sábado, 26 de março de 2016

JUSTIFICADO OU PECADOR REDIMIDO?


A Igreja moderna está cheia de jargões e terminologias religiosas que nada têm haver com as Escrituras. A diversidade de credos e crendices denominacionais gerou uma verdadeira miscelânea religiosa no corpo de Cristo.

Mas Deus, à partir da Reforma Protestante, começou a restaurar sua Igreja ao seu crescimento à estatura de Cristo, e desde então, muitas verdades que se perderam no terceiro século da Igreja, vêm sendo gradualmente restauradas, até que todos cheguemos à unidade da fé e ao conhecimento do Filho de Deus, a varão perfeito, à medida da estatura completa de Cristo. (Efésios 4:13).

E se há uma crendice que deve ser erradicada e uma verdade que deve urgentemente ser restaurada, é a verdade sobre a POSIÇÃO DO CRISTÃO, em CRISTO.

Afinal, agora em Cristo, somos ainda considerados “pecadores”, ou Nele somos justos?

A pseudo piedade, ou piedade equivocada tem levado cristão verdadeiros à viverem na pronúncia dos velhos jargões calvinistas: “somos totalmente depravados”, “somos miseráveis pecadores”, ou, na melhor das hipóteses, “somos pecadores redimidos”.

Há duas referências bíblicas para “respaldarem” esse conceito errôneo: Romanos 7:24; e I Timóteo 1:15.

Miserável homem que eu sou! quem me livrará do corpo desta morte?
Romanos 7:24

Esta é uma palavra fiel, e digna de toda a aceitação, que Cristo Jesus veio ao mundo, para salvar os pecadores, dos quais eu sou o principal.
1 Timóteo 1:15

No primeiro texto de Romanos, Paulo está fazendo uma transição de realidades antagonistas do capítulo 7 para o capítulo 8. No sétimo capítulo Paulo expressa a desventurosa realidade do homem que está debaixo da Lei, vivendo um excruciante conflito entre a Lei moral de Deus e natureza caída. Do contrário, Paulo estaria se declarando um homem carnal e escravo do pecado (7:14), além de estar se auto justificando de não ter controle sobre si (7:17). Mas não é esse o caso.
Paulo está reproduzindo a miséria do homem que busca se justificar pela Lei (7:24), e absolutamente não pode subjugar sua natureza carnal (7:28).
Mas oitavo capítulo, Paulo traz a revelação da nova Lei, a Lei do Espírito de Vida em Cristo Jesus, que nos livra da Lei do Pecado e da morte (8:2). Portanto, Paulo não se considerava um “miserável homem” após a revelação da Graça, pois não faria sentido nenhum considerar-se miserável e ao mesmo tempo dizer: “...somos filhos... somos herdeiros, herdeiros de Deus de Deus e coerdeiros de Cristo...” (8:16-17). Isso não parece um estado de miséria!

No segundo texto de I Timóteo, Paulo não alude um estado presente, pois o próprio contexto mostra que ele está narrando seu estado passado de ignorância como o “principal” perseguidor da Igreja de Cristo. Na verdade, no termo: “dos quais eu sou o principal”, o original grego do termo “eu sou” é eghó íme, que não especifica o tempo verbal, portanto, poder ser traduzido tanto como “eu sou”, como também “eu fui”. E considerando o contexto imediato anterior e também posterior, podemos afirmar que Paulo declara: “Cristo Jesus veio ao mundo, para salvar os pecadores, dos quais eu fui o principal.”. À propósito, no versículo 13, que introduz o argumento, Paulo enfatiza seu estado anterior: “A mim, que dantes fui blasfemo, e perseguidor, e injurioso; mas alcancei misericórdia, porque o fiz ignorantemente, na incredulidade.

Paulo não se considerava mais um “pecador”, e sim um justo em Cristo, pois ele mesmo escreveu: “Mas Deus prova o seu amor para conosco, em que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores. Logo muito mais agora, tendo sido justificados pelo seu sangue, seremos por ele salvos da ira.” Romanos 5:8-9. Ou seja, primeiro ele diz que nossa condição de pecadores vigorou até à morte expiatória de Cristo. E segundo, ele afirma que estamos livres da ira de Deus, pois pelo sangue, fomos justificados, ou seja, feitos justos.

 Ao longo de todas as cartas do Novo Testamento, o povo de Deus é chamado de muitas coisas. Eles são os “eleitos” (I Pedro 1.1), “irmãos fiéis” (Colossenses 1.2), “amados” (I João 2.7), “filhos de Deus” (I João 3.2), a “nação santa” (I Pedro 2.9) e, sobretudo, são chamados de “santos”.

Claramente ausente dessa lista está o termo “pecadores”. Não há um lugar que eu conheça em que o povo de Deus, a igreja, seja coletivamente chamado de “pecadores”. Além disso, um argumento pode ser feito de que não há um exemplo no Novo Testamento em que um crente é referido como um “pecador”.

Um réu acusado de roubo, quando é absolvido [ou redimido] pelo juiz, não dirá de si mesmo que é um “ladrão redimido”, pois quando o martelo é batido pelo meritíssimo, justa ou injustamente, o então réu é declarado INOCENTE. Deus é um Juíz Justo, e nosso julgamento não foi uma fralde, pois Jesus cumpriu a justiça divina assumindo nossa culpa e nos imputando Sua própria justiça. Assim, se Deus nos fez justiça, não podemos nos declarar “pecadores redimidos”.

Àquele [Jesus Cristo] que não conheceu pecado, [Deus, o Pai] o fez pecado por nós; para que nele [em Jesus Cristo] fôssemos feitos justiça de Deus.
2 Coríntios 5:21

O texto sagrado acima é um escândalo para qualquer jurista, cujo senso de justiça comum está baseado em sua razão e lógica humana (Provérbios 17:15). E de fato, é um escândalo, o escândalo da graça. Deus transferiu toda culpa da humanidade corrompida para a conta de seu Filho perfeito, Jesus Cristo; e transferiu toda essa justiça de seu Filho perfeito para a conta da humanidade corrompida, e deixa como único critério para fazer vigorar este veredicto, a fé do penitente. Loucura! Aleluia!

Eu não sou um miserável!
Eu não sou um pecador!
Eu sou justo!

Não pelas minhas obras de justiça (Tito 3:5), mas pela minha fé.
Este é o Evangelho da Graça, a Justiça de Deus revelada, a loucura da pregação (I Coríntios 1:21).

Mas, àquele que não pratica, mas crê naquele [DEUS] que justifica o ímpio, a sua fé lhe é imputada como justiça.
Romanos 4:5


EM CRISTO, NÃO SOMOS PECADORES, SOMOS JUSTOS AOS OLHOS DE DEUS. E AOS SEUS OLHOS O QUE VOCÊ? ESPERO QUE O MESMO QUA AOS OLHOS DE DEUS!

6 comentários:

  1. 1 João: 1. 7. mas, se andarmos na luz, como ele na luz está, temos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus seu Filho nos purifica de todo pecado. 8. Se dissermos que não temos pecado nenhum, enganamo-nos a nós mesmos, e a verdade não está em nós. 9. Se confessarmos os nossos pecados, Ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça. 10. Se dissermos que não temos cometido pecado, fazemo-lo mentiroso, e a sua palavra não está em nós.

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  2. Texto sem contexto é pretexto pra heresias!

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  3. A graça foi disponibilizada pelo perdão de Deus para com nossas vidas. Quem é que acorda aqui dizendo: Hoje eu vou pecar, vou cometer aquele pecado? Ninguém gente. O que achamos ou pensamos, não vai mudar o que a bíblia diz a nosso respeito. Você é justiça de Deus e eu fico sempre com o que a bíblia diz.

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  4. GLÓRIA A DEUS,EU CONCORDO COM ESSE ESTUDO, ELE NÃO ESTÁ FORA DE CONTEXTO ,MUITO BEM EXPLICADO ESTUDO MARAVILHOSO DEUS ABENÇOE Enéias Ribeiro

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  5. Este comentário foi removido pelo autor.

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  6. Como explicar se a bíblia diz: 1João 1:8-10 ARA
    Se dissermos que não temos pecado nenhum, a nós mesmos nos enganamos, e a verdade não está em nós. Então querendo ou não pecamos por ato, por palavras e pensamentos. E ainda acrescento, Ora, todos nós estamos na mesma condição do impuro! Todos os nossos atos de justiça se tornaram como trapos de imundícia (Is 64:6).

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