segunda-feira, 30 de setembro de 2013

FACEBOOK: RELIGIOSOS E FRUSTRADOS ENCONTRAM SEU ESPAÇO


Em todas as épocas existiram os legalistas, os religiosos e os hipócritas dentro da mais pura e honrada instituição da terra, a Igreja. São homens e mulheres que nunca tiveram uma genuína experiência de salvação e regeneração, e, quando não permanecem dentro da igreja como “fiscais” da santidade alheia, saem revoltados da igreja e atribuem sua revolta e carnalidade aos falsos irmãos, quando são estes também hipócritas e frouxos que não têm dignidade de bater no peito e dizer: “Eu saí da igreja porque amo o mundo”.

Na mídia e nos meios modernos de comunicação, sempre surge um desviado impenitente tentando denegrir a imagem de irmãos e líderes espirituais. São alguns adúlteros, mentirosos, homossexuais, beberrões, baladeiros, avarentos... Que frustrados por seu fracasso espiritual, se embrenharam numa empreitada cega para alcançar sua “justiça”.

Até pouco tempo atrás, estes impenitentes descarados desferiam seu veneno esporadicamente para amigos e parentes, mas sem muita repercussão. Hoje, eles encontraram no FACEBOOK um prato cheio para exporem suas lamúrias levianas e tolas, não considerando Jeremias 3:39 – “De que se queixa, pois,o homem vivente? Queixe-se cada um de seus pecados”.

Alguns desses falsos irmãos freqüentam uma igreja num ritual dominical para desencargo de consciência, mas trazem para o seio da Noiva de Cristo seu vil ranço religioso, pervertendo pessoas através de mexericos, maledicência e julgamentos. Acerca destes Paulo exorta: “...Com tais pessoas vocês nem devem comer.” (I Coríntios 5:11)

A Bíblia de alguns está empoeirando em algum canto obscuro de sua casa, mas quando querem algum argumento bíblico para respaldar seu senso de razão ou indignação pessoal, procuram textos fora de contexto em alguma concordância ou chave bíblica para alfinetar seus irmãos no único espaço que consome seu miserável tempo: o facebook. Comportamento patético e hipócrita, próprio dos fariseus modernos. Sobre estes, Jesus disse: “Obedeçam-lhes e façam tudo o que eles lhes dizem. Mas não façam o que eles fazem, pois não praticam o que pregam...” Mateus 23:3

Gostaria de parafrasear uma exortação da Palavra de Deus contextualizando-a para o FACEBOOK: “Não saia do vosso [teclado] nenhuma palavra torpe, mas só a que for boa para promover a edificação, para que dê graça aos que a [vêem].” (Efésios 4:29)

Este não é um “desabafo online”, mas uma palavra profética e de alerta tanto para o joio quanto para o trigo. Aqueles que amam o seu pecado, atolem-se nele; mas aqueles que ama a santidade, busque-a cada vez mais (Apocalipse 22:11).

Encerro com as palavras do apóstolo da graça: “Vocês não sabem que os perversos não herdarão o Reino de Deus? Não se deixem enganar: nem os imorais, nem idólatras, nem adúlteros, nem homossexuais passivos ou ativos, nem ladrões, nem avarentos, nem alcoólatras, nem caluniadores, nem trapaceiros herdarão o Reino de Deus.” (I Coríntios 6:9-10 - NVI).



Enéas Ribeiro

segunda-feira, 16 de setembro de 2013

AS CONCESSÕES DO MUNDO E AS EXIGÊNCIAS DO REINO


Êxodo 8-10 
Quando Moisés chegou para libertar o povo de Deus, Faraó ofereceu concessões aos israelitas. O Egito não se importa com esse relacionamento recém-descoberto com Deus, contanto que as coisas sejam feitas à sua maneira.
FARAÓ e EGITO = O Mundo
MOISÉS = O cidadão do Reino de Deus

1-    ADORAÇÃO SEM LIBERTAÇÃO.
...Ide e sacrificai ao vosso Deus nesta terra.” (Êx 8:25)

Faraó queria que o povo de Deus prestasse seu culto sem sair do Egito. Em outras palavras, que adorassem sem deixar de ser escravos.
Muitos cristãos são até mesmo comovidos e quebrantados pela presença de Deus, derramam lágrimas sinceras e penitentes culto após culto após uma semana de pecados consecutivos, mas ainda são escravos de sua velha natureza pecaminosa. Alguns estão enganados com uma falsa perspectiva da graça de Deus e aceitaram a concessão do mundo de uma vida de adoração sem libertação. Os tais não podem entrar no Reino de Deus (Gálatas 5:19-21), pois Jesus disse: “Este povo honra-me com os seus lábios, mas o seu coração está longe de mim” (Mateus 15:8).

O mundo diz: Ofereça sacrifícios no Egito
O cidadão do Reino diz: Não convém que façamos assim (Êx 8:26)

SAIA DA ESCRAVIDÃO E SUA ADORAÇÃO SERÁ VERDADEIRA.
Se, pois, o Filho vos libertar, verdadeiramente, sereis livres.” (João 8:36)

2-    ESPIRITUALIDADE SEM PROFUNDIDADE.
...Deixar-vos-se ir, para que sacrifiqueis ao Senhor, vosso Deus, no deserto; somente que indo, não vades longe...” (Êx 8:28)

         Faraó não queria que o povo escolhido fosse longe demais na caminhada com Deus. O mundo não se importa se decidirmos nos tornar “gospel”, desde que não nos aprofundemos em nossa vida espiritual nem nos tornemos muito fiéis.
         Muitos têm aderido à fé cristã, e até cumprido seus “rituais dominicais”, mas os apelos do mundo, dos amigos, do trabalho, da faculdade, não lhes permite uma vida espiritual profunda e comprometida com o Reino de Deus, pois eles preferem a aprovação de todos do que a de Deus. É preciso mergulhar em Deus e no compromisso radical do discipulado de Cristo. Ele asseverou: “...qualquer de vós que não renuncia a tudo quanto tem não pode ser meu discípulo.” (Lucas 14:33)

O mundo diz: Não vá muito longe
O cidadão do Reino diz: Orarei ao Senhor e Faraó não mais me engane (Êx 8:29)

Conheçamos e prossigamos em conhecer o Senhor...” (Oséias 6:3)

BUSQUE VIDA DE ORAÇÃO E COMUNHÃO COM CRISTO CADA VEZ MAIS PROFUNDA, CADA VEZ MAIS ALÉM.

3-    SALVAÇÃO EGOÍSTA.
...Ide, servi ao Senhor vosso Deus. Quais são os que hão de ir?” (Êx 10:8)

Faraó não queria que outras gerações fossem levadas a adorar o Senhor. Ele estava disposto a liberar somente os adultos com exceção dos idosos e crianças. O mundo não se importa se você quer seguir a Jesus, desde que você não tente “impor” isso a ninguém. Vá servir a Deus só, não leve outros.
A maioria dos cristãos parece acreditar que evangelização e missões é uma obra opcional da Igreja, ou seja, pode ser feita ou não. “Afinal, há tantas coisas mais importantes do que levar outros a salvação”.
O missionário estadista Oswald Smith declarou: “Se você não se sente comprometido e responsável pela salvação de outras pessoas, há uma grande possibilidade de você não ser genuinamente salvo”. O apóstolo Paulo possuía tal devoção pela salvação de seus compatriotas que poderia desejar ser condenado para outros fossem salvos. “Porque eu mesmo poderia desejar ser separado de Cristo, por amor de meus irmãos, que são meus parentes segundo a carne” (Romanos 9:3) Esse tipo de altruísmo parece escasso em nossas igrejas e mesmo no ministério.

O mundo diz: Quem vai com você?
O cidadão do Reino diz: Levaremos todos: meninos, velhos, filhos e filhas (Êx 10:9)

VAMOS ADORAR A DEUS, MAS LEVEMOS OUTROS CONOSCO, URGENTEMENTE. A SALVAÇÃO NÃO PODE SER EGOÍSTA.

4-    CRISTIANISMO SEM SACRIFÍCIO.
...Ide, servi ao Senhor; somente fiquem vossas ovelhas e as vossas vacas; vão também convosco as vossas crianças.” (Êx 10:24)

Faraó não estava disposto a permitir que o povo de Deus levasse animais para o sacrifício, que fazia parte do culto a Deus.
O mundo aceita e hoje até celebra que crentes se reúnam para prestar seu culto a Deus, desde que não haja sacrifício. Ele simpatiza com um evangelho descomprometido de destituído de CRUZ. Seja “cristão”, mas busque seu prazer, satisfação e auto-realização acima de tudo. A filosofia hedonista do mundo é: Esqueça esse papo de santificação, o corpo é seu, faça o que bem entender.
Não há evangelho sem calvário. Não há cristianismo sem sacrifício. A suprema compaixão de Deus por nós nos conclama ao sacrifício no altar. “Rogo-vos, pois, irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis o vosso corpo em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional.” (Romanos 12:1)

O mundo diz: Vá de mãos vazias
O cidadão do Reino diz: Levaremos sacrifícios e holocaustos ao Senhor (Êx 10:25)

Não faça barganhas com o Egito. Não aceite suas concessões convenientes. O Reino de Deus tem exigências inegociáveis.
1-    SEJA LIVRE PARA ADORAR
2-    BUSQUE PROFUNDIDADE ESPIRITUAL
3-    TESTEMUNHE DA SALVAÇÃO PARA OUTROS
4-    SEJA VOCÊ UMA OFERTA AGRADÁVEL A DEUS


Enéas Ribeiro



domingo, 15 de setembro de 2013

VERDADES MONÓTONAS E MENTIRAS APAIXONANTES


         Como pregador sinto-me por vezes muito “analítico” no que tange a ouvir a pregação por outros ministros. Em função disso, embora seja edificado por muitas mensagens de outros colegas, raramente me sinto inflamado por uma pregação alheia (me sinto mal com isso). Mas recentemente, fui abençoadíssimo ao ouvir em um congresso de jovens a mensagem confrontadora de um grande mestre que provavelmente nem me conhece chamado Ricardo Bitum, falando sobre “retornar ao altar”. Tal prédica além de incendiar meu coração, me fez refletir: Minha pregação é mera erudição intelectual ou possui paixão arrebatadora? Sinto-me desmontado e envergonhado, e gostaria de através desta postagem produzir grave reflexão em pregadores credenciados e “leigos”. O que você tem pregado gera “certa” convicção só por ser a poderosa palavra de Deus, ou porque ela inflama seu espírito também? Sua mensagem quebra e derrete corações duros? Afinal, o SENHOR afirmou: “Não é a minha palavra como fogo, diz o Senhor, e como um martelo que esmiúça a penha?” (Jeremias 23:29).

A falta de paixão na pregação é certamente um dos fatores de retenção do avivamento. Púlpitos cheios de pregadores vazios. Não me refiro, obviamente, ao aspecto oratório ou eloqüência natural ou adquirida, mas ao fogo consumidor da chamada e da paixão pelas almas (Jeremias 20:7), inflamado pelo dínamo do Espírito Santo (Atos 1:8). Palavras ruins não são meramente “palavras mentirosas”, mas palavras levianamente expostas. E, palavras boas são mais do que a verdade, mas a verdade que faz o coração ferver. Erudição e paixão é uma combinação possível e desejável para o pregador do evangelho. O salmista escreveu: “O meu coração ferve com palavras boas... a minha língua é a pena de um destro escritor.” (Salmo 45:1)

Jeanne Mayo escreveu:

O avivamento é ventilado quando, nós, cristãos, comunicamos a mensagem de Cristo com paixão e convicção. O grande ator inglês William Charles Macready contava a seguinte história: Certa vez, um pregador proeminente lhe perguntou: “Qual a razão para a diferença entre você e eu? Você aparece com sua ficção diante das multidões noite após noite e, ainda assim, elas o seguem onde quer que você vá. Eu, por outro lado, prego a verdade imutável da palavra de Deus e, ainda assim, não conquisto nenhuma audiência”.

Macready fez uma pausa e, então, olhou profundamente nos olhos do pregador: “A resposta é bem simples”, ele disse, “posso dizer-lhe a diferença principal entre nós. Eu apresento minha ficção como se fosse verdade, e você apresenta sua verdade como se fosse ficção”.

Os homens na estrada de Emaús, em Lucas 24:32a, entenderiam o que Macready tentava dizer. Jesus tinha acabado de aparecer para eles e, antes de ir embora, disseram: Porventura não ardia em nós o nosso coração quando, pelo caminho, nos falava?

O avivamento é impulsionado quando a palavra de Cristo é comunicada com esse tipo de zelo ardente. A paixão é verdadeiramente a “energia da alma”. Como D.L. Moody afirmou certa vez: “Ponha fogo em si mesmo, e o mundo virá para vê-lo queimar!”.

Alguns dizem mentiras com tão eloqüente paixão que até parecem verdades, e outros que dizem verdades com alma tão seca que parecem mentiras. Isso está muito ligado à experiência pessoal de cada um com Deus. O “rei” que está em você precisa morre ainda este ano para que você tenha um encontro verdadeiro com Deus, pois você pode estar pregando há mais de “cinco capítulos” de vida, vociferando e exortando pecadores, mas se a brasa do altar não tocar em sua natureza pecaminosa e sua inclinação carnal, você não poderá dizer ao Senhor: “...eis-me aqui, envai-me a mim...” (Isaías 6:1-8).
Como Isaías, devemos abdicar da monotonia de nossa eloqüência artificial, e tornar nossa verdade profética apaixonante a partir de uma experiência ardente com Deus.



Enéas