sábado, 20 de agosto de 2016

A RENOVAÇÃO DA MENTE E A CURA DO CORPO



Ao longo de meus anos de ministério como evangelista, tenho visto um gritante paradoxo ao pregar e ministrar cura divina às pessoas: um número maior de descrentes alcançam a cura, mais do que os próprios crentes.
Aprendi que aos crentes Deus cura por causa da Aliança, e aos descrentes Deus cura por causa da misericórdia, mas porque algumas vezes a fé dos filhos redimidos de Deus parece menor do que a dos que estão separados de Deus pelo Pecado?

O Espírito Santo me revelou a razão disso. A fé do descrente é a “primeira fé”, a medida de fé; ela é dada por Deus, através da Palavra falada, ao coração que nunca teve contato com a fé bíblica. Esta fé está pura, sem resíduos psicológicos, filosóficos e religiosos. É uma fé que nasce de uma semeadura bem sucedida da Palavra de Deus numa boa terra (o coração – Marcos 4:1-20), e frutifica e germina sem impedimentos, produzindo aquilo para o que foi enviada (Isaías 55:11).

Infelizmente a verdade é que no decorrer da carreira cristã, muitos perdem a simplicidade que há em Cristo Jesus (II Coríntio 11:3). A mente que deveria ser renovada pela Palavra de Deus (Romanos 12:2), passa absorver sistemas de crença decadentes e mundanos, que geram complexidade no Evangelho e sucumbem aos apelos da falsa ciência (I Timóteo 6:20) e das vãs filosofias e tradições (Colossenses 2:8).

Cura Divina é mais do que uma manifestação carismática do Espírito Santo, é um benefício da Obra redentora do Calvário (Isaías 53:4-5; I Pedro 2:24), que não pode ser omitida ou esquecida (Salmo 103:2-3) por crentes e pregadores.

As informações da mente humana, são como um software obsoleto, contaminado especialmente por três vírus: (1) FILOSOFIAS; (2) TRADIÇÕES; e (3) RUDIMENTOS.

Definições específicas:

1 FILOSOFIAS. São sistemas de crença baseados em informações formuladas social, cultural ou religiosamente. A filosofia em si mesma não é algo negativo, mas filosofias que afirmam deter o monopólio da verdade acima da própria revelação bíblica, são danosas.

2 TRADIÇÕES. São valores relativos transmitidos de uma geração para outra através, especialmente da tradição oral. A tradição em si mesma não é algo negativo, mas tradições (tradicionalismo) que se ostentam sobre as Escrituras são negativas. A boa tradição é a fé viva dos que já morreram; o tradicionalismo é a fé morta dos que ainda vivem.

3 RUDIMENTOS. São informações fundamentais que nos dão a base para uma construção de conhecimento, das quais devemos avançar mais níveis mais maduros. Rudimentos são bons, desde que não se ostentem como um fim em si mesmos, e paralisem o desenvolvimento humano.

“Tende cuidado para que ninguém vos faça presa sua, por meio de filosofias e vãs sutilezas, segundo a tradição dos homens, segundo os rudimentos do mundo e não segundo Cristo.”
Colossenses 2:8

Muitas pessoas têm sido mentalmente escravizadas por ideias erradas sobre o caráter de Deus, e sobre Sua vontade soberana. Esta cadeia foi edificada por séculos de especulações céticas e antisobrenaturalistas. A máxima dos “experts em religião” é a velha expressão filosófica do latim:  intellego ut credam ("Penso para que possa crer"). Essa fórmula nunca funcionou e nunca funcionará com as coisas espirituais. Contraposta a essa ideia, temos a declaração de Anselmo de Cantuária baseada na teologia de Santo Agostinho: credo ut intelligam (“Acredito para que possa conhecer”). Aqui, o elemento bíblico fé, se amolda melhor.

Um espirito não recriado e uma mente não renovada não podem aceitar que o Deus transcendente, possui um elemento imanente chamado unção coletiva, ou seja, o Soberano Deus que está distante da realidade natural por sua absoluta santidade, emana na reunião dos redimidos com uma força metafísica capaz de intervir sobrenaturalmente corrigindo ou alterando leis naturais estabelecidas por Ele mesmo. A isto chamamos de MILAGRE.

Esta imanência divina, depois do evento Pentecostes (Atos 2:1-4), não é mais uma manifestação esporádica, ao contrário, ela é uma realidade contínua no cotidiano dos filhos de Deus quando estes se congregam (Hebreus 10:25; I Coríntios 14:26).

A verdade é que por ser um benefício redentivo (comprado na cruz), Cura Divina é parte crucial do ministério de Cristo entre nós, nos dias bíblicos (Mateus 4:23) e em nossos dias (Hebreus 13:8), mas para viver essa dádiva na vida ou no ministério, é preciso um processo de renovação para uma mente superior (I Coríntios 2:16). Para que isso comece precisamos renunciar a velhos sistemas de pensamento, na verdade, mais do que passar um antivírus ou instalar um novo software, precisamos de um novo hardware que comporte o maravilhoso peso da revelação divina (I Coríntios 2:9-15). A esta mudança de hardware Jesus chamou de novo nascimento (João 3:3; II Coríntios 5:17).

“Destruindo os conselhos, e toda a altivez que se levanta contra o conhecimento de Deus, e levando cativo todo o entendimento à obediência de Cristo”
II Coríntios 10:5

Velhos pensamentos que devem ser “presos” e submetidos à obediência de Cristo.

domingo, 14 de agosto de 2016

AS AFLIÇÕES DO EVANGELHO

ESBOÇO de SERMÃO
Pregado em 14/08/2016


2ª Timóteo 1:8
Portanto, não te envergonhes do testemunho de nosso Senhor, nem de mim, que sou prisioneiro seu; antes participa das aflições do evangelho segundo o poder de Deus.

     Introdução
A preocupação de Paulo com a maturidade espiritual de Timóteo...
AFLIÇÕES, thlipsis (gr.) = pressões, angústia, sobrecarga perseguições, tribulações, problemas, dificuldades.

Essa é a parte do Evangelho que o meninos não aceitam: AFLIÇÕES!

As AFLIÇÕES DO EVANGELHO não são as maldições que Jesus levou sobre si na cruz (pecados, enfermidades, miséria, depressão, fracassos...)

As AFLIÇÕES DO EVANGELHO são o preço de um estilo de vida redimido (oposição, perseguição, calúnias, rejeição, escárnio...)

Jesus jamais nos iludiu (João 16:33)

O próprio Jesus foi aperfeiçoado por aflições (Hb 5:8)

COMO AS AFLIÇÕES PODEM APERFEIÇOAR VOCÊ

1. NOSSAS AFLIÇÕES AGUÇAM NOSSA AUDIÇÃO ESPIRITUAL (Jó 36:15)
     Ao aflito livra da sua aflição, e na opressão se revela aos seus ouvidos.

2. NOSSAS AFLIÇÕES PROMOVEM CONSOLAÇÃO AO PRÓXIMO (2ª Co 1:3-5)
     Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai das misericórdias e o Deus de toda a consolação;
Que nos consola em toda a nossa tribulação, para que também possamos consolar os que estiverem em alguma tribulação, com a consolação com que nós mesmos somos consolados por Deus.
Porque, como as aflições de Cristo são abundantes em nós, assim também é abundante a nossa consolação por meio de Cristo.

3. NOSSAS AFLIÇÕES NOS APROXIMAM DA PALAVRA DE DEUS (Sl 119:67, 71)
     Antes de ser afligido andava errado; mas agora tenho guardado a tua palavra.
     Foi-me bom ter sido afligido, para que aprendesse os teus estatutos.

4. NOSSAS AFLIÇÕES GERAM TESTEMUNHOS DE LIVRAMENTO (Sl 34:19)
     Muitas são as aflições do justo, mas o Senhor o livra de todas.


Conclusão
Não podemos podemos esperar estar isentos de aflições nesta vida.
Mas podemos esperar que as aflições do Evangelho nos tornem pessoas melhores. Então, renuncie as aflições do Pecado e aceite as AFLIÇÕES DO EVANGELHO!


Enéas Ribeiro