quarta-feira, 1 de julho de 2015

DEUS É ABSOLUTAMENTE BOM

 
 
Na afirmação temática que apresento aqui não há relativos, DEUS é Bom e ponto final!
O fatalismo humano tem justificado sua ignorância de Deus, aclamando-o como a “fonte indireta do mal”. Quando não conseguem explicar o elemento catastrófico da vida, atribuem ao Criador toda forma de caos e desordem cósmica e vital.
 
Mesmos alguns ramos da teologia têm promovido a ideia sobre a “relatividade da bondade divina”. A origem desse disparate é muito simples, para justificar sua falta de poder e autoridade espiritual, ou mesmo de discernimento escriturístico, eles introduziram aspectos das indagações existenciais da filosofia na coluna dorsal da teologia. Assim formularam as célebres frases sobre as crises: “Deus fez isso”; “foi a vontade de Deus”; “Deus sabe de todas as coisas”.
 
Provai e vede que o Senhor é bom; bem-aventurado o homem que nele confia.
Salmo 34:8
 
Deus é Bom em todo o tempo, seu único propósito desde a Criação foi o de abençoar o homem. Ele redime a vida humana e a “coroa de benignidade e de misericórdia; que enche a tua boca de bens de sorte que tua mocidade se renova como a águia.” (Salmo 103:4-5).
 
As conjecturas de teólogos, mestres e pastores acerca do caráter de Deus têm beirado a blasfêmia. Eles atribuem ao Deus da Vida, as obras do Diabo: matar, roubar e destruir (João 10:10a). Eles olham para as trágicas catástrofes naturais, terremos, tsunamis, tempestades; e também as atribuem ao Bondoso Criador desprezando que o Pecado original sujeitou a Terra ao desequilíbrio cósmico (Romanos 8:20-22). Também colocam na conta de Deus as mortes súbitas e prematuras, as doenças e outros males.
 
Deus não deseja “recolher” seus filhos antes de seu tempo vital bíblico (Salmo 90:10), e não podemos atribuir a morte de jovens à vontade soberana de Deus, embora reconheçamos em tudo sua vontade permissiva; Deus tem um plano biológico perfeito que inclui saúde e longevidade (Salmo 91:16; Êxodo 23:25-26). O recolhimento divino tem um padrão: “Na velhice virás à sepultura, como se recolhe o feixe de trigo à seu tempo.” (Jó 5:26). Da mesma sorte, é uma grotesca incoerência dizer que Deus colocou enfermidade em alguém, já que Ele revela sua natureza curadora intrínseca em seu próprio Nome Redentor (Êxodo 15:26c).
 
Para muitas pessoas a existência do mal e do sofrimento apresentam um obstáculo para a crença na bondade de Deus. Eles desconsideram alguns fatores cruciais:
(1) Os efeitos da Queda do primeiro homem ainda vigoram na Terra;
(2) Deus criou tudo e estabeleceu leis naturais que têm sido quebradas pelo homem;
(3) A grandeza de Deus faz com que algumas vezes o mal coopere com o bem;
(4) A Terra está ainda reservada por Deus para um estado eterno final onde toda e qualquer forma de mal será erradicada.
 
A ideia de uma divindade imprevisível, malévola e punidora tem sua origem nas crenças pagãs antigas, cujos deuses eram venerados em troca de boas colheitas e chuva. Nestas concepções cultuais milenares, estes pseudo-“deuses”, que nós sabemos que se tratava de demônio, feriam e matavam seus devotos ao seu bel prazer.
 
Em termos históricos, Jó foi o primeiro a ter uma forma intuitiva de conhecimento de Deus, mas foi no contexto de Abrão que Deus começa a revelar seus propósitos redentores ao homem (Gênesis 12:1-3). Porém, em todo o Antigo Testamento, Deus estava envolto em mistério, Ele não podia se revelar de fato aos corações maus e não redimidos do homem (Gênesis 6:5; Jeremias 17:9; Ezequiel 11:19), e o mistério da nova natureza humana em Cristo não lhes era manifestado (Colossenses 1:26-27). Em outras palavras, a compreensão sobre Deus nos heróis do Antigo Testamento estava contaminada pela concepção dos povos pagãos sobre “deus”.
 
No Antigo Testamento o que os homens tinham, era um “filme negativo” da imagem de Deus, era tudo uma sombra obscura (Colossenses 2:17; Hebreus 8:5, 10:1), mas agora, em Cristo, temos a “imagem revelada” com clareza e nitidez. “Deus nunca foi visto por alguém. O Filho Unigênito, que está no seio do Pai, este o fez conhecer.” (João 1:18). (ler também: João 14:9; Hebreus 1:1-3; Colossenses 2:9).
 
Obs.: Foi o anjo da morte quem feriu o Egito por causa da obstinação de Faraó e como colheita da matança dos primogênitos hebreus décadas antes (Gálatas 6:7).
 
Ainda que profetas e salmistas exaltassem a bondade de Deus, eles a relativizavam e a limitavam etnicamente ao povo israelita. E ainda assim, sua ideia era de um Deus essencialmente vingador e déspota. Ver em Deus a figura de Pai estava reservado para nós, na Nova Aliança em Cristo (João 1:12). Glória a Deus!
 
Jesus é a expressão viva da vontade perfeita de Deus, é a personificação de Sua bondade e amor (João 3:16; 4:34). Tudo o que Jesus fez aqui na terra em seus três anos e meio de ministério, refletia o caráter de Deus; os grandes homens da Antiga Aliança faziam e falavam nos limites de seu conhecimento, mas Jesus só fazia o que via em Deus (João 5:19).
 
A teologia acadêmica sutilmente se deixou envolver por respostas pagãs às perguntas existenciais. Na verdade, a concepção de relativismo da bondade de Deus, ou seja, declarar que mesmo “Deus fazendo coisas más”, Ele não deixa de ser Bom. Nada poderia ser mais estúpido. O que estão dizendo é que mesmo na bondade de Deus há um resíduo de maldade, e se assim for, na maldade de Satanás poderia haver um resíduo de bondade. É um conceito desprezível. É o conceito do TAOÍSMO, a filosofia oriental do YIN e YANG.
 
O yin e yang é o pensamento espiritualista filosófico sobre uma dualidade existencial; que há duas forças opostas no universo. É o feminino e masculino; lua e sol; positivo e negativo; bem e mal; luz e trevas. Segundo essa filosofia, mesmo as forças sendo opostas existem para harmonizar todas as coisas, e nenhuma dessas forças é essencialmente completa. Ou seja, todo mal tem um pouco de bem, e todo mal tem um pouco de bem. A ideia é expressa por uma esfera divida em duas partes, uma preta e outra branca, a parte preta tem um ponto branco e a parte branca tem um ponto preto, indicando a relatividade de bem e mal.
 
Este é um maligno engano. O Deus Bom criou na eternidade passada seres angelicais perfeitos, dentre os quais estava Lúcifer, que seduzido pela vaidade de sua sabedoria, beleza, posição e riqueza, corrompeu o seu coração. Este anjo caído foi expulso do céu de glória e se instalou em regiões celestiais inferiores sobre a terra. Este ser maligno conseguiu legalidade sobre a criação e as criaturas físicas por meio da desobediência do primeiro homem, daí a origem de todo o mal no universo (Ezequiel 28:12-18; Isaías 14:12-15; Lucas 10:18).
 
Satanás é totalmente mau; Deus é totalmente Bom!
Mas você perspicazmente me perguntaria: E a Escritura de Isaías 45:7?
 
Eu formo a luz e crio as trevas; eu faço a paz e crio o mal; eu, o Senhor, faço todas essas coisas.
 
As traduções vernaculares da Bíblia, especialmente na língua portuguesa não puderam lidar com a pobreza do hebraico massoreta em contraste com a riqueza do português contemporâneo. Em alguns casos uma palavra no hebraico possui mais de duzentas traduções em língua portuguesa.
No texto acima os verbos “formo”, “crio” e “faço” são os mesmos utilizados na narrativa da criação do homem em Gênesis 1:26-27, 2:7.
 
1.    ...Façamos o homem...” fazer do hebraico “ASAH” = “produzir”, “instituir”, “designar”
2.    Criou Deus o homem...” criar do hebraico “BARAH” = “escolher” ou “cortar” a obra prima
3.    Formou o Senhor Deus o homem...” “YATSAR” = “dar forma ao produto final”
 
Considere agora a aguda diferença das traduções aqui. O primeiro tradutor da Bíblia em língua portuguesa (Padre João Ferreira de Almeida) escolheu a palavra “CRIAR” movido por suas influências tradicionais e religiosas de um “Deus enigmático”, mas o termo original “BARAH” com a tradução “CORTAR”, é a tradução revela com mais propriedade e justiça o verdadeiro caráter de Deus.
Assim teríamos em Isaías 45:7 a seguinte declaração do próprio Deus: “Eu formo a luz e corto as trevas; eu faço a paz e corto o mal; eu, o Senhor, faço todas essas coisas.” Este sim é o Deus revelado na Nova Aliança!
 
Diferente do que professa o taoísmo com seu “yin yang”, Deus é essencialmente, puramente e completamente BOM. Não há nenhum “ponto negro” na luz de Deus. “E esta é a mensagem que dele[Jesus] ouvimos: que Deus é luz, e não há nele treva nenhuma.” (I João 1:5).
 
Entenda de uma vez por todas, DEUS É BOM! Ele não mudou e não muda (Malaquias 3:6; Hebreus 13:8), apenas foi compreendido na Velha Aliança.
 
De Deus jamais virá doenças e enfermidades, aflições e crises, caos e morte. Estas coisas vêm de Satanás quando este encontra legalidade para tal.
Deus é a fonte de todo o bem. Dele vem o perdão e a reconciliação, saúde e cura, prosperidade e abundância, paz e alegria, direção e propósito. E isto jamais mudará!
 
Não erreis, meus amados irmãos. Toda boa dádiva e todo dom perfeito vêm do alto, descendo do Pai das luzes, em quem não há mudança, nem sombra de variação.
Tiago 1:16-17

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