terça-feira, 5 de novembro de 2013

DINÂMICAS DO REAVIVAMENTO PARA PASTORES E LÍDERES

PARTE 1

Irei e voltarei para o meu lugar, até que se reconheçam culpados e busquem a minha face; estando eles angustiados, de madrugada me buscarão.
Oséias 5:15

A mensagem profética do livro de Oséias ministrada por volta do ano 800 a.C., é um veemente confronto às dez tribos do norte, chamadas de “Israel”, durante o reinado de Jeroboão II. O contexto histórico mundial estava em ebulição com a fundação de Roma e Cartago, além da reforma religiosa que Sidarta Gautama introduziu na Índia resultando no Budismo. Os profetas contemporâneos de Oséias foram Amós, Isaías e Miquéias.
A vida de Oséias foi, muito provavelmente, a mais viva mensagem do amor de Deus por seu povo.

Neste capítulo 5, a palavra de Deus através de Oséias confronta especificamente a liderança de Israel, seus príncipes e sacerdotes. É uma exortação ao arrependimento, e o desfecho do capítulo não poderia ser mais dramático. Neste décimo quinto (15º) versículo, a palavra de Deus nos fornece algumas dinâmicas fundamentais que envolvem o processo e os princípios de um verdadeiro avivamento espiritual.
A Igreja contemporânea carece um avivamento espiritual que transformara cidades e nações, mas as atitudes prévias deste mover, dizem respeito principalmente à liderança: Pastores, bispos, evangelistas, pregadores... E isto, não no âmbito denominacional ou de uma igreja local, mas pela unidade do corpo de Cristo.

Vejamos cinco dinâmicas reveladas nesta Escritura Sagrada.

1-      DEUS SE RESTRINGE À SUA TRANSCENDÊNCIA.
Irei e voltarei para o meu lugar...

É realmente dramático Deus declarar que está regressando ao seu lugar. Sabemos que este lugar é seu eterno Trono de Glória. Na verdade, Deus, embora exaltado e separado (transcendente) da realidade material da raça humana, é imanente, ou seja, sua presença está continuamente se manifestando (imanando) entre os homens. Assim, Deus é transcendente e ao mesmo tempo imanente, ou, separado, mas presente; é isto que conserva a vitalidade e subsistência de seu povo, a Igreja. Deus se retirar e voltar ao seu lugar, é sinônimo de caos, morte, corrupção, derrota etc. Mas é justamente este estado de ausência da presença manifesta de Deus que precede seu retorno. Deus, absolutamente continua fluindo sua presença na Terra, na Igreja, na natureza, e em toda parte, a isto chamamos de onipresença, um atributo exclusivo de Deus, porém, há uma diferença crucial entre o “estar” onipresente de Deus e o seu “estar” manifesto. Quando Deus se reserva em sua “habitação celeste” por muito tempo, a criação padece. As dinâmicas de um avivamento transformador estão ligadas a um tempo de pavoroso caos social, notório e indisfarçável.
Tenho sido nos últimos cinco anos um entusiasta e promotor da unidade e do avivamento, e hoje, o Espírito de Deus me diz: “Prepare-se para o caos.” E isto me anima, considerando que a maravilhosa obra criadora de Deus foi precedida pelo caos, sobre o qual a onipresença divina se movia e aguardava uma palavra do Senhor. “E a terra era sem forma e vazia; e havia trevas sobre a face do abismo; e o Espírito de Deus se movia sobre a face das águas. E disse Deus: Haja luz...” (Gênesis 1:2-3a). Nosso desejo como Igreja deve ser: “Ó! Se fendesses os céus e desseses...” (Isaías 64:1)

2-      ESTE ESTADO É REVOGÁVEL POR NOSSA PENITÊNCIA.
...até que se reconheçam culpados...

Este retorno da presença manifesta de Deus é condicional a um estado prévio de convicção de pecado e arrependimento. Homens impenitentes jamais desfrutarão da misericórdia e do favor divino. Até que se reconheçam culpados Deus não virá. A razão da transcendência divina não é essencialmente sua glória, mas o Pecado humano. Deus já era glorioso quando da criação do homem, e mesmo assim manifestava-se em glória para Adão; foi depois da Queda que esta presença manifesta ficou restrita à mera imanência, pois “...todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus” (Romanos 3:23). Este estado trágico de destituição somente pode ser revogado pela recepção da graça de Deus oriunda da Redenção (v. 24), mas alguns, dada sua impenitência, têm se privado da maravilhosa graça de Deus (Hebreus 12:15).
O povo de Deus precisa urgentemente reconhecer a decadência e fragilidade de seu atual estado, vislumbrando como sinal dessa decadência a sua impotência diante do caos social instaurado. A terra está doente: seu coração, sua casa, sua família, seu trabalho, sua cidade, sua nação... Deus nos revela a cura: “e se o meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar, e orar, e buscar a minha face, e se converter dos seus maus caminhos, então, eu ouvirei dos céus, e perdoarei os seus pecados, e sararei a sua terra.” (II Crônicas 7:14). Se ainda estamos inchados com nossa razão e justiça própria, precisamos de novo esfolar nossos os joelhos e nossa testa no pó e regá-lo com lágrimas de copioso pranto (Lamentações 3:29), clamando a Deus e dizendo: “Converte-nos, Senhor, a ti, e nós nos converteremos; renova os nossos dias como dantes.” (5:21). Ler também I João 1:8-9

Continua...

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