cristã, é a imposição de mãos. Alguns a ignoram em nível de estudo, mas deveria ser um tema à ser dominado, pelo menos pelos pentecostais. O entendimento sobre a imposição de mãos é tão importante quanto a doutrina dos batismos, a doutrina da ressurreição dos mortos e a doutrina escatológica do juízo final.

Pelo que, deixando os rudimentos da doutrina de Cristo, prossigamos até a perfeição, não lançando de novo o fundamento do arrependimento de obras mortas e de fé em Deus, e da doutrina dos batismos, e da imposição de mãos, e da ressurreição dos mortos, e do juízo eterno.
Hebreus 6:1-2

            Note que o escritor aos hebreus exorta à igreja hebréia, não a se esquecer da doutrina da imposição de mãos, mas sim a conhecê-la profundamente, no afã de priorizar outros aspectos “mais importantes” da fé. Porém, tal exortação se dirige àqueles que dominam o assunto, o que não é uma realidade em muitos casos.

            A igreja perdeu a noção do poder que está investido neste ato profético.
            Quem haveria ser o herdeiro de José por tradição era o primogênito Manassés, Jacó, porém, impôs sua mão direita (a mão da primogenitura) sobre Efraim, ao que José protestou, pois sabia o significado da benção do patriarca através da imposição da mão direita. “Vendo, pois, José que seu pai punha a sua mão direita sobre a cabeça de Efraim, foi mau aos seus olhos; e tomou a mão de seu pai, para a transpor de sobre a cabeça de Efraim à cabeça de Manasses. E José disse a seu pai: Não assim, meu pai, porque este é o primogênito; põe a tua mão direita sobre a sua cabeça. Mas seu pai o recusou, e disse: Eu o sei, filho meu, eu o sei; também ele será um povo e também ele será grande; contudo, o seu irmão menor será maior que ele, e a sua semente será uma multidão de nações. Assim, os abençoou naquele dia...

            Pais e avós abençoarem seus filhos e netos não é mera tradição religiosa ou uma cultura social restrita aos hebreus, é um princípio espiritual poderosíssimo que foi abandonado em nossa geração.

            Ao sairmos pelas ruas, contemplamos seres humanos tão dignos como nós, assentados à beira da calçada mendigando, nos becos e bares se drogando e alcoolizando, nas esquinas se prostituindo e outros morrendo. Será que eles são meramente um “produto do sistema”, que não tiveram grandes oportunidades na vida? Este pode ser um aspecto básico da origem do problema, “a ponta do iceberg”, mas um outro fator pode estar envolvido. Será que essas pessoas foram abençoadas pelos pais na tenra idade? Será que se inclinaram para que seus pais lhes impusessem as mãos e invocassem as bênçãos do Deus da Igreja de Cristo sobre eles? Não creio!

            Vamos compreender a dimensão do entendimento de Jacó acerca deste ato:

Depois chamou Jacó a seus filhos, e disse: Ajuntai-vos, e anunciar-vos-ei o que vos há de acontecer nos derradeiros dias...Todas estas são as doze tribos de Israel; e isto é o que lhes falou seu pai quando os abençoou; a cada um deles abençoou segundo a sua benção.
Gênesis 49:1, 28

            O patriarca Jacó não somente os abençoou como uma tradição hereditária, ele entendia que sua benção impetrada com fé e sabedoria, seria um fator determinante para o futuro de seus doze filhos.

            Certos pais iracundos amaldiçoam tanto seus filhos em seus momentos de explosão emocional, que tornam seus filhos alvos das investidas do diabo. Crianças, adolescentes e jovens precisam ser incentivados pelos pais com palavras de benção, pois sua formação está intrinsecamente ligada não somente ao ambiente em que crescem, mas principalmente ao que ouvem. Um futuro devastado deve-se em essência, muitas vezes, ao desânimo de palavras amaldiçoadoras. “Vós, pais, não irriteis a vossos filhos, para que não percam o ânimo.” (Cl 3:21).

            Deus investe seu poder e autoridade espiritual sobre certos homens e mulheres, para que estes estejam aptos a abençoar. Dada a importância fundamental e profética da imposição de mãos, não devemos permitir que pessoas que não estejam devidamente ungidas e autorizadas, imponham as mãos sobre nós como ato espiritual, pois, “...sem contradição alguma, o menor é abençoado pelo maior” (Hb 7:7). O maior aqui, na perspectiva do Reino, é aquele que recebeu uma unção confirmada para ministrar. Melquisedeque estava devidamente autorizado a ministrar (abençoar) a Abraão, pois a unção do sacerdócio estava sobre ele, e o sacerdote era maior do que o profeta.

            Alguém pode ser ungido com sabedoria simplesmente através da imposição de mãos? Deixe este jovem ministro lhe responder. SIM!

E Josué, filho de Num, foi cheio do espírito de sabedoria, porquanto Moisés tinha posto sobre ele as suas mãos.
Deuteronômio 34:9

            A unção para liderar o numeroso povo de Israel estava sobre a vida de Josué, pois a unção que estava sobre Moisés foi transferida para o ministério de Josué.

            Lembro-me muito bem quando eu era um pregador itinerante, fazendo sempre a obra com minha esposa, pastora Gisele, ministrando em grandes congressos. Estávamos revestidos da unção de evangelistas-profetas, até que, no mês de agosto de 2006, o nosso então pastor (Deiró de Andrade) impôs as mãos sobre nós, e naquele mesmo instante veio sobre nós uma unção que não esperavamos, a unção para o ministério pastoral. Pelo fato de termos entendido e crido nisto, temos desenvolvido com muita graça este ministério desde então.

            Nunca subestime a oração e a imposição de mãos de um verdadeiro ministro de Deus, é um ato profético poderoso.

            Mas como você pensa que posso relacionar este ato com o ministério apostólico? A relação é óbvia. É um mandamento do senhor Jesus aos que ele enviou. “...Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura...e porão as mãos sobre os enfermos e os curarão.” (Mc 16:15, 18 b).

            As mãos de um ministro ungido são o ponto de contato entre o homem e as bênçãos de Deus. Há um fluxo de poder espiritual que emana no ato da imposição de mãos, por isso, Jesus outorgou o seu poder curador aos discípulos mediante a imposição de mãos, embora eu entenda que em uma reunião de grandes proporções, não seria possível impor as mãos sobre todos os enfermos, daí cremos exclusivamente no poder curador da Palavra de Deus. “E, chegada a tarde, trouxeram-lhe muitos endemoninhados, e ele, coma sua palavra, expulsou deles os espíritos e curou todos os que estavam enfermos.” (Mt 8:16)

            O ministério de Jesus despertou nas pessoas o entendimento e a confiança no esquecido ministério da imposição de mãos, que estava restrito aos sacerdotes que somente impunham as mãos sobre os bodes da expiação. A fama de Jesus foi tão difundida que um religioso, “pastor” de uma sinagoga, procurou o Mestre para ter sua filha ministrada. “E rogava-lhe muito, dizendo: Minha filha está moribunda; rogo-te que venhas e lhe imponhas as mãos para que sare e viva.” (Mc 5:22-23).

            Em sua cidade de criação, Nazaré, aconteceu um fato paradoxal, Jesus, aquele que pode todas as coisas, segundo o evangelista Marcos “...não pôde...” fazer muito (v. 5 a), pois ali, a ausência de fé era admirável ao próprio Jesus. “E estava admirado da incredulidade deles...” (Mc 6:6). Alguns, porém, que estavam doentes, ficaram e creram no ministério de Jesus, e mais uma vez as mãos do Senhor entraram em ação. “E não podia fazer ali obras maravilhosas; somente curou alguns poucos enfermos, impondo-lhes as mãos.” (Mc 6:5). Note que o ato da imposição de mãos requer não somente fé de quem impõe as mãos, mas também de quem é ministrado.

            Como eu disse anteriormente, quando se separa e consagra alguém para o santo ministério, a imposição de mãos é o método neo-testamentário, diferente do Antigo Testamento, em que o óleo era derramado sobre a cabeça do escolhido. Hoje o óleo é usado para ungir (mediante imposição de mãos) aqueles que estão enfermos. “E expulsavam muitos demônios, e ungiam muitos enfermos com óleo, e os curavam.” (Mc 6:13). A unção com óleo é também um ministério apostólico, e não pode ser banalizado. Muitos movimentos carismáticos e pentecostais têm feito do óleo um artigo supersticioso cultural, unge-se tudo. É uma autêntica “lambuzeira!” Entendemos que qualquer pessoa ou até certos objetos possam ser ungidos em qualquer ocasião desde que seja por inspiração e ordem direta do Espírito Santo, mas pelas pessoas devidamente instituídas por Deus. Mesmo porque, o ato do ungir é restrito às pessoas ministerialmente e espiritualmente autorizadas da Igreja, como disse Tiago: “Está alguém entre vós doente? Chame os presbíteros da igreja, e orem sobre ele, ungindo-o com azeite em nome do Senhor; e a oração da fé salvará o doente, e o Senhor o levantará; e, se houver cometido pecados, ser-lhe-ão perdoados.” (Tg 5:14-15).

            Devemos nos guardar destes aventureiros que gostam de “ungir” as pessoas por aí aleatoriamente, pois este ato apostólico e profético está biblicamente restrito aos ministros oficiais da igreja (presbíteros/bispos/anciãos/pastores). O advento do evangelho trouxe uma inimaginável (à cultura judaica) liberdade ministerial e litúrgica às mulheres, que passaram a atuar ativamente na obra de Deus, porém, não há menção bíblica doutrinária de mulheres ungindo pessoas. Não podemos, porém, ser liturgicamente inflexíveis, pois, há exceções emergentes e delegações de ministros autorizados que porventura não estejam presentes. Qualquer um pode ministrar a cura divina pela fé, mas somente ministros da Igreja podem ungir, este é o padrão escriturístico.

            A mesma cautela deve haver em relação àqueles que oferecem a unção, principalmente os que a oferecem como artigo de comércio: “Venha receber a unção no culto da unção com óleo!!!” Tiago orienta: “...Chame os presbíteros...” Note que os presbíteros são normalmente chamados, mas não se oferecem (há exceções).

            Visto que o texto diz: “...orem sobre ele...”, logo, não se exige ungir o local da doença, e sim, o doente, e podemos entender por “sobre ele” que a oração com imposição de mãos sobre a cabeça é a alternativa mais coerente, e da cabeça, a unção do Espírito Santo pode perfeitamente envolver todo o corpo (Sl 133).

            Bom é lembrar também que o óleo utilizado neste rito, não possui nenhum poder medicinal, e muito menos místico, mas é, sim, um ponto de contato de fé por ser um símbolo escriturístico e proféticodo Espírito Santo e seu poder. A cura não está no óleo, e também não está na imposição de mãos em si, mas na fé, pois, “...oração da fé salvará o doente, e o Senhor o levantará...

            Através da imposição de mãos, Deus outorga dons aos seus servos, dons espirituais e dons ministeriais. Não foram raras a ocasiões em que Deus me usou para ministrar dons a pessoas por intermédio das minhas mãos, da mesma forma, um dia Deus usou as mãos de um ministro para que eu recebesse o ministério profético.

            Paulo desejava ardentemente chegar à Roma e visitar sua jovem Igreja, e ele escreveu dizendo: “Anseio vê-los, a fim de compartilhar com vocês algum dom espiritual...” (Rm 1:11a - NVI) Não creio que o termo “compartilhar” aqui, seja simplesmente “demonstrar seus dons”, mas sim, dividir com eles o mesmo dom, para posteriormente eles também pudessem ministrar a outros.       
            Ora, se não fosse assim, porque Paulo teria dito à Timóteo: “...despertes o dom de Deus, que existe em ti pela imposição das minhas mãos.” (2ª Tm 1:6).

            É fabuloso como a bíblia se aplica a praticidade do ministério cristão hodierno. Toda experiência espiritual e litúrgica da Igreja Primitiva pode e deve ser reproduzida na Igreja do século XXI. Lembro-me que em meados do ano de 2003, eu ministrei uma mensagem profética a um jovem problemático da igreja, dizendo-lhe que ele receberia o dom da profecia, e ao mesmo tempo que eu profetizei, eu o ministrei dizendo: “Receba-o agora!” Ele caiu sob o poder do Espírito e, daquele dia em diante processou-se na vida daquele rapaz uma transformação espiritual e ministerial inquestionável, e hoje me alegro ao vê-lo como um jovem pastor de igreja. Este é um entre outros casos semelhantes da minha experiência carismática pessoal. Mas você talvez pergunte: “É possível alguém receber um dom assim, com uma profecia e uma ministração imediata?” O apóstolo Paulo responde: “Não desprezes o dom que há em ti, o qual te foi dado por profecia, com a imposição das mãos do presbitério.” (1ª Tm 4:14).

            Note outro aspecto. Este tipo de dom não deve ser rejeitado (“Não desprezes o dom que há em ti...”), se assim acontecer com você creia e passe a agir à altura do que você recebeu. Use o seu novo talento com graça e sabedoria.

            Um episódio interessantíssimo ocorreu em Samaria quando um grupo considerável de pessoas receberam em seus corações a fé cristã por intermédio da pregação apostólica do diácono evangelista Filipe:

Os apóstolos, pois, que estavam em Jerusalém, ouvindo que Samaria recebera a palavra de deus, enviaram lá Pedro e João, os quais, tendo descido, oraram por eles para que recebessem o Espírito Santo. (Porque sobre nenhum deles tinha ainda descido, mas somente eram batizados em nome de Jesus.) Então, lhes impuseram as mãos, e receberam o Espírito Santo.
Atos 8:14-17

            Este não é mais um texto histórico isolado e sem significação teológica e doutrinária, mas é, sim, uma demonstração do ministério apostólico da imposição de mãos. Note que o diácono Filipe, apesar de ser ungido para o ministério evangelístico com uma unção direcionada à libertação (exorcismo), e a restauração física miraculosa de coxos e paralíticos (At 8:7), não estava ministerialmente “habilitado” para ministrar o batismo no Espírito Santo aos novos convertidos que acabara de ganhar.

            Não é um fato incomum em meu ministério este sinal acompanhando a pregação da palavra. Em 90% das igrejas em que ministro, chamo à frente aqueles que desejam ser batizados no Espírito Santo, e nunca me decepcionei com um resultado negativo, pois fui ungido para especificamente para este fim dentre outros. Para mim é muito gratificante quando alguém telefona para mim diz coisas como: “Pastor, todas as vezes que falo em línguas estranhas lembro-me do senhor, por isso estou ligando!”. Penso que esta é uma experiência que qualquer crente cheio do Espírito Santo pode ministrar por fé, mas existem ministros singularmente capacitados para fazê-lo, pois é um ministério apostólico, e este dom não está à venda (At 8:18-24).

terça-feira, 28 de julho de 2015

A BOA ROTINA E A PERVERSA INQUIETAÇÃO

 

Sermão ministrado em
28/07/2015
Na COGIC-MFA
 
O “princípio da repetição” apresentado pelo versículo...
 
Salomão, o homem mais sábio que já viveu (depois de Jesus é claro), em sua fase de maturidade e experiência, expõe de maneira realista os ciclos naturais da vida, criados por Deus e imutáveis. Ele apresenta aqui a realidade da rotina, das coisas que não podem sofrer alteração. Talvez ele tenha apresentado isso de forma um tanto melancólica, mas ainda assim, com inspiração divina.
 
Existem certas rotinas que foram estabelecidas por Deus, e são boas porque estão em um processo constante de renovação interna, ou seja, elas em si devem ser constantes, mas sempre aptas a melhorar ou crescer.
 
Melhores exemplos da boa rotina:
 
·         Um bom emprego;
·         Um ideal nobre;
·         Um casamento sólido;
·         Uma igreja ortodoxa;
·         Um padrão moral absoluto.
 
Existem...
 
MENINOS IMATUROS NÃO SUPORTAM A BOA ROTINA...
Efésios 4:14
...que não sejamos mais meninos inconstantes, levados em roda por todo vento de doutrina...
 
PESSOAS QUE QUE SÓ QUEREM OUVIR O QUE LHES CONVÉM...
II Timóteo 4:3 (Bíblia Viva)
Porque chegará uma época quando as pessoas não suportarão a verdade, mas andarão de um lado para outro procurando mestres que lhes digam apenas aquilo que desejam ouvir.
 
_____________________________________________
 

 
Algumas pessoas não conseguem parar num emprego, outras não tem ideal fixo, outras não se conservam em um casamento, outras não param em igreja nenhuma, outras relativizam e mudam seus valores. Porque algumas pessoas não conseguem concluir nada do que começam, e não perseveram em nada na vida? Eu lhes digo: Elas sofrem dessa inquietação maligna, que tem três raízes principais...
 
(1)  ANSIEDADE (Mt 6:25-34)
Talvez esta seja a “sócio-patologia” mais nociva da modernidade, a ansiedade. Pessoas estão preocupadas, tensas, estressadas, nervosas, pela expectativa de coisas que além de sua capacidade. Isso torna as pessoas terrivelmente inquietas. O mandamento do Senhor Jesus foi: “Não andem ansiosos por nada”.
 
(2)  REBELIÃO (Jd 8; Rm 13:1-2)
O sentimento de individualismo e independência torna as pessoas instáveis e sem propósito. Pessoas que não querem se submeter à autoridades, sistemas e processos por se considerarem inovadores e arrojados, normalmente sofrem de inconstância e inquietação crônica. Judas, o irmão de Jesus escreve: “...contaminam sua carne, e rejeitam a dominação, e vituperam as autoridades.
 
(3)  INSTABILIDADE (Sl 119:113; Tg 1:8; I Co 15:58)
Pessoas instáveis e com tendência à bipolaridade não perseveram em nenhum de seus empreendimentos; são vítimas da duplicidade de emoções e caráter. O apóstolo Tiago diz que “o homem dobre é inconstante em todos os seus caminhos.”. Isso é trágico para o indivíduo e para a sociedade.
 
Como vencer essa inquietação e me satisfazer em sua rotina?
 
(1)  DESCANSE (Fl 4:6; I Pe 5:7)
Descanse na promessa de Deus, descanse nas línguas...
 
(2)  SUBMETA-SE (Rm 13:3b)
Submissão ao próximo, submissão às autoridades constituídas, submissão à Jesus...
 
(3)  FOQUE (Fl 3:13-14)
Um alvo na vida, um alvo na família, um alvo no ministério...


segunda-feira, 20 de julho de 2015

TIPOS DE ORAÇÃO

 

1.    ORAÇÃO DA FÉ.
Também conhecida oração de petição, é a oração que confia firmemente no que profere, e se apodera sem evidências visíveis ou palpáveis. Por estar totalmente alinhada com a Palavra de Deus e com a sua vontade, não devemos usar o termo: “se for da tua vontade”. (Marcos 11:22-24)
 
2.    ORAÇÃO DE CONSAGRAÇÃO.
É falar com Deus consagrando nossa vida em total submissão à Sua vontade e aos Seus propósitos, para cumprir seu chamado. Nesta oração, normalmente não conhecemos com precisão o plano de Deus, então podemos dizer a Ele: “se for da tua vontade”. (Lucas 22:42)
 
3.    ORAÇÃO DE LOUVOR E ADORAÇÃO.
É uma expressão de gratidão a Deus e celebração de seu caráter e seus atributos. É externar palavras de elogio reverenciando-o por sua glória e soberania, a despeito da condição que estejamos. Deve estar presente em todo e qualquer momento de oração. (Hebreus 13:15; Salmo 34:1)
 
4.    ORAÇÃO DE ENTREGA.
É uma verdadeira transferência de fardo, realizada quando as ansiedades, aflições e incertezas tentam assolar nossa alma. Nesta oração podemos entregar pessoas, situações, sentimentos... (Filipenses 4:4-6; I Pedro 5:7)
 
5.    ORAÇÃO EM LÍNGUAS.
Podemos chama-la de “a oração perfeita”, pois é a oração feita pelo espírito recriado, que é o verdadeiro ser da nova criatura em Cristo. Quando decidimos orar em línguas estamos orando o perfeito plano de Deus, mesmo sem estar consciente do que falamos com Ele. É a oração que robustece e fortalece (edifica) o homem interior. (I Coríntios 14:2, 4,14-15)
 
6.    ORAÇÃO DE INTERCESSÃO.
É assumir uma posição de mediação ou reconciliação entre Deus e alguém por quem oramos. “Interceder” significa “interpor-se entre duas partes”. É simplesmente orar em favor de outra pessoa. (I Timóteo 2:1-3)
 
7.    ORAÇÃO DE CONCORDÂNCIA.
É quando duas ou mais pessoas se unem em oração diante de Deus por uma causa em comum, concordando sobre a mesma. (Mateus 18:18-20)
 
8.    ORAÇÃO UNÂNIME OU UNÍSSONA.
É a oração na qual toda a igreja ora ao mesmo tempo em voz alta acerca de uma determinada questão. No mesmo espírito, na mesma direção e na mesma motivação. (Atos 4:23-31)


Obs.: Um Resumo de Matéria (ORAÇÃO QUE PREVALECE) do Centro de Treinamento Bíblico RHEMA.
 
 

PRESIDENTE OBAMA PARABENIZA COGIC

quarta-feira, 1 de julho de 2015

DEUS É ABSOLUTAMENTE BOM

 
 
Na afirmação temática que apresento aqui não há relativos, DEUS é Bom e ponto final!
O fatalismo humano tem justificado sua ignorância de Deus, aclamando-o como a “fonte indireta do mal”. Quando não conseguem explicar o elemento catastrófico da vida, atribuem ao Criador toda forma de caos e desordem cósmica e vital.
 
Mesmos alguns ramos da teologia têm promovido a ideia sobre a “relatividade da bondade divina”. A origem desse disparate é muito simples, para justificar sua falta de poder e autoridade espiritual, ou mesmo de discernimento escriturístico, eles introduziram aspectos das indagações existenciais da filosofia na coluna dorsal da teologia. Assim formularam as célebres frases sobre as crises: “Deus fez isso”; “foi a vontade de Deus”; “Deus sabe de todas as coisas”.
 
Provai e vede que o Senhor é bom; bem-aventurado o homem que nele confia.
Salmo 34:8
 
Deus é Bom em todo o tempo, seu único propósito desde a Criação foi o de abençoar o homem. Ele redime a vida humana e a “coroa de benignidade e de misericórdia; que enche a tua boca de bens de sorte que tua mocidade se renova como a águia.” (Salmo 103:4-5).
 
As conjecturas de teólogos, mestres e pastores acerca do caráter de Deus têm beirado a blasfêmia. Eles atribuem ao Deus da Vida, as obras do Diabo: matar, roubar e destruir (João 10:10a). Eles olham para as trágicas catástrofes naturais, terremos, tsunamis, tempestades; e também as atribuem ao Bondoso Criador desprezando que o Pecado original sujeitou a Terra ao desequilíbrio cósmico (Romanos 8:20-22). Também colocam na conta de Deus as mortes súbitas e prematuras, as doenças e outros males.
 
Deus não deseja “recolher” seus filhos antes de seu tempo vital bíblico (Salmo 90:10), e não podemos atribuir a morte de jovens à vontade soberana de Deus, embora reconheçamos em tudo sua vontade permissiva; Deus tem um plano biológico perfeito que inclui saúde e longevidade (Salmo 91:16; Êxodo 23:25-26). O recolhimento divino tem um padrão: “Na velhice virás à sepultura, como se recolhe o feixe de trigo à seu tempo.” (Jó 5:26). Da mesma sorte, é uma grotesca incoerência dizer que Deus colocou enfermidade em alguém, já que Ele revela sua natureza curadora intrínseca em seu próprio Nome Redentor (Êxodo 15:26c).
 
Para muitas pessoas a existência do mal e do sofrimento apresentam um obstáculo para a crença na bondade de Deus. Eles desconsideram alguns fatores cruciais:
(1) Os efeitos da Queda do primeiro homem ainda vigoram na Terra;
(2) Deus criou tudo e estabeleceu leis naturais que têm sido quebradas pelo homem;
(3) A grandeza de Deus faz com que algumas vezes o mal coopere com o bem;
(4) A Terra está ainda reservada por Deus para um estado eterno final onde toda e qualquer forma de mal será erradicada.
 
A ideia de uma divindade imprevisível, malévola e punidora tem sua origem nas crenças pagãs antigas, cujos deuses eram venerados em troca de boas colheitas e chuva. Nestas concepções cultuais milenares, estes pseudo-“deuses”, que nós sabemos que se tratava de demônio, feriam e matavam seus devotos ao seu bel prazer.
 
Em termos históricos, Jó foi o primeiro a ter uma forma intuitiva de conhecimento de Deus, mas foi no contexto de Abrão que Deus começa a revelar seus propósitos redentores ao homem (Gênesis 12:1-3). Porém, em todo o Antigo Testamento, Deus estava envolto em mistério, Ele não podia se revelar de fato aos corações maus e não redimidos do homem (Gênesis 6:5; Jeremias 17:9; Ezequiel 11:19), e o mistério da nova natureza humana em Cristo não lhes era manifestado (Colossenses 1:26-27). Em outras palavras, a compreensão sobre Deus nos heróis do Antigo Testamento estava contaminada pela concepção dos povos pagãos sobre “deus”.
 
No Antigo Testamento o que os homens tinham, era um “filme negativo” da imagem de Deus, era tudo uma sombra obscura (Colossenses 2:17; Hebreus 8:5, 10:1), mas agora, em Cristo, temos a “imagem revelada” com clareza e nitidez. “Deus nunca foi visto por alguém. O Filho Unigênito, que está no seio do Pai, este o fez conhecer.” (João 1:18). (ler também: João 14:9; Hebreus 1:1-3; Colossenses 2:9).
 
Obs.: Foi o anjo da morte quem feriu o Egito por causa da obstinação de Faraó e como colheita da matança dos primogênitos hebreus décadas antes (Gálatas 6:7).
 
Ainda que profetas e salmistas exaltassem a bondade de Deus, eles a relativizavam e a limitavam etnicamente ao povo israelita. E ainda assim, sua ideia era de um Deus essencialmente vingador e déspota. Ver em Deus a figura de Pai estava reservado para nós, na Nova Aliança em Cristo (João 1:12). Glória a Deus!
 
Jesus é a expressão viva da vontade perfeita de Deus, é a personificação de Sua bondade e amor (João 3:16; 4:34). Tudo o que Jesus fez aqui na terra em seus três anos e meio de ministério, refletia o caráter de Deus; os grandes homens da Antiga Aliança faziam e falavam nos limites de seu conhecimento, mas Jesus só fazia o que via em Deus (João 5:19).
 
A teologia acadêmica sutilmente se deixou envolver por respostas pagãs às perguntas existenciais. Na verdade, a concepção de relativismo da bondade de Deus, ou seja, declarar que mesmo “Deus fazendo coisas más”, Ele não deixa de ser Bom. Nada poderia ser mais estúpido. O que estão dizendo é que mesmo na bondade de Deus há um resíduo de maldade, e se assim for, na maldade de Satanás poderia haver um resíduo de bondade. É um conceito desprezível. É o conceito do TAOÍSMO, a filosofia oriental do YIN e YANG.
 
O yin e yang é o pensamento espiritualista filosófico sobre uma dualidade existencial; que há duas forças opostas no universo. É o feminino e masculino; lua e sol; positivo e negativo; bem e mal; luz e trevas. Segundo essa filosofia, mesmo as forças sendo opostas existem para harmonizar todas as coisas, e nenhuma dessas forças é essencialmente completa. Ou seja, todo mal tem um pouco de bem, e todo mal tem um pouco de bem. A ideia é expressa por uma esfera divida em duas partes, uma preta e outra branca, a parte preta tem um ponto branco e a parte branca tem um ponto preto, indicando a relatividade de bem e mal.
 
Este é um maligno engano. O Deus Bom criou na eternidade passada seres angelicais perfeitos, dentre os quais estava Lúcifer, que seduzido pela vaidade de sua sabedoria, beleza, posição e riqueza, corrompeu o seu coração. Este anjo caído foi expulso do céu de glória e se instalou em regiões celestiais inferiores sobre a terra. Este ser maligno conseguiu legalidade sobre a criação e as criaturas físicas por meio da desobediência do primeiro homem, daí a origem de todo o mal no universo (Ezequiel 28:12-18; Isaías 14:12-15; Lucas 10:18).
 
Satanás é totalmente mau; Deus é totalmente Bom!
Mas você perspicazmente me perguntaria: E a Escritura de Isaías 45:7?
 
Eu formo a luz e crio as trevas; eu faço a paz e crio o mal; eu, o Senhor, faço todas essas coisas.
 
As traduções vernaculares da Bíblia, especialmente na língua portuguesa não puderam lidar com a pobreza do hebraico massoreta em contraste com a riqueza do português contemporâneo. Em alguns casos uma palavra no hebraico possui mais de duzentas traduções em língua portuguesa.
No texto acima os verbos “formo”, “crio” e “faço” são os mesmos utilizados na narrativa da criação do homem em Gênesis 1:26-27, 2:7.
 
1.    ...Façamos o homem...” fazer do hebraico “ASAH” = “produzir”, “instituir”, “designar”
2.    Criou Deus o homem...” criar do hebraico “BARAH” = “escolher” ou “cortar” a obra prima
3.    Formou o Senhor Deus o homem...” “YATSAR” = “dar forma ao produto final”
 
Considere agora a aguda diferença das traduções aqui. O primeiro tradutor da Bíblia em língua portuguesa (Padre João Ferreira de Almeida) escolheu a palavra “CRIAR” movido por suas influências tradicionais e religiosas de um “Deus enigmático”, mas o termo original “BARAH” com a tradução “CORTAR”, é a tradução revela com mais propriedade e justiça o verdadeiro caráter de Deus.
Assim teríamos em Isaías 45:7 a seguinte declaração do próprio Deus: “Eu formo a luz e corto as trevas; eu faço a paz e corto o mal; eu, o Senhor, faço todas essas coisas.” Este sim é o Deus revelado na Nova Aliança!
 
Diferente do que professa o taoísmo com seu “yin yang”, Deus é essencialmente, puramente e completamente BOM. Não há nenhum “ponto negro” na luz de Deus. “E esta é a mensagem que dele[Jesus] ouvimos: que Deus é luz, e não há nele treva nenhuma.” (I João 1:5).
 
Entenda de uma vez por todas, DEUS É BOM! Ele não mudou e não muda (Malaquias 3:6; Hebreus 13:8), apenas foi compreendido na Velha Aliança.
 
De Deus jamais virá doenças e enfermidades, aflições e crises, caos e morte. Estas coisas vêm de Satanás quando este encontra legalidade para tal.
Deus é a fonte de todo o bem. Dele vem o perdão e a reconciliação, saúde e cura, prosperidade e abundância, paz e alegria, direção e propósito. E isto jamais mudará!
 
Não erreis, meus amados irmãos. Toda boa dádiva e todo dom perfeito vêm do alto, descendo do Pai das luzes, em quem não há mudança, nem sombra de variação.
Tiago 1:16-17