sábado, 7 de dezembro de 2013

Você conhece MARIA WOODWORTH ETTER ” A Demostradora Do Espírito ”


Maria (cuja pronúncia é ( ” Ma-rai-a “) nasceu em 1844 em uma fazenda de Lisbon, Ohio. Ela nasceu de novo no início do Terceiro Grande Avivamento aos treze anos de idade. O pastor que a levou ao Senhor profetizou que sua vida “seria uma luz brilhante”. Ele não poderia imaginar que a menina pela qual orou se tornaria a avó do Movimento Pentecostal que se espalharia por todo o mundo.
Maria logo sentiu o chamado de Deus e dedicou sua vida ao Senhor. Contudo algo bloqueou este chamado - ela era uma mulher - e naquele tempo, as mulheres não tinham permissão para pregar. Em meados do século dezenove, as mulheres sequer tinham o direito de votar nas eleições nacionais, de forma que ser uma pregadora era algo altamente censurável. E ser uma mulher “solteira” no ministério estava fora de questão. Assim, Maria refletiu a respeito do que o Senhor havia dito a ela e decidiu que deveria se casar com um missionário a fim de cumprir o seu chamado.
Durante a Guerra Civil, Maria conheceu P.H.Woodworth, que havia retornado do conflito por conta de ter sido dispensado após um ferimento na cabeça. Ela viveu um breve e intenso namoro com o ex-soldado e logo estariam casados.
Com o passar dos anos, Maria tornou-se mãe de seis filhos. Assim, ela tentou levar uma vida familiar normal enquanto o Senhor continuava a chamá-la. Maria, absorvida totalmente com o papel de esposa e mãe, não pôde responder a este chamado. Casou-se com um homem alheio ao ministério, tinha seis crianças para criar, e com isso mostrava-se enfraquecida. Então, uma grande tragédia acometeria o seu lar. Os Woodworth perderam cinco de seus filhos para a doença. Maria conseguiu se reerguer deste triste acontecimento, contudo, seu marido jamais se recuperaria da perda. Ela fez o que pôde para ajudá-lo enquanto criava a filha remanescente. Apesar de toda esta situação, nunca demonstrou amargura contra o Senhor, nem endureceu o coração por causa da perda.
Maria, todavia, precisava de respostas para a dor que oprimia seu coração por causa da calamidade que se abateu sobre sua familia.. Recusando-se a desistir, ela começou a buscar a Palavra de Deus. E, à medida que lia, percebia como as mulheres foram repetidamente usadas em toda a Bíblia. Leu a profecia de Joel que previa o derramamento do Espírito de Deus sobre homens e mulheres. Porém, Maria olhava para o céu e dizia: “Senhor, não posso pregar. Eu não sei o que dizer e não tenho nenhum preparo”. Não obstante, ela continuou a ler e a encontrar a verdade na Palavra de Deus enquanto lutava contra o seu chamado.
Então, Maria teve uma grande visão. Anjos vieram ao seu quarto e a levaram para o oeste, sobre planícies, lagos, florestas e rios, onde ela viu um vasto campo de trigo. À medida que a visão se descortinava, ela começava a pregar e via grãos que caíam em feixes. Então, enquanto pregava, Jesus lhe dizia: “assim como os grãos caíram, pessoas caírão durante a tua pregação. Finalmente, Maria percebeu que jamais seria feliz se não atendesse ao chamado. Em resposta a esta grande visão de Deus, ela se submeteu e com um “sim” ao Seu chamado, pediu a ele que fosse ungida com um grande poder.
Maria lançou seu ministério primeiramente em sua própria comunidade. Ela não tinha idéia do que falaria, mas Deus lhe assegurou que Ele colocaria as palavras em sua boca. E Deus cumpriu Sua Palavra. Assim que Maria enfrentou sua primeira platéia, composta em sua maior parte de parentes, abriu a boca e a platéia começou a chorar e a cair no chão. Alguns se levantavam e corriam chorando. Depois deste evento, Maria foi muito procurada em sua comunidade. Muitas igrejas lhe convidaram para reavivar suas congregações. Expandiu rapidamente, seu ministério para o Oeste e tomou parte em nove avivamentos; pregou duzentos sermões e inaugurou duas igrejas com mais de cem pessoas assistindo à escola dominical. Deus honrou Maria e recuperou seus anos perdidos em pouco tempo.
Em certa ocasião foi realizada uma reunião em uma cidade chamada Devils Den (Caverna de Demônios). Nenhum ministro obtivera  sucesso ali, de forma que as pessoas vieram zombar dela. Compareceram com a expectativa de ver a mulher evangelista fugindo da cidade, despedaçada e derrotada. Mas eles teriam a maior surpresa de suas vidas! A irmã Etter podia até ser uma mulher, mas não era do tipo que se dobra facilmente. Ela conhecia a tática para batalhas espirituais e a oração fervorosa que abria o céu.
Ela pregou e cantou por tres dias. Ninguém se moveu. Finalmente, no quarto dia, ela exerceu sua autoridade espiritual através da intercessão e colocou abaixo o principado demoníaco que governava Devils Den. Ela orou para que Deus mostrasse o Seu poder e quebrasse a rigidez formal do povo. Naquela noite, durante o culto,  pessoas choraram e se entregaram a Deus. Foi a maior manifestação da presença de Deus que a cidade já havia testemunhado.
A irmã Etter foi uma pioneira nas manifestações pentecostais tão comuns nos movimentos atuais. Somente após sua pregação ao oeste de Ohio, em uma igreja que havia perdido o poder de Deus, é que a visão que tivera do feixe de trigo se tornou clara. Foi nesta igreja, onde as pessoas caíram em transe. Esta foi a manifestação espiritual que marcou grandemente seu ministério, mas que lhe trouxe uma perseguição ferrenha.
Até àquele momento, este tipo de manifestação não era conhecido da forma como acontece hoje em dia. A esse respeito, ela escreveu:
“Quinze pessoas vieram ao altar gritando, pedindo perdão. Homens e mulheres caíam e ficavam como mortos. Jamais vira algo parecido com aquilo. Percebi que era a mão de Deus, mas não sabia explicar, nem o que dizer.”
Após algum tempo deitadas no chão, essas pessoas se punham de pé em um salto, com os rostos brilhantes, dando glórias a Deus. A irmã Etter disse que jamais vira conversões tão deslumbrantes. Os ministros e anciãos choravam e glorificavam a Deus por Seu “poder pentecostal”. E a partir desta reunião, o ministério da irmã Etter seria marcado por este tipo de manifestação, em que centenas se entregavam a Cristo após sua pregação.
Os transes se tornaram o assunto do momento. Centenas afluíam para provar deste derramamento do espírito, enquanto outros vinham observar ou ridicularizar. Em determinado encontro, quinze médicos vieram de diferentes cidades a fim de investigar os transes. Um desses médicos era um líder, expert em sua área. A esse respeito, a irmã Etter assim escreveu: “Ele não quis admitir que o poder viesse de Deus. Ele veio investigar, mas foi convidado a outra parte da casa. Concordou, na esperança de encontrar algo novo. Para sua surpresa, encontrou seu filho no altar pedindo que orasse por ele. Ele não podia orar. Deus mostrou o que ele era, e o que estava fazendo. Então começou a orar em favor de si mesmo. Enquanto orava, caiu em transe, e viu os horrores do inferno. Estava caindo e, após uma terrível luta, Deus o salvava. A partir dali, começou a trabalhar para ganhar almas para Cristo.” 
A irmã Etter também narrou a respeito de um grupo de jovens mulheres que veio assistir à reunião com o intuito de se divertir imitando o transe. Contudo, elas foram imediatamente impedidas pelo poder de Deus, e sua zombaria se transformou em altos gritos pela misericórdia divina.
O estilo da irmã Etter era, por assim dizer, “diferente” do empregado pelos ministros do seu tempo. Ela nunca proibia a platéia de participar. De modo diferente ao da ordem estóica da igreja de fins dos anos 1800, Maria acreditava no grito, na dança, no canto e na pregação. Ela entendia que as demonstrações emocionais eram importantes, se houvesse ordem, e acreditava que a falta de manifestação física era sinal de apostasia.  Nossas igrejas precisam receber o mover renovador de Deus. E, queiram ou não,” o mover de Deus afeta as emoções.”
Então, abra sua igreja para o mover de Deus, aprenda com aqueles que vieram antes de você. Onde está o Espírito de Deus, aí há liberdade e também ordem. . As pessoas estão famintas por Deus e por liberdade. Alguns irão viajar por continentes a fim de ouvir alguém que verdadeiramente conheça a Deus e as manifestações de Seu Espírito.

Quando a irmã Etter chegou aos quarenta anos de idade, já havia se tornado um fenômeno nacional. Algumas denominações reconheceram sua habilidades para reavivar igrejas mortas, atrair os não-convertidos e criar um novo e profundo caminhar com Deus. Médicos, advogados, bêbados e adúlteros - pessoas de todos os tipos - eram gloriosamente salvos e cheios do Espírito Santo em suas reuniões. Por causa de uma dessas reuniões em 1885, a polícia afirmou que jamais havia presenciado tal mudança em uma cidade. A cidade estava tão pacífica que eles não tinham trabalho algum a fazer.
Por fim, o Senhor levou Maria a orar pelos doentes. Ela se mostrou relutante, de início, sentindo que isto a distanciaria de seu chamado evangelístico. Mas Deus continuou a mostrar claramente a Sua vontade e ela finalmente cedeu. Estudou a Palavra e começou a pregar que a vontade de Deus é curar os enfermos. Logo, seria possível ver evangelismo e cura caminhando lado a lado, à medida que milhares recebiam a Cristo como resultado dos testemunhos de cura.
Maria foi a única líder evangelista do Movimento da Santidade que abraçou a experiência pentecostal do falar em línguas. Hoje nós a chamaríamos pregadora da “Santidade Pentecostal”. Ela abraçou a doutrina da Santidade, tanto quanto a doutrina pentecostal do falar em línguas. Muitos ministros não entenderam as manifestações do Espírito Santo, nem entenderam a doutrina de Etter a esse respeito. Maria se defendia muito raramente em público, e quando o fazia, tornava-se muito evidente. Ela dizia ao povo que não havia sido chamada para se defender, e sim para levar pessoas a Jesus Cristo.
Não há nenhum livro capaz de descrever todos os atos do ministério de Maria Woodworth-Etter. Ela foi uma fonte de força espiritual, humilde, “muito parecida com uma avó comum, mas que exercia uma fantástica autoridade sobre o pecado, doença e demônios”. A irmã Etter não pôde aceitar todos os convites recebidos para ministrar, mas os que aceitou, criaram uma comoção nacional jamais silenciada.
Foi planejada certa reunião pelo jovem pastor F. F. Bosworth em Dallas, Texas. Como consequência, Dallas se tornou o centro do avivamento pentecostal.
Milhares foram à Dallas, alguns depois de percorrerem mais de três mil quilômetros, trazendo enfermos e atormentados para serem curados. Um homem tinha três costelas fraturadas por causa de uma queda. Mal conseguia ficar de pé, tal a dor que sentia. A irmã Etter impôs as mãos sobre ele e fez a oração da fé, instantaneamente os ossos que haviam afundado voltaram para o lugar. Outro homem foi trazido em uma maca, sofrendo de tuberculose.   Sua situação era desesperadora, tinha também uma fístula (ferida aberta que deixou um buraco em seu corpo). Porém, quando Maria orou, o poder de Deus golpeou o homem. Ele pulou da maca e correu de um lado a outro em frente à platéia. Ele retornou para casa sentado como os demais, recuperando mais de um quilo e meio por dia a partir de então.
O câncer havia destruído um lado do rosto e pescoço de certo homem. Sentia tanta dor que teve de ser levado logo no primeiro encontro. Quando a irmã Etter impôs as mãos sobre ele e orou, o poder de Deus o atingiu. A dor, o enrijecimento e a queimação imediatamente cessaram. De repente, foi capaz de virar seu pescoço de um lado a outro. Ele subiu ao púlpito e pregou para as pessoas. Certa noite, três pessoas que eram surdas e mudas, desconhecidas umas das outras, se postaram de frente ao púlpito, chorando, se abraçando e pulando, pois Deus havia aberto seus ouvidos e recuperado suas vozes.
Outra irmã sofria com dois problemas: câncer e tuberculose. Parecia um esqueleto vivo. Fora desenganada pelos melhores médicos de Dallas. Trazida em uma maca, muitos pensavam que fosse morrer antes que a irmã Etter pudesse chegar a ela. Quando recebeu a oração, foi instantaneamente curada, pulando da maca e gritando! Ela assistiu a todos os encontros posteriores, todas as noites, sentando-se com os outros. Embora ainda parecesse muito magra, todos os que a conheciam diziam que ela estava ganhando peso e progredindo a cada dia.
“Noite após noite, logo que o apelo era feito, todo o espaço disponível de 15 metros ao redor do altar era tomado por tantas pessoas doentes, atormentadas, e outras em busca de salvação e do batismo no Espírito Santo, que se tornava difícil transitar entre elas.” Em cada encontro dirigido por ela havia uma demonstração do poder do Espírito como nunca visto em nossa geração.
O verão de 1924 foi difícil para Maria. Com oitenta anos, sofrendo de gastrite e hidropisia, recebeu uma notícia que lhe quebrantou o coração. Sua única filha, Lizzie, de sessenta anos, morreu em um acidente de bonde. Agora, todos os familiares mais próximos de Maria tinham subido para estar com o Senhor.  Mesmo estando com a saúde debilitada, ela encontrou forças para subir ao púlpito e conduzir o funeral. Ao fazê-lo, exortou o povo a ter fé  em Deus e a olhar para o céu, não para a sepultura.
Durante aquele ano, havia ocasiões em que a irmã Etter estava tão fraca que não podia andar. Mas isto não a impediu de pregar. Se não podia andar, designava alguém para carregá-la até o púlpito. No minuto em que seus pés tocavam a plataforma, o Espírito de Deus fazia com que se pusesse de pé e andasse por toda ela, pregando e ministrando no poder sobrenatural de Deus. Centenas puderam testemunhar o quanto ela estava fraca antes, e quão incrivelmente forte se tornava depois. A fé da irmã Etter fazia com que ela continuasse, quando muitos já teriam desistido.
Três semanas antes de morrer, o Senhor revelou à Maria que “era questão de dias a sua partida” para receber seu galardão. Durante este período, uma senhora lhe trouxe flores; agradecendo, a irmã Etter disse: Logo estarei onde as flores são eternas. Algumas vezes ela chegou a pregar sermões àqueles que a visitavam em casa.
O fim de Maria Woodworth-Etter veio calmamente, à medida em que mergulhava em um profundo sono: “Sua visão estava boa para alguém da sua idade. Sua lucidez se manteve intacta até o fim. A todo o momento os santos vinham a ela tomar conselhos. Ela impunha as mãos sobre os doentes e orava pelos necessitados. Ela fez isso até o fim. Ministrava ao mesmo tempo em que sabia que sua força estava se esvaindo rapidamente. Ela costumava falar repetidamente durante seu ministério que preferia “gastar-se por Jesus a enferrujar-se”.
Ela não tinha formação. Não se importava com aulas de seminário e não perdeu tempo em explicar o modo como Deus agia. Ela pregou um evangelho bem simples, se ofereceu totalmente a ele e teve fé para ver sinais e maravilhas. A única paixão de Maria era ver o evangelho avivado e presenciar pessoas sendo dirigidas pelo Espírito.
Pelas minhas observações pessoais, o ministério que a irmã Etter conduziu ultrapassou o tempo e permanece vivo ainda hoje. Todos os ministérios devem ser seguidos de sinais e maravilhas, do contrário, os ministros estarão apenas brincando de ministério. Se o seu ministério estiver seguindo os preceitos de Jesus, então os sinais e maravilhas irão se manifestar.
Maria Woodworth-Etter alcançou muitos milhares de pessoas por toda a América com a mensagem de libertação de Jesus Cristo.” Glória a Deus e ao Senhor Jesus por tê-la chamado e revestido-a de poder. O mesmo amor que zelava por ela está agora à nossa disposição. Amém.”
Sinais poderosos e maravilhas estão de volta à Terra! Cultive os tesouros divinos dentro de você através das experiências e da Palavra. Traga-os para a superfície por meio da oração e obediência. Acredite que, através de você, Deus pode operar sinais e prodígios. Disponha-se a ser um instrumento neste momento e se apresse a receber a plenitude de Deus em você. Não permita que os reveses da vida lhe frustrem ou impeçam. Clame pelo poder do Espírito e complete sua carreira em total vitória.
Adote as palavras da irmã Etter:
“É preferível se desgastar por Jesus Cristo a ficar enferrujado.”
Não pare até que você tenha terminado. O mundo está procurando a resposta que está dentro de você.
Fonte: “OS GENERAIS DE DEUS” - Roberts Liardon

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