segunda-feira, 7 de setembro de 2015

O DOM DE LÍNGUAS - AS IMPLICAÇÕES DA MENTE NA EXPERIÊNCIA PENTECOSTAL



É bem verdade que em alguns textos da Bíblia a palavra mente é similar a coração, mas em parte considerável das Escrituras existe uma distinção muito clara. Coração = “leb; lebãd” (hebraico) e “kardia; psuche” (grego).
         Não queremos nos aprofundar na exegese da palavra que é muito vasta, mas queremos abordar com o máximo de simplicidade possível (2ª Co 11:3) o que as Escrituras têm a dizer sobre a mente em relação às experiências espirituais, especialmente a glossolalia.

         Precisamos compreender que antes de chegar ao coração que a “fonte de tudo” (Pv 4:23), o esclarecimento das Escrituras passa pelo processo mental (mente ou intelecto), assim foi com dois discípulos após a ressurreição.

Então, abriu-lhes o entendimento, para compreenderem as Escrituras.
Lucas 24:45

         Não poderemos experimentar nenhuma das maravilhosas oriundas da pessoa de Cristo se não obtivermos uma compreensão bíblica acerca de tal dádiva.
         A mente natural jamais poderá absorver adequadamente as revelações da palavra de Deus, por isso, é necessário que haja uma renovação da mente.

E não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.
Romanos 12:2

Uma mente que tem facilidade para assimilar e aceitar as coisas do mundo (o sistema mundial que jaz no maligno – 1ª Jo 5:19), terá grande dificuldade de aceitar as coisas simples relativas à fé bíblica. É necessário que a mente passe por um drástico processo de renovação através da ação do Espírito Santo, pela oração e meditação diligente na Palavra de Deus. Assim, poderá compreender que a boa, agradável e perfeita vontade de Deus é que possamos viver em uma dimensão espiritual cada vez mais elevada, e possamos chegar à condição de orar no Espírito.

Mas vós, amados, edificando-vos a vós mesmos sobre a vossa santíssima fé, orando no Espírito Santo.
Judas 20

orando em todo tempo com toda oração e súplica no Espírito...
Efésios 6:18

         Orar no Espírito é orar além do natural, é unir o espírito do homem ao Espírito de Deus para uma oração perfeita, num idioma produzido pelo Divino Espírito, no qual a mente fica realmente infrutífera, mas o nosso espírito ora perfeitamente (1ª Co 14:14)e os resultados são garantidos sem exceção. Orar no Espírito é um ato da vontade, decidimos entrar em uma dimensão mais elevada de clamor e súplica para termos a comunhão ideal com o nosso Criador.
         A perfeita oração deve ser dirigida a DEUS PAI, em nome de JESUS o FILHO, e guiada e capacitada pelo ESPÌRITO SANTO.
         É importante entender também que para orar no Espírito Santo (em línguas), nossa mente não precisa necessariamente estar cônscia e organizada em seus pensamentos, “porque se eu orar em língua estranha, o meu espírito ora bem, mas meu entendimento fica sem fruto” (1ª Co14:14), mas é evidente que para nos dirigirmos em oração ao Deus que é Espírito (Jo 4:24), precisamos produzir pensamentos espirituais (Fl 4:8; Cl 3:2).
         Para isso, tornamos a dizer que é necessário ter uma mente renovada pela palavra de Deus, uma mente nova e mais elevada.

Porque quem conheceu a mente do Senhor, para que possa instruí-lo? Mas nós temos a mente de Cristo.
1ª Co2:16

         Porém, não podemos descartar a mente na oração pública, pois aqueles que são naturais (1ª Co2:14), não poderão dizer amém se a nossa oração for o tempo todo em línguas desconhecidas.

Que farei, pois? Orarei com o espírito, mas também orarei com o entendimento... Doutra maneira, se tu bendisseres com espírito, como dirá o que ocupa o lugar de indouto o Amém sobre a tua ação de graças, visto que não sabe o que dizes?
1ª Co 14:15,16

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